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quarta-feira, 17 de junho de 2015

O primeiro studio a gente nunca esquece.

Hoje foi um daqueles dias que você sabe que algo realmente está acontecendo. Montei meu primeiro studio. Pintei as paredes, e até o final da semana eu acredito que esteja tudo certo para funcionar. Foi uma sensação foda, uma sensação de finalmente estar construindo algo. Eu nunca vou me esquecer desse dia. A sensação de ter um lugar seu, um lugar onde você não precisa dar satisfações. Um lugar onde eu posso ser quem eu quero ser. Você mudou minha vida. E eu sinto que finalmente estou no caminho que eu deveria estar.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

memória fraca, coração forte.

Na minha vida, a única coisa da qual eu tenho certeza, é de que fui muito amada. Sempre. Tive uma família que me amou da melhor forma que podiam, e tive a sorte de conhecer pessoas que cuidaram de mim e me amaram sempre na medida ideal. Familia, amigos e amores. A gente sofre na vida, e sofre, porque faz parte da gente se foder, ou achar que está se fodendo, quando na verdade é apenas a vida lapidando a gente para sermos o melhor que podemos ser. Mas eu, falsa canceriana como sou, bipolar como minha geração exige que sejamos, e mal agradecida como toda filha única, talvez tenha decepcionado todo mundo que me amou tão bem, e cuidou de mim com tanto carinho. Mas não é por mal, a verdade é que eu nunca soube lidar muito com afeto explicito, fico meio sem graça com abraços demorados, e demonstrações de afeto. E quase sempre que pude fugi de relacionamentos. As vezes eu sumo, e fico um tempão sem dar notícias. Não é que eu me esqueça, é só que eu evito criar vínculos muito fortes. Assim como o Cazuza, eu sou exagerada de natureza, e essa é minha única forma de me poupar. Mas eu lembro de todo mundo, quase todos os dias, e as vezes me pergunto: onde anda aquele coleguinha da 3˚ série? Ou, aquela melhor amiga do ensino fundamental, que eu nem consigo me lembrar o nome mais. A memória é fraca, mas o coração é forte. E embora eu esqueça dos nomes, lembro das vozes, do cheiro, e do riso. Como minha vó me abraçando e dando tapinhas nas minhas costas. Como no dia que um menino comprou kit-kats, kinder ovos e kinder buenos e me deu de presente, como no dia que minha namorada me trouxe picolé na térmica ao me buscar do trabalho, como o Erick trazendo um balde de gin com groselha, antes do pepers, como a Tati fazendo paquecas sabado de manha, ou o fafa fazendo o girocoptero. E tantos outros momentos que eu nem poderia mencionar pois tomaria muito tempo. A cabeça esquece mas o coração não.