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sábado, 13 de dezembro de 2014

rostos em branco

As vezes eu tenho dificuldades de lembrar do rosto de algumas pessoas. As vezes, me sinto completamente sozinha. Não consigo me lembrar de seus rostos, ou vozes. Alguns dias são mais difíceis.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

quem sou eu agora

Hoje eu não estou bem. Ontem eu também não estava. Não sei qual é meu problema, de fato. Não sei quem eu sou as vezes, talvez seja uma daquelas crises. Aquelas que eu estivesse afastando por tanto tempo. Quando tudo iria parar de dar errado? A vida me daria algum trégua em algum momento. Quem sou eu? Mal consigo me lembrar agora.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

bifurcações

Tenho me sentido desgraçadamente infeliz. Uma tristeza tão profunda que me sinto envergonhada. Odeio meu trabalho, odeio as coisas que tenho que fazer, odeio meus modos, minhas atitudes, odeio sempre ser tão grossa, e insensível. É apenas como se eu estivesse na escuridão, sem saber qual caminho tomar. Como se eu não tivesse nome. E simplesmente não fosse ninguém, eu realmente odeio ser quem eu sou. Sei que dentro de mim, em algum lugar assombrado, existe um pouco de quem eu costumava ser não muito tempo atras. Estou sempre triste, é como se eu odiasse minha vida. E então, as vezes, sem motivo algum, no meio da noite, eu deito a cabeça no meu travesseiro, e choro. Bem baixinho. Eu apenas não sei qual é o meu problema. Mas me sinto tão terrivelmente pertubada. Todos esperam tanto de mim. Todos me procuram, me pedindo ajuda, me fazendo perguntas, eu tenho odiado minha vida, e me odiado por odia-la. Quem eu serei daqui 1 ano?

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

esses dias meio tristes

Nos ultimos dias eu me sentia completamente infeliz. Salvo as ocasiões quando eu não estava em casa. Eu não sabia porque mas não conseguia mais lidar com algumas coisas. Me sentia triste comigo mesma, como se estivesse sempre fazendo tudo errado, era como um animal selvagem. Agressiva. Perdida. Me sentia triste em casa, triste no trabalho, sem nenhum motivo realmente forte. Apenas porque sim. Estava magoada e nem ao menos havia um motivo real, apenas estava magoada comigo mesma. Quase sempre com um choro preso na garganta, me sentia perdida de verdade. As poucas vezes que não me sentia assim, era quando ela cuidava de mim.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

não é nada comparado.

A faculdade estava destruindo minha vida, e cada dia que passava eu me tornava uma pessoa pior. Eu nao conseguia mais lidar com as pessoas no geral. Eu queria apenas que caisse uma bomba e acabasse com todo mundo. Achava que todo mundo era lerdo, que todos eram deficientes, inuteis, e todos poderiam morrer. Meu trabalho estava me tornando alguém sem escrúpulos, eu fazia o que deveria ser feito eu passaria por cima de qualquer um. Eu nao gostava disso, nao gostava de quem eu estava me tornando. Mas eu nao poderia evitar, as situações cotidianas exigiam que eu tomasse determinadas atitudes. Não era como se eu pudesse impedir isso.

domingo, 28 de setembro de 2014

sobre os dias

Em quase tudo vejo um pouco de beleza, alguns dias são excessivamente cansativos, e eu estou estressada demais, porém, consigo ser feliz simplesmente apreciando um por de sol, ou um par de olhos. Sempre faço tudo que posso por aqueles que amo, e tento amar o maximo que posso, pois o passado é o presente que se foi, e logo tudo isso serão apenas lembranças. E eu sei que vou sentir saudade da faculdade que hoje eu odeio, do trabalho que tem me trazido cabelos brancos, e de todo o resto. Há 6 anos eu comecei a escrever aqui, parece pouco, mas quanto em mim mudou desde então? E provavelmente daqui 6 anos ainda virei aqui, e quanto de mim terá mudado?

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

As vezes eu chorava. Sem motivo, no meio de um riso, eu chorava. As vezes era vazio, as vezes, saudade. A vida estava a cada dia passando a ter um valor maior pra mim. Essas pessoas não estariam aqui para sempre, e a cada dia eu perdia alguem que eu amava. Quase sempre pensava nela, e me perguntava se ela estava em algum lugar bom. No meio de uma conversa, andando sozinha, dentro de um onibus ao oferecer lugar a uma velhinha. Não era facil para mim. Eu me importava cada vez menos com coisas que antes eram mais importantes. Dinheiro. Aparencia. TER não é mais tão importante para mim, e sim SER. A gente vai ficando velho, e vai ficando assim, vagando pelas idéias. E quase tudo vira motivo de reflexão.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Dia ruim.

