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sábado, 25 de abril de 2009

Escárnio

Seus olhos estavam escuros e profundos, desta vez isso nada tinha haver com todas as noites pertubadoras, tão pouco com a droga nos seus remédios, era muito mais simples - ou complicado, se assim preferir - era apenas tristeza.
Enquanto ela olhava para dentro de sí mesma, observando com indiferença um coração morto, que por hoje havia se esquecido de como pulsar... sua expressão se tornava sombria, sentindo demasiado rancor por sí propria... por sua vida, por suas esperanças, por cada sentimento que escondia, pelas palavras que nunca dizia... por orgulho[?], por medo[?]
Escárnio por nunca ter sabido amar... Escárnio pela facilidade com que ela deixava-se quebrar.

o que eles não vêem

Era mesmo muito incomum, um dia que ela não estivesse lá, naquelas escadas, sentada sozinha, tragando lenta e dolorosamente suas mágoas, e era ainda mais incomum seu rosto visivelmente cansado, visivelmente desiludido, desiludido demais para uma jovem eles diziam...
Trazia nos lábios o gosto deprimente da derrota, e nos olhos um vazio indizivelmente entristecedor - mas essa parte ninguem poderia perceber.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

se eu sobesse sentir...

Eu não sei sentir, há muito tempo tenho me esquecido...

Tenho meus tantos desejos, cada um de sua forma esquisito – eu admito.

Tenho também certa curiosidade me intimida.

Conheço todo tipo de adjetivo, mas nada que possa ser tocado, ou sentido.

E se eu pudesse sentir pergunto-me o que desejaria...

Sentiria da mesma forma que eles sentem,

Ou inventaria outra forma de sentir a vida?

todos aqueles.

Aquele que não ama se entrega à solidão

E aquele que muito ama, se perde numa doentia escuridão.

Aquele que é triste sufocou uma dor

Na inútil tentativa de esconder o seu amor.

Aquele que resiste, só prolonga um sofrimento

Sangrando cicatrizes, matando-se aos poucos por dentro.

Aquele que cria esperanças fabrica seu próprio veneno

Morre esperando a cura que viria apenas com o tempo

Aquele que sofre, sofre somente por amor,

Pois antes dele ninguém jamais havia sentido

Aquilo que chamam de dor.

Mas que tipo de dor é essa? Que todos querem sentir!

Não importa se ha de sangrar até a morte

Desde que por um segundo sintam o que é ser feliz.

tudo fala sobre a dor.

Melodias erradas e a baixa sensação térmica,

Promessas rasgadas, esperanças intrépidas...

Versos queimados e outros tantos poemas

Trazendo o gosto ácido de uma dor estrema.

Enquanto ela luta para manter, uma fachada colorida

Mesmo isso custando sua própria vida.

Ela mostra sua melhor mascara, e canta a mais feliz canção

Para esconder suas lagrimas e os gritos de solidão.

nada de: forever n' ever.

E o para sempre que perdeu todo sentido

Fazendo os sentimentos se transformarem em mal-entendidos

Eu procurei entender, esquecer tudo sobre vo

Eu procurei saber sobreviver sem você

Eu tentei seguir fingindo que não penso mais em ti

Mas é tão difícil fingir não mais sentir.

amanhã

Amanha, outro dia...

O sol queima minha pele, que com o calor se irradia.

Amanha, outra guerra...

Contra aqueles que não podem me ver e sem lutar me vencem pela minha covardia.

Amanha, outra perigosa explosão...

Causada pelos sentimentos que se colidem contra as frias paredes deste coração.

Amanha, um novo inferno...

Com os mesmos demônios encontrando formas de me enlouquecer.

Amanha, outra vez tento me esquecer...

A dor que você me faz sentir sem que possa perceber.

desabafo patético. (y)

Eles lutaram pela minha vida, quando eu precisei desistir, e me forçaram a ficar quando tudo o que eu mais queria era partir, me aprisionaram de forma que eu jamais pudesse fugir... e hoje me sinto tão cansada, impulsos elétricos percorrem meu sistema nervoso fazendo todo meu corpo congelar, paralisando meus músculos, roubando-me o ar, 32° lá fora, e o mesmo sol ofuscante que toca minha pele, não me queima, nem me aquece, será o sol que está frio? Ou quem sabe eu esteja adoecendo? Há dias não me alimento, não sinto tal tipo de desejo, e ainda por ocasionais vezes que me obrigam a comer o que quer que seja meu estomago cumpre rigorosamente seu papel de rejeitar aquilo que lhe foi imposto. Não me sinto bem, e não há com quem falar sobre isso aqui, sinto-me cada vez mais fraca, com enjôos, tonturas, náuseas, o corpo treme com muita freqüência, há aquela maldita dor de cabeça, que me percorre a espinha inteira me põe em desespero quase a ponto de gritar, e o pânico que oscila constantemente, é o mais imprevisível e escolhe as horas mais impróprias para atacar, sinto medo, muito medo, e sobre tudo isso ninguém pode ver, me recuso admitir tamanha fraqueza, isso seria tão humilhante. Minha mente me engana, enquanto eu ouço milhares deles sintonizados em minha cabeça como uma estação de radio mal sintonizada...

Fico imaginando, e chego à conclusão de o que eu vejo ninguém pode ver, e a forma como sinto as coisas ninguém jamais vai compreender.