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domingo, 22 de dezembro de 2013

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Me sentindo um prisioneiro, em sua ultima refeição em liberdade, antes de ir para o presídio. Aproveitando seu ultimo dia em sua casa, as vezes olhava para as pessoas que eu amava, como se fosse a ultima vez q eu as veria. Me doía muito essa solidão, esta sensação de estar tão completamente só. Essa noite, noite passada, foi assustador. Tinha um duende no pé da minha cama. Eu acordei com um zunido muito alto, ele estava no pé da minha cama. Ele se aproximou rapidamente, e parou ao lado do meu travesseiro me fitando. Ele era horrivel, deformado, e nao tinha cor, tudo que eu podia ver eram seus contornos. Brilhando no escuro. Eu gritava mais alto que podia mas ninguem podia me ouvir por causa do zunido dele. Era como se isolasse meus gritos. Quando corri para acender as luzes ele nao estava ali, fui no banheiro, lavei o rosto e qndo apaguei a luz, ele estava exatamente no mesmo lugar, me fitando. A conclusao que cheguei é que esse bixo é invisivel a luz. Nao espero que ngm acredite nessa merda. Mas eu estava plenamente acordada, e sei o que eu vi. Existe um vazio triste dentro de mim. Uma coisa nao tem nada haver com a outra, mas gostaria de dizer como me sinto mal, e perdida...

adiando as malas.

Eu adiei o maximo que pude arrumar minhas malas. Ao inves disso passei o dia deitada, vendo meu seriado preferido no momento, tentando nao pensar em como voce havia despedaçado novamente o coração que eu lutei tanto pra consertar. Vi 1 episodio, 2 episodios, 3 episodios... Sentindo o buraco do meu peito latejar em silencio. Uma ou outra lagrima escorria de vez em quando, mas eu sabia que haviam malas vazias para eu preencher. Roupas a serem dobradas. Coisas para serem guardadas, e eu nao poderia adiar isso para sempre. Eu espero que voce cresça com isso tudo. Era facil para ela falar, nao era ela que teria que juntar do chão os pedaços de um coração que nem funcionava mais. Meus olhos eram opacos e monótonos, sem vida. Eu desejava encontrar cola para consertar isso. Era hora de parar de sonhar com uma vida que eu nunca faria parte novamente. Mas eu estava morta, por dentro.

sábado, 21 de dezembro de 2013

pré-viagem

Todos os anos eu ia para la, o lugar com o por do sol mais bonito do mundo, com o ar mais puro, e mais solitário tambem. Todos os anos eu ia para lá, eram meu tempo de exílio, um tempo que eu tinha para pensar em tudo, para ficar sozinha, para sentir saudades, e querer voltar. Agora de coração apertado, e um comichão nas pontas dos dedos, e eu nao sei dizer como me sinto, é uma mistura de felicidade com uma tristezinha que me faz cocegas e me da uma vontade de chorar. Essa tristezinha que se pendura na barra da minha camiseta sem eu ver, e me acompanha para nao esquecer. Mas agora quase sempre estou feliz, só as vezes ela me belisca as vezes, e doi um pouquinho. E a gente pensa: poxa, podia ser tão diferente!' mas sobre isso eu evito pensar. Muitas coisas boas estão acontecendo. E nao me faltam motivos para sorrir

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

enfarto.

as vezes eu sentia que ia ter um enfarto, meu peito doía, e eu nao podia respirar, eu ficava imobilizada sem conseguir dizer uma palavras, entao, eu batia no meu peito, com toda força que podia, para fazer meu coração se lembrar de bater. e de vagar ele batia.

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realmente nao importava o que eu fizesse, para onde eu fosse, com quantas pessoas saísse e com quantas garrafas de cerveja enxeria a cara. no final eu sempre voltava para casa me sentindo vazia e triste. deitava no meu colchão olhando para o nada e me perguntando quando as coisas mudariam, se mudariam. é verdade que agora ja nao doía muito, pois eu me obrigava a nao pensar a respeito, conseguia me manter bem por muito mais tempo, mas em alguma hora, a solidão se sentava ao meu lado e ficava me encarando. tudo que eu queria era ser feliz um pouquinho. só um pouquinho.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Uma historia que fala sobre mim, que arranca lágrimas e soluços.