A alegria não compartilhada, é a forma mais pura da solidão.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

eu chorei a noite toda por causa de um vídeo

Naquela noite passei mais de uma hora entre choro e soluço. Doía no fundo da minha alma. Eu não era capaz de suportar ver tanta crueldade. Eu nao aguentava, doía em mim como um inferno. Eu me colocaria de prontidão no lugar daquele animal incendiado. Eu sei, parece bobo, mas eu chorei a noite toda sem conseguir dormir. Pra voce poderia ser apenas um video de crueldade animal, pra mim foi a coisa mais terrivel e dolorosa que eu poderia ter visto. Eu preferia morrer a ver qualquer coisa do tipo novamente. Eu estou falando sério.

sábado, 14 de junho de 2014

batidas

Dos dias que passei em meio à tempestade nao lembro de quase nada. Porque estou falando isso? Porque estive tentando me recordar. Daqueles 2 anos, o que restou na minha mente foi tão pouco, que mais parecem flashs. Um quarto escuro, sempre escuro, uma parede roxa, com pisca-pisca que imitavam uma constelação, mas que nunca estavam acesos. Lembro de pandas da cabeceira da minha cama, sempre observadores. E mais nada. Uns flashs de uma mesa em madeira, bem grande, abarrotada de coisas, e eu debruçada sobre ela, metade do dia, desenhando. tentando preencher o vazio que eu sentia, tentando pintar as paredes do meu coração com desenhos tristes. E depois, nada mais. Um dia, eu acordei, não sei dizer exatamente quando, era verão, provavelmente um dia qualquer, em novembro, ou dezembro. Acho que era sexta. Ou sabado? Não lembro. Eu acordei. O coração bateu uma vez, e eu acordei sorrindo. Bateu só uma vez. E foi bom. Então, de vez em quando ele batia. Só as vezes. Só quando ele queria. Batia. E as vezes passava um tempão sem dar sinal de vida. E de repente, batia. A vida virou uma festa sem fim, noites que nunca terminavam. As vezes eu me sentia sozinha, meio esquisita. Mas eu conseguia ignorar essa sensação, quase sempre. Em um dia de março, alguma coisa mudou. Alguma coisa mudou, e todas as outras coisas ficaram bem, outra vez.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

anestesia

Estou pouco ciente das coisas que acontecem a minha volta, e isso sempre ajudou com que eu evitasse de me decepcionar. Nao prestar atenção ao me que me dizem, me mantem longe de preocupação desnecessárias. Nao sei quando foi que eu parei de me importar, mas tenho a impressão de que foi em uma outra vida, muito muito muito distante desta. Estou fazendo tudo certo, tudo que posso, mas ainda assim nao posso carregar o mundo com as minhas duas mãos. Do alto de algum lugar eu me assisto cometendo erros, sem que eu possa me parar, e então eu faço aquilo que eu sempre faço, me desligo de tudo e finjo nao me importar. Com o tempo isso vai ficando mais fácil. Daqui 40 anos, todos que eu amo estarão mortos, e isso me causa um desespero interno, e mais uma vez eu finjo nao me importar. Finjo que nada me machuca, meus pensamentos doloridos, para mim, está tudo bem. As vezes eu choro. Tipo ontem, no consultório do médico, quando minha dor de cabeça se tornou insuportável, ou na maca da minha dentista enquanto ela revirava minha boca procurando pelo meu ciso. Eu chorei, eu precisava tanto chorar, e ai bem ali eu encontrei um motivo. Ninguém iria perguntar porque eu estava chorando, ninguém iria me questionar e eu nao precisaria dar explicações. Estava tudo bem explicado, eu estava com dor, e chorei. As vezes, a gente precisa, sabe? Não era apenas a dor de cabeça, e eu nem sei muito o motivo. As vezes me sinto triste, e sobrecarregada. Quase sempre tenho um abraço protetor, quase sempre estou confortável debaixo das asas dela. Eu nao poderia ter mais sorte. Ela me salvou, antes que eu estivesse vazia demais para voltar a superfície. Antes que nao restasse nada para recomeçar. Mas as vezes eu queria saber como tudo vai terminar, se vai dar tudo certo, se eu vou ficar perdida de novo. Era bom me sentir em casa, era sempre aquela sensação boa, de lareira acesa, um gato preguiçoso na poltrona, um beijo de boas vindas. Era tudo que eu precisava pra ser feliz, era assim que eu via a gente. E eu só queria que essa sensação durasse.

domingo, 13 de abril de 2014

30 dias de noite, 30 dias de sol

Chicletes de menta, cigarros e por do sol. Nao dava para negar que a vida estava boa, que a vida finanalmente depois de tanto tempo havia me dado uma trégua e entrado nos eixos. A noite me inspirava tranquilidade e sentimentos bons, não havia nenhum sinal de medo ou angustia, era até dificil de acreditar, eu acho que eu poderia viver assim para sempre.

resgate.

A semana passada foi complicada e eu admito quase ter enlouquecido. Muitos compromissos os quais não estava sendo capaz de cumprir. Pessoas me cobrando, me culpando, e me julgando. Então bem de vagar, e tão gentilmente voce foi colocando toda a bagunça no lugar. Primeiro eu fiz uma lista de tudo que eu tinha pra fazer, e depois uma lista de coisas que eu gostaria de fazer. Sua delicadeza comigo era notória. E pela primeira vez eu sentia que nao estava me afogando num mar de agua salgada, e sim, nadando em direção a margem. É, voce era um bote salva-vidas bem no meio do meu oceano violento. Voce era a terra firme, um lugar onde meu coração sempre poderia descansar. Sim, eu preciso repetir, pela primeira vez eu não estava me afogando.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

welcome home

Era como se existisse um tornado acontecendo dentro de mim, o tempo todo. Uma tempestade sem fim, um caos inexplicável. E então, seu ar gentil, acalmava a tormenta, e a chuva turbulenta, por um tempo, se dissipava e tudo ficava tranquilo e confortavel dentro de mim. Voce fazia tudo ficar bem. Era a primeira vez em muito tempo que eu me lembrava quem eu era, e eu sabia que eu podia ser qualquer coisa com voce. Depois de tanto tempo perdida, eu havia encontrado o caminho que me levaria para casa.

domingo, 6 de abril de 2014

as vezes.

