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sábado, 31 de agosto de 2013

correndo.

Eu estava correndo, correndo como um foragido corre para longe de uma prisao, eu estava correndo, tanto, e tao rapido que nao percebi que estava descalço e que o atrito contra o asfalto e as pedras machucavam meus pés, mas nao importava, eu nao ia parar de correr. Eu estava correndo com os pulmoes doloridos, precisando de ar, estava correndo, sem saber pra onde, eu nao conhecia esse lugar, talvez estivesse correndo para longe de mim. Estava correndo para longe das coisas que eu quis um dia, estava correndo para longe de quem eu era, estava correndo para longe dos meus pensamentos. Eu nao olhava para tras, e nem precisava, eu sabia o que encontraria, eu apenas continuava correndo, das pequenas escolhas, aquelas que eram mais nocivas, como um chiclete de melancia que poderia ser muito perigo. Qual caminho usar, qual banco se sentar para comer, qual sabor de sorvete. Onde ir num dia de sol e ceu azul? Um parque poderia ser uma armadilha bem dolorosa. E para nao ter que escolher eu corria. Como se fugisse de quem eu era.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Parte das estatisticas.

Entao eu voltei para minha vida sem voce. Fazia muito tempo, era como se eu estivesse viajando por muitos anos e entao retornei, retornei para uma casa vazia, onde nao havia ninguem me esperando. No primeiro dia coloquei calças de dormir, meias, pantufas, e me sentei na varanda, afim de aquecer o corpo no sol, tudo era frio. Mais tarde tudo foi voltando ao normal, trabalho, rotina, estudo, preocupaçoes. Cumprindo obrigaçoes, saindo com amigos, rindo, me divertindo, mas sabendo que nada poderia me surpreender. Nao haveriam olhos castanhos brilhando para mim, e nem cabelos loiros reluzinho no sol como pequenos fios de raios. Era assim, minha vida, uma vida normal, boa por assim dizer, agora, eu fazia parte das estatisticas, de milhares de pessoas que nao esperavam por nada muito maravilhoso. Eu e voce, eramos pessoas desconhecidas, rostos desconhecidos, que se procuravam na multidao, e embora eu nao soubesse mais onde procurar, sempre, sempre, sentiria saudade, e quando voce pensasse em mim, com carinho eu estaria pensando em voce. Esperando talvez, um dia, daqui muito tempo, esbarrar com voce na rua, e te conhecer, outra vez.

domingo, 25 de agosto de 2013

foda-se a garrafa.

Nao escrevo. Nao escrevo porque nao quero que ninguem saiba como eu me sinto, nao escrevo porque escrever é admitir minha fraqueza. Eu e meu eterno problema com as letras. Por muito tempo, escrevi aqui, tão desesperadamente como um naufrago, que coloca uma carta dentro de uma garrafa, e joga ao mar esperando que chegue nas maos da pessoa certa. Esperando que a pessoa certa possa resgata-lo. Depois de algum tempo, que me pareceu muito, aprendi a conviver com o vazio de uma ilha isolada. Minha própria ilha. Uma ilha onde jamais ninguem voltou a pisar, e os que tentavam eram afugentados. As vezes a gente é deixado pra morrer num lugar assim. Quando te deixam para morrer como se voce nao tivesse valor, é que voce aprende a viver, e encontra seu valor, sua honra, seu carater. Talvez tarde demais para isso nao ter mais importancia.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

la la la...

Eu pegava meu violão no meio do dia, e cantava qualquer canção esquecida, simplesmente porque eu queria, por que senti vontade, eu fazia meus deveres, eu brincava passava pouco tempo irritada, a maior parte do dia me sentia feliz, sem ter que ficar me esforçando para isso, sem ter que ficar me lembrando de ser feliz, e sorrir e ser amável, e gentil e tudo mais, isso vinha de dentro, e era estranho nao me sentir triste, uma vez que eu estava tao acostumada com esse sentimento, qndo estou feliz nao escrevo muito... Percebi isso. Tenho desenhado muito, e cada vez melhor, acho que é isso que me faz sentir tao bem. Ah!