O COELHO DE PELÚCIA Como os Brinquedos se Tornam Reais por Margery Williams Natal Certa vez, havia um coelho de pelúcia (Era uma vez um coelho de pelúcia), e no começo ele era realmente esplêndido. Ele era gordo e recheado (rechonchudo), justamente como um coelho deveria ser. Seu pelo era marrom e branco, e ele era muito macio. Ele tinha bigodes de verdade, e suas orelhas eram forradas com cetim cor-de-rosa. Na manhã do Natal, quando ele estava sentado apertado no alto da meia do menino, com um galinho de erva entre suas patas, o efeito era charmoso. É claro que havia outros brinquedos naquele Natal, castanhas e laranjas e uma locomotiva de brinquedo, amêndoas de chocolate e um ratinho de corda, mas o Coelho era definitivamente o melhor de todos. Por pelo menos duas horas o menino o amou. E então, tias e tios vieram para jantar, e houve um grande farfalhar de papel de seda e de desembrulhar dos pacotes, e na excitação de olhar todos os presentes novos, o Coelho de Pelúcia foi esquecido. Os Brinquedos Por um longo tempo ele viveu no armário de brinquedos ou no assoalho do quarto das crianças, e ninguém pensava muito sobre ele. Ele era naturalmente tímido, e sendo feito somente de pelúcia, alguns dos brinquedos mais caros faziam pouco caso dele. Os brinquedos mecânicos, como o trenzinho de ferro, eram muito convencidos e se vangloriavam de serem reais. Mas o Coelho não podia afirmar ser um modelo de qualquer coisa, por ele não saber que coelhos reais existiam. Ele pensou (pensava) que todos eles eram preenchidos (recheados - estufados) com serragem como ele mesmo, e compreendeu (compreendia) que serragem era completamente fora de moda. Mesmo Timothy, o leão de madeira articulado, que foi (fora) feito (fabricado - confeccionado) por soldados aleijados, e deveria ter uma visão mais ampla, dava-se ares. Entre todos eles o pobre Coelhinho se sentia muito insignificante e comum, e (absolutamente) a única pessoa que era amável com ele era o Cavalo de Pele. O Cavalo de Pele O Cavalo de Pele tinha vivido por muito mais tempo no quarto de crianças do que qualquer um dos outros. Ele era tão velho que seu revestimento marrom estava careca nos remendos e mostrava as costuras embaixo, e a maioria dos pelos em sua cauda tinham sido arrancados para fazer (encordoar) colares de contas. Ele era sábio, porque ele tinha visto uma longa sucessão de brinquedos mecânicos chegar se gabando e andar com arrogância, e um a um quebrar suas molas principais e acabarem-se, ele sabia que eles eram apenas brinquedos, e nunca se tornariam qualquer outra coisa. Pois a mágica do quarto de criança é muito estranha e maravilhosa, e somente aqueles brinquedos que são velhos e sábios e experientes como o Cavalo de Pele, compreendem tudo isso. "O que é REAL?" perguntou o Coelho um dia. "Significa ter coisas que zumbem dentro de você e uma manivela saliente?" "Real não é como você é fabricado", disse o Cavalo de Pele. "É algo que acontece com você". "Quando uma criança o ama por um longo, longo tempo, não apenas para brincar (brinca) com você, mas REALMENTE ama você, então você se torna Real". "Isso machuca?" "Hummmmmm... às vezes", ele era sempre sincero. "Quando você é Real você não se preocupa em ser machucado". "Isso acontece tudo de repente, como quando alguém lhe dá corda ou aos poucos?" "Isso não acontece tudo de repente... Você se torna (transforma). Demora um longo tempo. Por isso não acontece freqüentemente para as pessoas que se quebram facilmente, ou que têm bordas afiadas, ou que têm que ser guardadas com cuidado". "Geralmente, quando você se torna Real, a maior parte de seu cabelo foi (amorosamente) arrancada, e seus olhos caem e você se torna frouxo nas juntas e muito surrado". Mas estas coisas não importam no entanto, porque uma vez que você é Real, você não pode ser feio, exceto para pessoas que não compreendem". "Eu suponho, você é real?" (Eu suponho que você seja real?) E então ele desejou não ter dito aquilo, porque ele pensou que o Cavalo de Pele poderia ficar sentido. Mas o Cavalo de Pele somente sorriu. "O Tio do Menino me tornou Real. Isso foi há muitos anos atrás, mas uma vez que você é Real você não pode tornar-se irreal outra vez. Isso dura para sempre." O Coelho suspirou. Ele pensou que seria um longo tempo (um longo tempo passaria) antes que esta mágica chamada Real acontecesse com ele. Ele ansiava tornar-se Real, para saber com que isso parece (o que sentiria). E ainda, a idéia de ficar surrado e de perder seus olhos e bigodes era demasiado triste. Ele desejava que pudesse se transformar (em Real) sem que estas coisas incômodas (desconfortáveis) acontecessem com ele. Nana Havia uma pessoa chamada Nana que governava o quarto das crianças. Às vezes ela não prestava atenção nos brinquedos (que encontravam-se) espalhados, e às vezes, sem qualquer motivo, de qualquer forma, ela ia (vinha) num vôo rasante como um grande vento e os jogava dentro dos armários. Ela chamava isso de "arrumando", e todos os brinquedos odiavam isso, especialmente os de lata. O