Chegamos a um ponto, onde nos seguramos para não devorar uns aos outros. A brutalidade estava intrínseca dentro de nós. E era muito fácil explodir as vezes - as varias vezes ao longo do dia. Isso agora passa desapercebido, pois se tornou tão habitual, e dominar o monstro que devora aqueles que nao queremos machucar estava cada vez mais difícil. As vezes nao sei o que estou fazendo, as vezes não sei onde estou indo. As vezes, e quase sempre, não sei dizer se estou pensando a respeito, ou estou apenas agindo por instinto.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

ok.

Estava tudo certo na minha vida, o que era muito estranho, porque nunca antes esteve tudo certo. Era a primeira vez, e eu só esperava que isso durasse.

domingo, 30 de março de 2014

sobre fazer tudo errado.

'Estou tentando não gostar de voce'. A frase preencheu todo o quarto escuro. Houve um silêncio que ecoou por alguns segundos. As coisas haviam saído dos trilhos, aquilo não estava no plano, e eu sentia sempre como se eu estivesse prestes a cair. Isso não era um jogo, e todas as coisas estavam acontecendo rápido. Eu não queria passar por aquilo de novo. Eu não tinha mais fichas pra apostar. Existia sempre uma discussão interna dentro de mim. As vezes eu me perguntava se entendia e sentia as coisas como todo mundo, ou se havia algo errado comigo. E todas as vozes que existiam dentro da minha cabeça, não paravam de falar, e discordar umas com as outras. A discussão toda girava em torno de 2 tópicos mais importantes: 1) Aquilo que eu realmente queria fazer. 2) Aquilo que eu realmente deveria fazer. Eu estava travando uma batalha interna. Quando se perde tudo uma vez, não se arrisca nem mesmo uma moeda sem pesar o prejuízo dos possíveis danos. E eu passava tempo demais pondo isso tudo na balança. Eu era idiota por pensar tanto sobre isso, e por ter tanto medo. Não era como se nós fossemos casar e ter um porquinho da índia. Porque eu não podia simplesmente me desligar disso tudo e aproveitar sem ficar sendo tão paranóica o tempo todo? Eu estava tentando ser cautelosa. E dentro da minha cabeça a probabilidade de dar merda era de 85%. Ela disse que não iria fazer nada de mal. Mas a gente nunca sabe quando vai machucar alguém. E eu estava morrendo de medo. Talvez fosse verdade. Talvez ela pudesse ser quem nunca iria me machucar. Talvez eu pudesse confiar. Porque eu não podia simplesmente confiar? Não era justo, a culpa não era dela, e eu ja a punia por um erro que não foi ela quem cometeu. Eu fiz tudo errado dessa vez, a vezes penso que deveria ter fugido a tempo. Mas toda vez que eu a encontrava não podia deixar de me sentir melhor. E depois de tanto tempo andando perdida por ai, sem memória, sem conseguir me lembrar de quem eu era, ou de onde deveria ir eu sentia que finalmente havia encontrado o caminho pra casa. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Era pra gostar... ...eu amei.

sábado, 29 de março de 2014

das coisas que não se pode fugir.

Dessas coisas que a gente não consegue evitar. Quando todas as linhas convergem para um mesmo ponto. E invariavelmente o sol nasce depois de uma noite escura. É. Essas coisas. 'Haverá sol quase todos os dias.' Eu li em algum lugar. E sim, o sabado voltou a ser meu dia favorito. Quando se está perdido vagando pelo breu da tristeza a gente não acredita que um dia as coisas possam melhorar. Fazia algum tempo que eu não era mais triste. Alguns meses eu diria, toda dor havia evaporado, era como se nada nunca tivesse acontecido, as feridas agora eram apenas cicatrizes brancas, lembranças da guerra. Era uma coisa estranha, e ainda hj eu me surpreendia quando sorria sem motivo. As coisas haviam mudado para mim, mas elas não mudariam enquanto eu nao mudasse. Me sentei na sala e olhei para a parede sem ver nada, o sol atravessava a enorme janela. Um sorriso tímido repuxou o canto da boca. Não sabia o que pensar. E então de todas as coisas que não se pode evitar, uma delas foi você.

quarta-feira, 26 de março de 2014

bilhete no carro.

Naquele dia ligou e desligou o celular varias vezes, achava que o aparelho pudesse estar com problema. Não estava. Olhava para o sinal de wi-fi, não havia nada de errado. Estava sendo paranóica. Pensava sempre estar magoando alguém. Acendeu 1 cigarro, e depois outro, e depois outro. As mãos mexiam nervosamente de ansiedade. Estava brava, e chateada. Não sabia bem o que era aquilo, nao conseguia definir. Não sabia, e não saber a deixava muito irritada. Não estar no controle da situação a deixava irritada. Sua mente oscilava em possibilidades, hora se sentia culpada por algo que nao sabia se tinha feito, hora com raiva, hora chateada, hora impaciente, hora irritada de novo. O problema era não saber o que estava acontecendo, se havia feito algo ou não. Nao lembrava de ter feito, mas bem, você sabe como ela é. E sabe que por tras de todo aquele jeito e discurso de quem não se importa, por tras de todas as mascaras, ela só esta com medo. Com medo de se importar. E ela estava finalmente se importando.

quarta-feira, 19 de março de 2014

galaxias (1)

Eu tava com aquele sorriso, nao era o primeiro, e nem o meu melhor sorriso, mas eu estava com aquele sorriso. Aquele que eu pensei que tinha perdido por ai, ou que haviam me roubado. Talvez eu tivesse me enganado e apenas guardado ele numa gaveta suja e empoeirada. Nao era meu habitual, aquele sorriso nem meu parecia, acordava de manha e era a primeira coisa que eu vestia. Como uma camiseta velha e surrada, era agora minha roupa mais confortavel, quem diria, um sorriso. Quase nada me incomodava a nao ser a velha dor de cabeça, ossos do oficio, acordava as 6 e antes mesmo de levantar e tomar banho vestia logo seu sorriso. O post era para se chamar gavetas e ser triste, mas eu escolhi galaxias coloridas e difusas para me fazer sorrir.

terça-feira, 11 de março de 2014

headache

Passei o dia a base de remédios, eu sentia que essa dor ia me enlouquecer. Era como ter uma furadeira atravessando meu cérebro. Eu nao queria conversar, nao conseguia pensar em nada, só nessa dor maldita. Eu parecia um zombie, andando pelos lugares, as pessoas falavam comigo mas tudo o que eu podia ouvir era o barulho do meu cerebro derretendo. Eu nao sei se existia qualquer dor no mundo pior que isso.

segunda-feira, 10 de março de 2014

parabens dani.

ontem foi seu aniversario, e eu nao me esqueci. mas nao falei com vc por puro orgulho.

38

o meu sonho era ter uma arma, eu atiraria bem no meio dos meus olhos. essa dor ia acaba me deixando louca, e nao era dor no sentido figurado, nao era haver com essa porra toda. era haver com dor, dor de verdade. era como ter um rolo compressor passando bem por cimma da minha cabeça. amanha eu tinha q acordar as 7 hrs. eu odiava essa porra toda. eu queria q caisse uma bomba na porra da faculdade. eu queria que o mundo explodisse, eu queria ter uma arma pra atirar na porra da minha cabeça. eu só queria dormir.

quinta-feira, 6 de março de 2014

é.

ta foda. amores cruzados hoje não.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

velhas cartas.

Eu estava com aqueles mesmos olhos de antes. As sobrancelhas retas e altas, e o olhar baixo e vazio. Ela conseguia fazer isso comigo, e tudo que eu havia lutado tanto pra superar vinha a tona. Ela era grossa, sínica, ignorante e amarga. Parece que todas as palavras eram carregadas de odio. Era dificil suportar. Mas eu nao iria entrar naquele ciclo vicioso outra vez, eu iria ficar bem, eu precisava. Mas hoje estava doendo, e fazia tempo que nao doía.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

você sabe que é pra voce.

Ela fez tudo errado, e eu nao podia fazer nada além de respeitar suas escolhas, escolhas que a principio quase me mataram de dor e solidão. Os anos que se seguiram foram uma tormenta sem fim, e eu desejei acabar com aquilo dia após dia. Hoje as coisas são diferentes, não gosto de ninguém, mas já posso gostar se eu quiser. Se eu sinto falta da minha vida de antes? Sei la. Sinto falta de muitas coisas, mas eu não sei se voltaria atras, provavelmente não. Mesmo que tivessemos momentos bons, não seria o bastante para me fazer passar outra vez por tudo que me aconteceu depois. Eu não me importo mais. Eu não olho para tras, nem para os lados. Os objetivos agora são outros. A vida agora é outra.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

(3)

Eu brincava com as mexas dos seus cabelos, cor de cobre. Macio nas pontas dos meus dedos. Os fios desarrumados, voce me perguntava preocupada, e eu dava de ombros e sorria. Nada era importante, a casualidade fazia tudo ser melhor. Sem preocupações, sem medos, sem mágoas. Estar bem era uma escolha, eu finalmente entendia. Eu nao ia querer ver voce amanha, talvez depois ou na sexta? Eu mentia. Mas ninguém precisava saber. Andando pela noite, eu quase não pensava, o passo seguinte era sempre uma surpresa e a surpresa era a parte que eu gostava. Sem esperar por nada, eu era meu próprio porto seguro, e não precisava de uma luz para me guiar na noite. Mas o seu contraste fazia tudo ficar melhor. Voce dançava, e sorria, eu cansada tomava uma agua. Saindo porta a fora, a noite escura ja era dia, voce pegava na minha mão e isso era sempre me deixava surpresa. Eu não gostava de voce, nem voce de mim, essa era a parte boa. Voce me levava pra casa, e depois de tudo um beijo no rosto bem desajeitado. E voce me escrevia só pra saber se eu tinha chegado bem, e se preocupava com o que eu iria pensar. Era do seu jeito estranho que eu gostava. Do modo como voce não se importava se importando, e fingir nao ter medo, quando tinha. Eu não ia cuidar voce, eu não ia perder meu tempo com isso. Mas eu poderia. Eu muito bem poderia. E era estranho pensar, como seria facil gostar.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

(2)

Um pequeno erro, um passo em falso, uma bonita ilusão. Um suspiro no meio da noite. Ela se movia com as luzes. Sem escutar uma palavra que dizíamos. Ela fechava os olhos com as mãos para o alto. Ela se deixava levar. Quase sempre se sentindo vazia. Era um sopro frio na minha espinha. Ela era uma canção favorita. Era um pássaro voando fora do alcance das minhas mãos, e então sutilmente pousava nos meus ombros. Ela era riso despreocupado. Era um beijo desesperado no silêncio do seu carro. Mas aquilo era diferente. Muito perigoso.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Dia (1)