Coelho não se importava tanto com isso, pois onde quer que ele fosse jogado ele caia suavemente (macio). Canção de ninar Uma noite, quando o Menino estava indo para a cama, ele não conseguia encontrar o cachorro de porcelana, que sempre dormia com ele. Nana estava com pressa, e era trabalhoso demais (muita agitação) procurar por cães de porcelana, e vendo que as portas do armário de brinquedos estavam (permaneciam) abertas, ela deu um mergulho (dentro): "Aqui, pegue seu velho Coelho! Ele servirá para dormir com você!" Naquela noite, e por muitas noites depois (a seguir), o Coelho de Pelúcia dormiu na cama do Menino. No início ele achava (isso) bastante desconfortável, porque o Menino o abraçava muito apertado, e às vezes rolava sobre ele, e às vezes ele o empurrava tão longe (tanto para) debaixo do travesseiro que o Coelho mal podia respirar. E ele sentia falta (tinha saudades) das suas conversas com o Cavalo de Pele durante aquelas longas horas de luar no quarto das crianças, quando toda a casa estava silenciosa. Mas muito cedo (logo) ele começou a gostar disso, pois o Menino costumava conversar (conversava) com ele, e fazia túneis agradáveis ('legais') para ele embaixo das cobertas e eles tinham esplêndidas brincadeiras juntos, em sussurros. E quando o Menino caia (caísse) no sono, o Coelho se aconchegaria (aconchegava) debaixo de seu queixo morno e pequeno e sonharia (sonhava), com as mãos do Menino segurando-o (ao seu redor) a noite toda. E assim o tempo passou (foi passando), e o Coelhinho era (estava) muito feliz, tão feliz que ele nunca se dava conta de como seu bonito pêlo de pelúcia estava ficando (se tornando) mais e mais surrado, E seu rabo começava a se a descosturar, e toda cor-de-rosa do seu nariz desbotava (desbotou) onde o Menino o tinha beijado (beijava). Primavera Veio a primavera, e eles tiveram longos dias no jardim, pois onde quer que o menino fosse o Coelho ia também. Ele tinha passeios (passeava) no carrinho de mão, e (tinha) piqueniques na grama, e encantadoras cabanas de fadas construídas para ele embaixo dos caules de framboesa atrás da borda florida. Uma vez o Menino foi chamado para sair de repente, e o Coelhinho foi deixado para fora no gramado até um longo tempo após o escurecer. Nana teve que vir procurá-lo com uma vela, porque o Menino estava tão preocupado com o Coelho que não podia dormir a menos que o Coelho estivesse em segurança em casa. Ele estava completamente molhado com o orvalho e com bastante terra de mergulhar nas tocas que o Menino tinha feito para ele no canteiro de flores. Nana resmungou: "Você tinha que ter seu velho Coelho! E pensar em todo esse rebuliço por um brinquedo!" "Dê-me meu Coelho! Você não deve dizer isso. Ele não é um brinquedo. Ele é REAL!" Quando o Coelhinho ouviu aquilo ele ficou feliz, pois ele sabia (soube) que aquilo que o Cavalo de Pele tinha dito era verdade enfim. A mágica do quarto das crianças tinha acontecido para (com) ele, e ele não era mais um brinquedo. Ele era REAL. O próprio Menino havia dito isso. Naquela noite ele estava quase feliz demais para dormir (tão feliz que não dormia), e tanto amor agitou seu pequeno coração de serragem, que quase estourou. E em seus olhos de botão de bota, que tinham há muito tempo perdido seu brilho, veio (apareceu) um olhar de sabedoria e beleza, de modo que mesmo Nana notou isso na manhã seguinte quando ela o pegou (levantou), e disse: "Eu acho que esse velho Coelho está adquirindo uma boa expressão de sabedoria!" (Eu acho que esse velho coelho não tinha exatamente essa expressão de sabedoria) Verão Aquele foi um verão maravilhoso! Perto da casa onde eles viviam havia um bosque, e durante as longas tardes de Junho o Menino gostava de ir lá com o Coelho do Pelúcia para brincar. E cada dia antes que o Menino fosse perambular para colher flores, ou brincar de bandido entre as árvores, ele fazia para o Coelho um pequeno ninho entre as samambaias, ele era um Menininho de bom coração (amável) e gostava que o Coelho estivesse confortável. Uma tarde, o Coelho estava sentado lá sozinho, observando as formigas. Dança de Coelho De repente, ele viu dois seres estranhos saírem lentamente das samambaias altas perto dele. Eles eram coelhos como ele, mas bastante peludos e novinhos em folha. Eles deveriam ter sido muito bem fabricados (feitos), pois suas costuras não apareciam de jeito nenhum, e eles mudavam de formato numa maneira estranha quando se moviam; num minuto estavam compridos e magros e no minuto seguinte, gordos e rechonchudos, em vez de sempre ficarem a mesma coisa como ele. Eles o fitaram, e o Coelhinho os fitou de volta. E o tempo todo seus narizes se mexiam. "Por que você não se levanta e brinca conosco?", um deles perguntou. "Eu não tenho vontade", disse o Coelho, pois ele não quis explicar que não tinha um mecanismo de corda. "Eu acho que você não pode!" (Eu não acredito que você possa!) "Eu posso! Eu posso saltar mais alto que qualquer coisa". Ele se referia a (queria/quis dizer) quando o Menino o jogava, mas naturalmente