Depois de estar perdida em meio a tempestade por um período de tempo que me pareceu eterno, a vida voltou a fazer algum sentido. As festas voltaram a ser legais, as pessoas se tornaram novamente interessantes, e tudo deixou de ser monocromático e sem gosto. Os dias que se passaram, agora em minha mente, tudo parece tão distante da realidade, como se de fato nada tivesse realmente existido, como se eu apenas tivesse sonhado. E agora com os olhos abertos vejo tudo de uma nova perspectiva. Uma perspectiva clara, como se eu estivesse sentada no topo do mundo. E o tempo ruim que parecia nunca ter fim, finalmente se dissipou, e no caminho de volta para casa, voce sorri satisfeito consigo mesmo, e pensa: Estou feliz outra vez.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

orange.

Eu pensei muito sobre aquilo, e continuaria pensando por algum tempo. Estava tudo muito vivo na minha mente, e fresco, e aquela situação era completamente surreal. Nem mesmo nos meus sonhos mais loucos eu poderia imaginar. Aquilo foi absolutamente inacreditável. Eu estava lá. Eu queria mesmo que fosse verdade. Mas não era, e eu nao poderia mentir para mim, eu estava me equilibrando num fio laranjado e frágil.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

bhjbhjnkm

Agora, aquilo iria me machucar por dias, eu bem sabia disso. O que eu não daria para ter alguém que cuidasse de mim, que quisesse meu bem, que me guardasse no fundo do coração e nunca mais deixasse coisa alguma me machucar. Ninguém realmente se importava com isso. Talvez eu simplesmente não merecesse ter um pouco de amor na minha vida.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

voce vai se perguntar.

E mais tarde, no meio de um passeio qualquer, sentada na grama talvez nos braços de um alguém qualquer, você olharia para o céu e se perguntaria como eu estou, por onde ando, em quais braços. Voce olharia nos olhos dele, e desejaria ver os meus, e se perguntaria 'como tudo teria sido'. Voce se perguntará se eu ando triste por ai. Voce andaria por ai apanhando migalhas de informações ao meu respeito e pensaria: será que ela está bem ou está apenas fingindo?' E mesmo que voce nunca fosse atrás de informações, mesmo que você nunca olhasse em seus olhos desejando que fossem os meus, mesmo que sua vida estivesse perfeita, um dia, entre uma frase e outra, talves tarde da noite, voce se perguntaria por onde anda aquele coração que eu amei? * algumas noites eu choro, um choro dolorido, um grito mudo que ecoa no meio peito vazio, choro de desespero, desejando que meu coração estivesse inteiro, e me pergunto: Será que algum dia esse choro vai terminar?*

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Não tava bem hoje. Passei o dia debruçada sobre essa mesa, estudando, tentando aprender sozinha Alias, um software de modelagem automotiva. É tipo um autocad só que mil vezes pior. Tava indo bem, mas nao consigo me concentrar. Hoje é um daqueles dias difíceis onde a gente tenta mas não consegue olhar pro outro lado. E dói, sem remédio. O coração cheio nada, latejando sem sair do lugar. Eu queria perder a memória.

artifíficio

Esses livros que falam de amor, essas musicas de auto-ajuda tipo: baby you are a firework' Nao katy, eu nao sou bonita como fogos de artifícios colidindo contra um céu escuro. Nao importa o quanto eu tente, eu nunca serei. Nao existe essa coisa toda de amor verdadeiro, e nao existe essa porcaria de que há algo lá fora esperando por nós. Não é facil, nao tem sido facil, e vai continuar pesando cada vez mais nas minhas costas e no meu coração. Nao existe alguém esperando por mim, nao existe ninguem querendo cuidar de mim, ninguem vai aparecer e dizer como eu sou maravilhosa, tão linda quanto fogos de artifício. Sinceramente, voce destruiu tudo dentro de mim, e tudo que eu desejaria hoje, era nunca tê-la conhecido. Talvez assim eu estivesse inteira ainda.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

sdkmdfhgjk

Eu poderia enganar a todas as pessoas do mundo. Mas eu jamais seria capaz de enganar a mim mesma. Eu me sentia cansada. Eu nao lembrava mais quem eu fui, e tambem não sabia quem eu estava tentando ser. Nao sabia onde estava indo, parece que estive andando por tanto tempo que simplesmente havia esquecido onde estava tentando chegar. Acho que é isso que significa ser adulto. Estar perdido e fingir que não está.

domingo, 26 de janeiro de 2014

05.11.09

A vida continuou, mais vazia. Os olhos opacos. O mesmo velho disfarce. O mundo não pára porque você está ferido, a vida não te dá uma segunda chance. E embora machucada, eu continuei andando. Ainda que não soubesse bem para onde estava indo. Ainda que não houvesse ninguém me esperando. Eu fui forte a minha maneira, e ser forte, é abrir mão de um grande amor. Meu maior ato de bravura foi desistir. Eu pensava nela, todos os dias é claro. E quando ia dormir, imagens horriveis me assombravam, as vezes eu ficava a madrugada em claro, com os olhos abertos, implorando para não sonhar com ela. Implorando para não sonhar com nada. Meus sonhos eram brincadeiras cruéis. Era difícil, todo dia era difícil, mas eu tava lutando até minhas ultimas forças. Ela não merecia tudo que eu sentia por ela, era difícil aceitar que tudo não passou de um terrível mal entendido. Ando completamente perdida. As vezes eu quero chorar, mas não choro. Eu nao me permito. Eu sei que não posso apagar o que eu sinto por ela, que provavelmente nunca poderei, e que daqui 10 anos ainda vou olhar para tras e desejar que tudo tivesse sido diferente. Mas eu espero que daqui 10 anos, eu ja seja capaz de ouvir as musicas que eu gostava, seja capaz de sentar no parque com uma toalha xadrez. Um comprovante de pagamento, da prata e art, no meio de um livro, me fez lembrar... 05.11.09. Dói só de pensar.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

asdfghjkgfds

Alguns dias era mais complicado, o ar estava se tornando denso a minha volta, e exigia muito esforço da minha parte olhar para o outro lado. Depois que a máscara caiu uma vez eu nao fui capaz de coloca-la de novo. Parecia sempre muito larga no meu rosto, e caia. De alguma forma estranha que eu nao saberia explicar, ela sempre despertava o melhor em mim, e eu odiava isso. Odiava o vazio que ela deixava depois de me mostrar o sol. Com ela, eu jogava limpo, eu era o melhor que eu poderia ser, ela deixava minha vida mais clara, e afastava todas as sombras de dentro de mim, mandava embora todos os demonios, calava cada uma das vozes que haviam dentro da minha cabeça. E depois, partia. Deixando tudo bagunçado outra vez. Eu estava sempre sorrindo, parecendo muito animada, quando na verdade, eu estava totalmente desiludida com a vida, e com quase tudo que meus olhos podiam tocar. Fazendo o que precisava ser feito, sem esperar que nada de realmente bom fosse me acontecer. Sem esperar que qualquer um fosse fazer qualquer coisa por mim. Eu só queria ser feliz um pouquinho.

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Gostaria de passar horas conversando com alguem. Alguem com quem eu realmente quisesse conversar, alguem com quem eu realmente quisesse estar. Mas na maior parte do tempo, estou falando com estranhos, saindo com estranhos, para lugares desconhecidos, tudo para fugir dos meus pensamentos abarrotados de coisas sobre voce. É como se eu estivesse sempre correndo, correndo o mais rapido possivel, correndo para um lugar que eu nao faço a menor idéia de qual seja, um lugar em branco onde nao existam memórias para me machucar. E eu ja me sinto tão machucada, e tão perdida, que tudo, tudo que eu mais queria era estar a salvo. Alguem que colasse cada pequeno pedaço, alguem que curasse estas feridas que nunca se fecham, alguem que nunca me deixasse sozinha... Eu daria tudo que eu tenho para me sentir a salvo uma ultima vez.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

dcfgbhjkln;

eu olhava para o relógio, depois para a tela do computador, e depois para o celular. Como se esperasse por alguma coisa. Como se 'alguém' fosse me ligar. Eu nao achava que fosse acontecer, eu nao acreditava que ela pensava em mim da mesma forma como eu pensava sobre ela, eu nao achava que o peito dela estivesse machucado como o meu ou que ela gastasse alguns minutos do seu dia se perguntando como eu estaria, mas isso tudo nao impedia que eu pensasse sobre, ou que esperasse, inutilmente que algo fosse acontecer. Que ela iria me ligar, que iria largar tudo e admitir que estava com saudades. Era uma merda, um circulo vicioso de merda. Sabia que desta vez nao haveria volta, mas eu estava sempre deixando a porta destrancada pro caso dela querer entrar.

domingo, 19 de janeiro de 2014

como diria caio...

Eu nem sei por onde começar, eu nem sei o que dizer a mim mesma, para me fazer acreditar, para me fazer por a velha mascara outra vez. Eu nao sei quantas vezes eu ja fiz isso, e quantas outras eu ainda farei. Nao é algo com o qual voce se acostume. Nao é como se eu estivesse vivendo um sonho. Nao chega nem mesmo perto de ser um sonho. O que esta acontecendo? O que realmente esta acontecendo. As vezes sinto medo de mim mesma. Nao que eu vá fazer qualquer besteira, mas tenho medo de quem eu sou. Medo de nunca me sentir completa outra vez. Porque isso importa tanto? Eu tenho medo de nunca poder sobreviver sem essa máscara novamente. Tenho medo de nao saber quem eu sou. E de ter me tornado alguem tão vazio, a ponto de ser incapaz de sentir qualquer coisa a minha volta. Estou presa dentro de um maldito pesadelo. Nao tenho nenhum outro lugar onde eu possa ser sincera que nao seja aqui. O que restou da vida que eu sonhei? Alguma migalha para que eu pudesse me agarrar? O que sobrou de quem eu fui? O que sou eu se nao apenas uma sombra de quem eu costumava ser. Apenas uma mentira muito bem contada. Um livro que ninguém irá ler até o final, cujas páginas amareladas, há muito foram rasgadas. E como diria Caio, "um dia a gente aprende a conviver com uns. E a sobreviver sem outros."

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Sobre meu sonho.