não queria dizer (revelar) isso. "Você pode pular nas suas pernas (patas) traseiras?" Aquela era uma pergunta (Isso foi uma pergunta) terrível, porque o Coelho de Pelúcia não tinha pernas (patas) traseiras de jeito nenhum! Ele sentou (ficou sentado) quieto (imóvel) nas samambaias, e esperava que os outros coelhos não notassem (notariam). "Eu não quero!" ele disse outra vez. Mas os coelhos selvagens tinham olhos afiados (vigilantes). E esse esticou seu pescoço e olhou. "Ele não tem patas traseiras", e ele começou a rir. "Eu tenho! Eu tenho pernas traseiras! Estou sentando nelas" "Entao estique-as e mostre-me, assim!" e ele começou a girar (rodopiar) e dançar. "Eu não gosto de dançar. Eu preferia (prefiro) sentar quieto!" Mas o tempo todo ele estava louco para (desejava) dançar, porque ele foi tomado por um novo sentimento engraçado como uma cócega (um novo sentimento engraçado de fazer cócegas passou por ele), e ele sentiu que daria qualquer coisa no mundo para poder pular como aqueles coelhos. O estranho coelho parou de dançar, e chegou bem perto. "Ele não cheira bem! Ele não é nenhum coelho! Ele não é real!" "Eu SOU real! Eu sou REAL! O Menino disse!" E quase ele começou a chorar. Naquele instante (então) houve o som de passos, e o Menino os passou correndo perto deles, e com um estampido de pés e um lampejo de rabos brancos os dois estranhos coelhos sumiram (desapareceram). "Voltem aqui e brinquem comigo! Oh, voltem mesmo (por favor)! Eu SEI que eu sou Real!" Mas não houve resposta. O Coelho de Pelúcia estava completamente sozinho. Ser Surrado (o desgaste, estar velho e gasto) Não Importa "Meu Deus! (Puxa vida! - Oh, querido!) Porque eles correram (fugiram - foram embora) assim? Porque eles não puderam ficar e (para) conversar comigo?" Por muito tempo ele ficou sentado (sentou) muito quieto, olhando para as samambaias, e esperando que eles voltassem (voltariam). Mas eles nunca voltaram, e logo o sol foi se recolhendo (baixando - afundando) e as pequenas mariposas brancas bateram as asas, e o Menino veio e o levou para casa. Passaram-se semanas, e o Coelhinho se tornou muito velho e surrado, mas o Menino o amava tanto quanto (do mesmo jeito - o mesmo tanto). Ele o amava tanto, que amava a falta de todos os bigodes, e o forro cor-de- rosa de suas orelhas ficou cinza. Ele até começou a perder o seu formato, e ele quase não parecia mais um coelho, exceto para o Menino. Para ele, ele era sempre bonito, e isso era tudo com que o Coelhinho se preocupava. Ele não se importava com sua aparência (como ele se parecia) para outras pessoas, porque a mágica do quarto das crianças o tinha tornado Real, e quando você é Real, o desgaste (ser surrado) não importa. Momentos de Ansiedade (agitados) E então, um dia, o Menino ficou (estava) doente. Seu rosto ficou muito corado (vermelho), e ele conversava enquanto dormia, e o seu corpinho estava tão quente que queimava o Coelhinho quando ele o abraçava. Pessoas estranhas vinham e entravam no quarto de crianças, e uma luz ficou acesa a noite toda e durante todo o período (com tudo isso) o Coelhinho vigiava e nunca se movia. Foi um longo período cansativo, pois o Menino estava doente demais (muito doente) para brincar, mas ele sabia que o Menino precisava dele. E quando (enquanto) o Menino estava sonolento (meio adormecido) o Coelhinho chegava bem pertinho do travesseiro e susurrava todo tipo de planos encantadores (deliciosos) para quando o Menino estivesse recuperado de novo (bom outra vez). Eles iriam (sairiam) para o jardim entre as flores e borboletas e se divertiriam muito entre as (moitas de) framboesas, assim como costumavam fazer (como sempre). Finalmente, a febre baixou, e o Menino melhorou. Ele podia se sentar na cama e olhar os livros de desenhos (ilustrações - gravuras), enquanto o Coelhino se aninhava (abraçava) bem perto (junto) ao lado dele. E um dia o deixaram se levantar e se vestir. Eles tinham levado (levaram) o Menino para fora na varanda (terraço), agasalhado (enrolado - envolvido) num xale, e o Coelhinho sentou enroscado na roupa de cama, ouvindo. O Menino estava indo para a praia amanhã. Tudo estava certo (arranjado), e agora somente restava obedecer às ordens do médico. O quarto ia ser desinfetado, e todos os livros e brinquedos com quais o Menino tinha brincado na cama deviam ser quiemados. "Hurrah!" pensou o Coelhinho, "Amanha nós vamos (iremos) à praia!" Naquele momento Nana o viu (se deu conta dele). "E o seu velho Coelhinho?" "Aquele?" disse o médico. "Por que? (Ora!) É uma bolha de germes de escarlatina! - Queime-o imediatamente. O que? Absurdo! Dê-lhe um novo. Ele não deve ter mais aquele!" A Fada E assim, o Coelhinho foi colocado num saco com os velhos livros de gravuras e muito lixo, e levado até o final do jardim, atrás da casa de aves. Aquele era um ótimo lugar para fazer uma fogueira, mas (apenas) o jardineiro estava ocupado demais naquele momento para fazer isso. Ele tinha que cavar as batatas e colher as ervilhas, mas na manhã seguinte ele prometeu chegar bem cedo e