Eu achava mesmo que no fundo, ela me amava... e que iria aparecer batendo na minha porta, iria entrar e me abraçar como se eu fosse a sua pessoa preferida no mundo. A gente iria se beijar, e eu poderia ficar olhando para ela por longos minutos sem piscar. Ela pegaria no meu rosto, me beijaria uma vez mais, e diria que me amava, que estava com saudades. É um sonho muito bobo afinal. E quando me perguntam se eu tenho um sonho, seria ridiculo se eu dissesse isso a eles, se eu contasse a verdade. Eu me sentia cansada disso tudo. De ser enganada pelos meus pensamentos, iludida pelas minhas malditas lembranças, eu daria qualquer coisa no mundo para apagar minha memória, e nunca mais me sentir tão vazia e morta por dentro. Eu daria qualquer coisa para esquecer tudo que eu sinto. Para esquecer seu rosto, seu cheiro, seu sorriso, seus olhos, seu gosto, e suas palavras... Eu daria tudo para nao lembrar.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

aqueles que nao tem nada.

Voltei para casa com passos rápidos, e coração ruindo, eu nao sabia como me sentia. Nao sabia o que dizer a mim mesma, eu tinha feito uma grande bagunça, causado uma grande bagunça dentro de mim. Eu gostaria de poder chorar, mas nao tinha lágrimas dentro de mim. Eu nao tinha nada. E de repente, foi isso que eu entendi, eu nao tinha nada.

domingo, 12 de janeiro de 2014

sobre conexões estranhas.

Hoje, hoje nao dava para disfarçar... Meu coração estava em pedaços, partido em tantos milhares de pequenos pedaços que eu nao iria conseguir juntar nem em um milhao de anos. Porque ela era tao importante? Porque ela significava tanto? Nossa, depois de tudo, eu a amava tanto... Minhas mascaras estavam todas no chao, minhas armas estavam sem munição, os muros que me separam do mundo haviam desmoronado. Eu me sentia completamente desprotegida... Ela destruiu em alguns poucos minutos uma armadura que eu levei meses para construir, para forjar.

sábado, 11 de janeiro de 2014

é.

Hoje estava doendo um pouco, era meio difícil. Esses dias estavam meio difíceis. Queria ir embora um pouco, embora de dentro de mim, para nao ouvir meus próprios pensamentos, para nao ver minhas lembranças. Hoje, eu nao queria ser eu.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

sonho estranho

Hoje eu tive um sonho estranho. Estava na casa de alguma amiga. Quando fui para o banheiro olhar meu cabelo, apareceu uma mulher la dentro. Devia ter uns 40 ou 50 anos. Eu gritei desesperadamente, ela disse que nao adiantaria gritar, ficava aparecendo e desaparecendo. Entao eu perguntei o que ela queria de mim, de que forma poderia ajuda-la. Ela disse que eu deveria entregar algo para o filho dela, que estava preso e era ameaçado de morte - nao me lembro o que ela queria que eu entregasse - Entao eu disse que tudo bem, que faria o favor, e perguntei se eu poderia lhe abraçar, se ela sentiria meu abraço, visto que ela era um espirito. Ela disse que sim "sim, podemos nos materializar" "mas voce vai me sentir?" perguntei, ela respondeu "vou sentir seu corpo, mas nao sinto sua alma, é como se voce estivesse vazia." Abracei ela e ela chorou, disse que nao lembrava a ultima vez que tinha abraçado alguém. Depois disso não a vi mais. Entao, eu estava no quinta da casa, muito pertubada sobre o que havia acabado de acontecer, estava com medo de que espiritos começassem a vir me encontrar para me pedir favores. Foi quando minha vó veio na minha direção, vestia uma roupa de um tecido que parecia 'cru' uma roupa muito simples porém bonita. Estava com os cabelos solto e me sorria. "Vó!" eu disse levando um susto nao sabia se estava feliz ou com medo, nao queria visita de espiritos o tempo todo, mas era uma boa oportunidade poder falar com ela. Ela riu para mim, os dentes bonitos. Ela disse que sentia saudades e perguntou como estavam as coisas, eu disse que estavam boas, e que tambem sentiamos saudades dela. Perguntei como ela estava, ela nao respondeu claramente mas assentiu com a cabeça, entao ela disse que tinha uma coisa que eu deveria entregar para minha mae, era uma televisao, nao muito grande, tela fina, normal. Eu disse que tudo bem, que entregaria, e perguntei se ela nao queria que eu entregasse nada para o tio, ela disse que nao, que nao tinha nada para ele, que ele ainda nao estava preparado mas talvez em 2 anos. Eu perguntei se ela tinha pessoas para conversar onde ela estava, ela balanço a cabeça negativamente, e disse que tinha algumas pessoas. E eu perguntei se ela via alguem, ela disse que era tudo escuro. Eu fiquei muito preocupada, tinha medo dela nao ter conseguido encontrar o caminho, mas talvez estivesse em algum tipo de processo de evolução. Depois ela saiu e voltou com um vestido nas mão, disse que era para mim, era uma roupa em tom pastel, disse que nao sabia se iria servir mas era tudo o que ela tinha para me dar. Fiquei sensibilizada, eu nao queria nada, e ela parecia tão preocupada pelo presente ser simples demais. Achei lindo. E agradeci. Perguntei se eu poderia abraça-la, ela sorriu e disse que sim, era um abraço de feliz natal e ano novo atrasado, eu nao lembrava que eu sentia tanta saudade dela. - Contei esse sonho para minha mãe, que chorou. E eu tive que me segurar para nao chorar.

Sobre as vezes em que dói.

As vezes dói, a gente lembra de uma musica e dói. A gente lembra de um sorriso e dói. Mas é as vezes, 1 vez por dia, ou varias vezes no mesmo dia. Hoje doeu 4 vezes. Sabado passado doeu 1 vez, mas foi bem doída. Hoje eu senti um perfume que doeu, li uma frase que doeu, lembrei de uma musica que doeu, vi um anel que doeu. Eu nao me lembro mais o que é ser eu mesma, sem mascaras ou barreiras. Me sinto inteira, embora completamente vazia.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Felicidade é uma mentira.

Felicidade é uma mentira que voce conta várias vezes até acreditar. E quando as lembranças tentam preencher minha cabeça com momentos lindos que só me fazem sentir dor, eu escolho olhar para o outro lado. Eu escolho ignorar tudo que eu sinto, tudo que eu sonhei, o tanto que eu amei. Provavelmente esse seja o único lugar onde eu possa ser sincera, no mundo inteiro, só restou esse lugar, onde eu posso dizer como me sinto. Que bom que pelo menos tenho um lugar, onde eu me sinta relativamente segura para ser eu mesma. Ser nós mesmos pode ser bem perigoso, bem doloroso. Voce fica muito exposto, qualquer um pode usar suas fraquezas contra voce, usar o amor que voce sente, usar aquilo que é mais precioso para te ferir. Dói, só de pensar sobre isso minha visão fica turva. E eu choro. As vezes eu choro, normalmente sem motivo. Só me sinto sozinha e perdida, e choro. Mas é as vezes. Porque na maior parte do tempo eu to olhando pro lado, ou mentindo que to na melhor fase da minha vida. Saindo para festas que eu nao queria ir, conversando com pessoas que eu nao queria conversar, fingindo que gosto de alguém só pra todo mundo achar que a fila andou pra mim também. O maior esforço que eu ja fiz foi fingir que eu nao me importo, que eu nao penso a respeito, e que nao sinto saudade.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

um dia desses...

- Nao existe uma fórmula mágica, e maturidade nao se compra no supermercado ou na farmácia. Algumas coisas levam dias, outras meses, e ainda existam aquelas que levem anos, mas uma hora, tudo simplesmente melhora. Voce nao vê isso acontecer, e não existe um manual de instrução. De todos os conselhos que me deram, de tudo que eu ouvi por ai, o único remédio capaz de consertar um coração quebrado, é o tempo. E um dia, inevitavelmente voce vai ser feliz outra vez.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Diario de bordo 2013

Eu nao fiz um diario de bordo desta vez. Eu sabia como iria ser. Primeiro a minha sensação preferida, quando o avião deixa o chão, e da aquele friozinho na barriga, como se voce estivesse flutuando, sem gravidade alguma para te segurar. E depois, quando a aeronave toca o chão, e faz aquele barulho. Entao eu estava la. Tudo que meus olhos poderiam tocar era coberto pela soja, nenhum sinal de pasto, ou bois ou cavalos, apenas soja. Tive uma moto a minha disposição, e andei por toda a propriedade, mas rapidamente fiquei intediada. Eu poderia ter vindo aqui antes, eu tive acesso a internet, mas optei por nao entrar. Eu tinha medo de ter alguma notificação. Um dia desses recebi uma msg. Dela. Olhei para o celular brilhando no escuro, mil sentimentos passaram por mim, mas eu fingi que nao conhecia o numero. Naquela noite sonhei. E na noite seguinte tambem. E na outra. E na outra. E ontem. Que raiva. Tento ao maximo nao pensar sobre isso, e nao pensar sobre coisas que me façam pensar sobre ela. Nao penso em seu nome, e em nada que possa ter alguma relação, mas ontem encontrei no meu computador, numa pasta esquecida, uma carta que ela escreveu, sobre o '1 ano' ela dizia que estava aprendendo a falar direitinho e tomar chá gelado com 1 canudo só porque com 2 era complicado' Eu ri, quase que involuntariamente, por um segundo nada mais importava e eu ri, sem me lembrar de nada que aconteceu. Eu sempre dizia que era dificil tomar suco ou qlqer coisa com 2 canudos, atrapalhava, entrava ar hahaha E ao rir lembrei de pessoas que nao existiam mais, de meninas lindas, com sentimentos intensos e puros que nao existem mais. E quando pensei nisso meu coração escureceu e doeu. Entao rapidamente mudei de pensamento. Nao sentia falta de casa o ultimo lugar em que eu queria estar era em casa, a ultima coisa que queria fazer era sentar na frente desse computador e encarar os riscos. Era muito perigoso ficar aqui. Os sentimentos que me atingiam, eram capazes de me matar se eu nao desviasse a tempo. Essa minha mania de correr para o lado errado. Foi basicamente assim, todos aqueles dias, nao foram ruins, e eu nao me senti triste quase nunca, mas me sentia vazia quase sempre. Conversando com alguem descobri que a unica coisa que eu queria era me sentir real outra vez. Pois tenho sido de mentira há tanto tempo, que tudo que eu queria era ser de verdade pelo menos por um dia. Eu nao sei mais quem eu sou, eu nao me lembro mais, e poucas coisas fazem sentido na minha cabeça nesse momento. As vezes nao sentir nada era pior do que sentir dor, porque eu nao sabia, se estava afinal indo em direção de algo ou apenas enganando a mim mesma, correndo perdida para o lado quando na verdade eu nao sabia para onde estava indo, mas corria sempre como se soubesse. Entao aquela sensação outra vez, o aviao correu pela pista, e decolou, eu senti um trepidar das pedras nas rodas, e depois pois 1 ou 2 segundos a gravidade zero. Eu estava indo para casa novamente.