queimar tudo. Naquela noite o Menino dormiu num quarto diferente, e ele tinha um coelho novo para dormir com ele. Era um coelho esplêndido, todo de pelúcia branca com olhos de vidro genuínos, mas o Menino estava excitado demais para prestar muita atenção (para se preocupar com isso). Porque amanhã ele ia à praia, e isso em si era uma coisa tão maravilhosa que ele não podia pensar em mais nada. E enquanto o Menino dormia, o Coelhinho deitava (estava deitado) entre os livros de ilustrações no canto atrás da casa de aves, e ele se sentiu muito solitário. Ele estava tremendo um pouco, pois sempre esteve acostumado a dormir numa cama quente e agradável, e agora sua pele tinha ficado tão fina e gasta dos abraços que não o protegia mais. Por perto ele podia ver as moitas de caules de framboesa, em cujas sombras ele tinha brincado com o Menino em manhãs passadas. Ele pensou naquelas horas ensolaradas no jardim - como eles eram felizes - e ele ficou muito triste. Ele parecia vê-las todas passando na sua frente, cada uma mais bonita do que a outra, o canteiro de flores, as tardes quietas no bosque quando ele deitava entre as samambaias e as formiguinhas corriam por cima de suas patas; o dia maravilhoso no qual (em que) pela primeira vez ele soube (descobriu) que era Real. Ele pensou no Cavalo de Pele, tão sábio e gentil, e tudo que ele tinha lhe contado. E uma lágrima, uma lágrima real escorreu pelo seu nariz surrado de veludo e caiu no chão. E então uma coisa maravilhosa aconteceu. Pois onde a lágrima tinha caído cresceu uma flor misteriosa, que não parecia nada com qualquer outra que crescia no jardim. Ela era tão bonita que o Coelhinho se esqueceu de chorar, e apenas sentou lá olhando-a. Então de repente, o botão (a flor) abriu, e para fora saiu a fada mais bonita de todo o mundo. Ela chegou perto do Coelhinho e o pegou em seus braços e o beijou em seu nariz de pelúcia que estava todo úmido de chorar. "Coelhinho, você não sabe quem sou eu?" O Coelho olhou para ela, e parecia que ele a tinha visto antes, mas não podia pensar (lembrar) onde. "Eu sou a Fada Mágica do quarto das crianças. Eu cuido (tomo conta) de todos os brinquedos que as crianças amaram. Quando eles estão velhos e gastos, e as crianças não precisam mais deles, então eu venho e os levo embora e os torno Reais." "Eu não era Real antes?" "Você era Real para o Menino, porque ele o amava. Agora você será Real para todo mundo." Voando E ela segurou o Coelhinho apertado em seus braços e voou com ele para dentro do bosque. Estava claro agora, porque a lua tinha nascido. Toda a floresta (vegetação) estava lindo, e as folhas das samambaias brilharam como prata coberta de gelo (gelada). Na clareira aberta entre os troncos das árvores os coelhos selvagens dançavam com suas sombras na grama aveludada, mas quando viram a Fada todos eles pararam de dançar e ficaram num (formaram um) círculo para fita-la (observa-la). "Eu trouxe (para vocês) um novo amigo para brincar. Vocês devem ser muito gentis com ele e lhe ensinar tudo que ele precisa (necessita) saber na Terra dos Coelhos, porque ele vai viver com vocês para sempre." E ela beijou o Coelhinho de novo. "Corra e brinque, Coelhinho!" Mas o Coelhinho sentou totalmente imóvel por um instante e não se moveu. Pois quando ele viu todos os coelhos selvagens dançando em volta dele ele se lembrou das suas patas traseiras, e ele não queria que eles vissem que ele era feito (fabricado) todo em uma única peça. Ele não sabia que quando a Fada o beijou aquela última vez ela o tinha mudado completamente (todo). E talvez ele ficasse sentado lá por muito tempo, tímido demais para se mover, se naquele momento alguma coisa não tivesse feito coçegas em seu nariz, e antes dele pensar o que estava fazendo ele levantou o dedo da pata traseira para coçá-lo. Ele realmente tinha patas traseiras! Em vez de pelúcia desbotada ele tinha pêlo marrom, macio e brilhante, suas orelhas se contraiam sozinhas, e seus bigodes eram tão longos que eles roçavam a grama. Ele deu um pulo (salto) e a alegria de usar aquelas patas traseiras era tão grande que ele foi pulando na grama com eles, pulando de lado (a lado) e rodopiando como os outros faziam, e ele ficou (foi ficando) tão excitado que quando finalmente ele parou para agradeçer à Fada, ela tinha partido. Ele era um Coelho Real enfim, em casa com os outros coelhos. Retornando (O retorno) O outono passou. E o inverno. E na primavera, enquanto o Menino estava fora brincando no bosque, dois coelhos saíram lentamente (insinuaram-se - rastejaram) e espiaram (surgiram - se deixaram ver) para ele. Um deles era todo marrom, mas o outro tinha marcas embaixo do seu pelo. E em volta do seu pequeno nariz macio e seus olhos pretos redondos havia algo familiar, e assim o Menino pensou: "Ora, ele parece exatamente como meu velho Coelho que se perdeu quando eu tive escarlatina!" Mas ele nunca soube que era realmente seu próprio Coelho, que voltou (voltara) para olhar a criança que, pela primeira vez, tinha lhe ajudado a ser (se tornar) Real.

domingo, 8 de dezembro de 2013

Da ultima vez que ela me matou.

Nao eram 23hrs ainda, e eu achei que estava indo bem, quando as palavras dela me atingiram como punhais nas costas. Quero dizer ja fazia um pouco mais de 2 semanas, e eu estava tentando, e eu me sentia um pouco melhor, tudo bem que eu tentava muito nao pensar sobre ela, ou me perguntar como ela estava, eu estava tentando ser normal, disfarçar minha dor com risadas e alcool. Eu estava quieta, na minha, falando com pessoas as quais eu nao tinha o menor interesse, quando ela apareceu. Eu nunca pensei que ela pudesse me machucar tanto. Dizendo coisas que nao faziam sentido pra mim, me acusando de algo que eu nao fazia a menor idéia, ainda nao faço. Fico pensando o que poderia ter sido. O ask? Alguma coisa que eu postei aqui? Algo que inventaram ao meu respeito? Eu nao sei, eu nunca vou saber... Doeu, e doi agora, logo agora que eu pensei estar fechando a ferida. Me sinto fragil e vulneravel. Eu então perdi o controle, o celular indo contra o chão. Me sinto horrivel, me sinto um bosta. Me sinto um nada. Eu nao pensei que essa dor pudesse vir a tona novamente. Ela despertou em mim um monstro horrivel. Eu teria dado um tiro na minha cabeça naquela hora. Eu simplesmente nao suporto mais essa dor, as ironias dela, as acusações sem sentido. Dizendo que eu minto, que eu sou falsa, que nao acredita em mim. Voce imagina isso? Voce imagina dar a sua vida por alguem e depois ouvir ela dizer que 'nao sabe quem voce era'? A dor me pegou desprevinida, de guarda baixa, eu gostaria de morrer para nunca mais passar por isso. Ela me matou. Ela esta sempre tripudiando, chutando um cachorro morto. Acho que isso que ela faz comigo, nunca fez com ninguem antes. Eu nao podia me machucar de novo, eu nao podia... Agora tudo está uma confusao outra vez. E eu me odeio. Eu nao podia sangrar outra vez. Agora ela me disse que 'entrou na vida de alguem que tambem precisa de luz' e eu disse: cuide bem do seu amor, seja quem for''. Ela esta cuidando de alguem, enquando eu, estou morrendo sozinha. Que ironia é a vida. Devo ser alguem muito horrivel para estar acorrentada nessa solidão. E a parte mais engraçada? Estou feliz por ela estar feliz.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Um dia eu acordei...

E nem pude acreditar. Tudo que eu quis, tudo pelo qual eu chorei, tudo pelo qual eu sangrei havia perdido o sentido. E eu finalmente me senti feliz. Feliz, motivos, sem porque, apenas contente comigo mesma. Com o sol que atravessava a janela me aquecendo. Nada mais tinha importância. Eu me sentia completa de novo, nenhum pedaço de mim estava faltando, e eu nao precisava mais de ninguem para preencher o vazio, porque nao existia mais vazio. Nao existia dor, nao existia raiva, nao existia mágoa. O peito nao doía, nem que fosse minimamente. Era como se nada tivesse acontecido. Existia uma cicatriz grossa, mas nao passava disso, de uma cicatriz que há muito tempo estava fechada. Agora eu estava quase o tempo todo feliz, quando nao estava feliz, estava num profundo estado de satisfação. Tudo no lugar, tudo certo. Nao havia motivo para reclamar, para chorar, para resmungar, para ficar mal humorada. Eu estava bem. E eu me sentia feliz por isso. Apenas por isso. Eu nem acreditava! Todos estavam espantados. Minha mae de olhos regalados com o milagre. Meus amigos me parabenizando e comemorando. Se me contassem, eu nao acreditaria. De todas as vezes que tentei me matar, ou que pensei em tirar a vida, agradeço por nao ter conseguido. Seria um disperdicio acabar com a minha vida, ninguem vale tanto assim. E se existe algo que eu aprendi para levar pelo resto da vida foi isso. Ninguem vale tanto assim. E foi assim que aconteceu ...um dia eu acordei.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

pontes.

Minhas atitudes, meus sorrisos, minhas palavras nao correspondem a aquilo que eu sinto. E nao poderiam. Eu pareço muito mais feliz e contente do que realmente estou. Eu nunca pensei que teria que planejar minha vida para longe de voce. E eu nunca pensei como isso poderia me fazer sentir solitária. De todos meus planos, de tudo que eu quis um dia, a ultima coisa que eu desejaria planejar era uma vida sem voce. Mas é assim que as coisas acontecem. E eu não tenho mais opções de caminhos, nao tenho outras estradas a seguir, não é como se eu tivesse para onde voltar. As pontes que nos ligavam estao quebradas, e o celular não da mais sinal. Sobre tudo isso, simplesmente tento nao pensar. Ainda é difícil acreditar que voce escolheu outros corações para morar. Quando o meu era tão seguro, e todo seu. Espero um dia nao precisar mais escrever sobre esses meus sentimentos.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

outro dia em novembro

Eu que nao me arrisco a olhar uma foto, ou ouvir uma musica. Nao me arrisco porque sei de tudo e nao quero mais saber. Nao me arrisco a deixar meu coração disparado ou desolado. Agora que me sinto melhor e sorrio quase que despreocupada, nao me arrisco em pensar em voce. Em falar sobre voce. Mas erro ao escrever. E se me perguntam logo mudo de assunto. Dizem seu nome e eu finjo nao ouvir. Tudo esta mudando e eu vou mudar tambem.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

meus dias mais felizes

Os melhores dias da minha vida foram ao lado da menina mais linda que eu conheci. Eu sei o que muitos diriam, que eu nao deveria dizer essas coisas, que a gente tem que se guardar, que as pessoas nao dão valor ao seu sentimento. Mas, nao me importo. Isso tudo é verdade hoje, mas não me importo em ser ridicula, porque nao estou escrevendo isso para ninguem, ninguem além de mim mesma. E os dias mais felizes da minha vida, foram com ela. Foram dias simples aqueles, quase sem nenhum dinheiro no bolso, mas cheios de cor. Cheios de brilho. Eu fazia questão de pagar o cinema. E eu ainda guardo muitos dos bilhetes. Meus dias mais felizes foram deitada na grama verde e meio úmida, olhando para o céu falando bobagens, fazendo planos, e rindo. Os dias mais felizes foram andando dentro da tok&stock de mãos dadas imaginando como seria nossa casa. Os dias mais lindos foram correndo atrasadas para pegar o onibus. É engraçado como a vida simples e despreocupada é tão mais bela. Nunca dormi com ela, uma unica noite sem medo ou pressa de acordar e ir embora correndo. Nunca viajamos como gostariamos, e ela nunca fez metade das coisas que dizia querer fazer ao meu lado. Agora o tempo se esgotou, nao restou nada. Mas tudo que ela fez por mim foi unico e fizeram daqueles dias os mais felizes. 9 de julho de 2008, 11 de outubro de 2009, 11 de novembro de 2009, 3 de agosto de 2010, 12 de junho de 2011, 16 de julho de 2011, 10 de março de 2012... Eu poderia passar o resto da noite listando as datas, eu nunca esqueci de nenhuma delas. E até mesmo os dias que nao tem data, mas eu chamaria de: o dia que ela sorriu com aquela curvinha no rosto' ou 'a primeira vez que ela disse que me amava' ou entao 'o dia que o sol fez seus cabelos cintilarem como ouro e os olhos brilharem como diamantes castanhos'. É o que eu tenho, lembranças de uma vida que nao se parece em nada com a minha, é por isso que nao sinto vergonha em dizer nenhuma dessas coisas, porque a minha menina nunca achou que eu fosse ridicula. Nos meus piores dias ela cuidou de mim, e sempre, sempre, me fez sentir a pessoa mais importante do mundo. Um amor assim, não se esquece, nem mesmo depois da morte. Os meus dias mais bonitos viraram historia, viraram saudade. Viraram adeus.

pessoa preferida.

Coisas que nao posso compartilhar com mais ninguem, coisas que nao posso dizer, que nao posso mostrar, os risos e as brincadeiras se foram junto com a minha pessoa preferida. Ja estive nessa mesma situação mais vezes do que posso mencionar, era de se esperar que eu estivesse começando a me acostumar. Mas a solidão não é algo que voce possa chamar de lar. Um coração ferido nunca se esquece de quem o machucou. Ainda vejo situação, piadas, coisas engraçadas que eu gostaria de dividir com voce, e apenas voce. Ainda nao posso assistir alguns filmes e ouvir algumas musicas. Como coldplay. A gente vai ficando meio vazio com o tempo, meio sem vida, meio indiferente com o mundo. Meio sem amor. Até que um dia a gente apenas desaparece no meio do nada.

tic tac vazio

Em silencio num quarto completamente vazio, eu ouvia um tic-tac insistente de um relógio que nao existia. Aquele som familiar que quase me enlouqueceu em 2008. tic-tac, tic-tac, tic-tac. O som parecia vir de dentro da minha cabeça. Mas dessa vez eu nao dava muita importancia, era tanta dor gritando dentro do meu peito que eu mal podia ouvir o tic-taquear do relógio imaginario. Colocava meus braços ao redor do meu próprio corpo e abraçava meu torax num abraço apertado. Um abraço que eu gostaria de ter. Tentando aplacar a dor, meu coração estava cheio de vazio e dor outra vez. Quando eu penso que estou quase conseguindo, quando penso que finalmente eu posso. Tropeço nos meus próprios pés. E morro sufocada no meu próprio sangue. Eu nao sou mais quem eu era, aos 18, nem aos 20, nem aos 22. Eu sou um rosto sem expressao vestindo mascaras para levar outro dia. Eu morri de varias formas no ultimo ano. Eu nao podia me quebrar outra vez. E quebrei. Toda vez que alguem estiver feliz, outra pessoa estará triste. Para que alguem se sinta completo, alguem precisa estar vazio.

domingo, 24 de novembro de 2013

das coisas que eu sinto falta

Eu sinto falta de muitas coisas. Sinto falta de acordar no sabado cedo e me arrumar, desejando que cada segundo durasse. Sinto falta de dias de sol, de raios de sol reluzindo como fios de ouro. Sinto falta de guardar o dinheiro do lanche para por crédito no celular. Sinto falta de criar planos impossiveis na minha cabeça, sinto fala de sentir o coração confortavel dentro do peito. Sinto falta de uma vida que parece só ter existido dentro da minha cabeça, em algum lugar dos meus sonhos. De todas as coisas que eu poderia sentir falta, voce esta presente em cada uma delas. E é de voce que eu sinto falta.

sábado, 23 de novembro de 2013

bhfjda

A beira de um ataque de nervos, e prestes a cair no choro varias vezes ao longo do dia. Segurava apertado um nó na garganta, e arrastava por ai um coração vazio que pesava 1 tonelada. Eu nao sabia qual meu problema, eu tentava, e dizia nao me importar, fingia nao me incomodar. Mas minha vontade era de sentar na beira de um meio fio e chorar. Essa tristeza estava me matando da pior forma. Da forma em que voce morre mas continua vivo. Nunca no mundo existiu alguem mais solitário. Eu era a pessoa mais triste que conhecia.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Gato escaldado foge de agua fria.

Nao era minha culpa. Eu tentava, mas as coisas nao pareciam mudar. A solidão estava encravada na minha alma, e o medo assombrava os meus dias. Eu tinha problemas em confiar, em acreditar. Eu tinha um sério problema em acreditar que alguma coisa boa fosse me acontecer. Eu estava sempre armada até os dentes, esperando por uma merda. Eu me sentia incapaz de respirar aliviada, de sorrir. Eu tinha medo, tanto medo. Que chegava a doer no fundo da minha carne, no mais profundo da minha alma. Eu estava assustada com tudo, com o coração disparado, olhando para todos os lados. Eu daria minha própria vida por 1 dia de paz, de alegria, e de amnésia. Ninguem sabia, mas eu ainda chorava, quase todas as noites.

sábado, 16 de novembro de 2013

Em caso de amnésia.

"Enquanto escrevo essa carta, a brisa do oceano fica gelada na minha pele. Esse mesmo oceano será meu cemitério. Dizem-me que morrerei como um herói, que a segurança do meu país será a recompensa de meu sacrifício. Rezo que estejam certos. Meu único arrependimento na vida é nunca ter lhe dito como me sinto. Queria estar em casa. Queria estar segurando sua mão. Queria estar lhe dizendo que eu amei você, e apenas você desde que nasci. Mas não estou. Agora entendo que a morte é fácil. O amor que é difícil. Quando meu avião mergulhar não verei o rosto dos inimigos. Ao invés disso verei seus olhos, como que rochas negras congeladas com a água da chuva. Dizem que precisamos gritar “banzai” ao atingir nosso alvo. Ao invés disso sussurrarei seu nome. E na morte, como na vida, continuarei seu para sempre." Alferes Hiiroshi Takashi. Restless/Inquietos - 2011 Isso não é meu, isso é de algum lugar da internet. Mas me tocou o coração. ''Agora entendo que a morte é fácil. O amor que é difícil.'' Compreendo isso. Vi um filme hoje. Era sobre uma menina casada com um cara, e num acidente ela perde a memoria, esquece tudo que viveu nos ultimos 5 anos. Nossa, dá pra imaginar? Minha vida 5 anos atras era completamente diferente. 5 anos atras eu tinha 18, vivia em guerra com a minha mãe, e a Dani era só uma menina bonita do colégio. 5 anos atras minha dieta alimentar era constituida principalmente por Hot pocket, e o facebook ainda nao tinha destruido minha vida. 5 anos atras eu estava quase sempre feliz, mas achava que tinha a pior vida do mundo. Entao, estive pensando, se eu perdesse a memoria - e eu penso muito a respeito disso - Como eu faria para me lembrar de quem eu sou? Provavelmente viria ate aqui, e iria ler meus posts, mais provavelmente ainda ficaria assustada com a forma com a qual eu descrevia minha vida. Eu nao sei se eu quero saber, se eu perder a memória, eu nao sei se eu quero me lembrar. Nao entre nunca mais na minha vida se voce tiver que sair. Eu nao preciso ter meu coração partido duas vezes da mesma forma. Se eu me esquecer, talvez me deixe esquecida, pode ser sua unica oportunidade para me tirar da sua vida.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

pulso.

Bateu. Eu estava desapercebida, pensando em mil coisas e entao ele bateu. Pulsou 1 vez e parou. Foi a sensação mais estranha que eu havia sentido. Eu achava que estava morto, mas ele bateu. E um sopro de ar preencheu meus pulmões. Isso já tem algum tempo, e desde entao tudo voltou ao que era, nada pulsava, mas eu sabia que poderia a qualquer hora. Que mais cedo ou mais tarde bateria novamente, e eu poderia respirar. E era isso que alimentava meus dias. Saber que nao estava morto, saber que era apenas questão de tempo até ele querer pulsar outra vez. Nao pulsava agora, mas doía com frequência, quando eu pensava que nao iria mais machucar, que a ferida seca agora estava cicatrizada, o buraco vazio, repuxava um pouco, pelas bordas, era uma fisgada que tirava o ar, e passava. Acho que sempre iria doer, mesmo depois de curada. Mas o que importava é que ele havia pulsado uma vez, e logo - ou nao tão logo - ele estaria pulsando novamente, e quem sabe com alguma sorte, voltaria a bater em seus ritmos e tons coloridos, quase todos os dias. - coração.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

overmyhead

Eu estava com os pés atolados em cimento, estava ate o joelho. O cimento estava seco, e por mais que eu tentasse nao conseguia me mexer um unico milimetro. Eu era uma ancora humana. Uma ancora de olhos vermelhos e coração cansado. Eu queria andar, eu queria sair dali, eu queria fazer qualquer coisa, mas meus pés fixados ao chão nao se moviam. Me sentia no meu limite. Todos sabem que eu estou no meu limite.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

juramento.

Levou um tempo para a ferida parar de latejar, e agora, começava a secar pelas beiradas. Mas antes me melhorar, ficou bem ruim, infeccionou, deu febre, e uma dor que mal me deixava respirar. Uma dor que durou um pouco mais de um ano. E eu juro, eu quase morri. Agora, mesmo que pareça mentira, esta cicatrizando, e secando. E a dor me deixou forte, dizer que se é 'forte' é uma maneira bonita de dizer que se é insensível. O tempo me deixou tão fria, e vazia. Mas nao importa porque agora, esta secando. E tudo que eu quis, e planos, tudo parece tão distante, e impossivel. Ainda assim, sorrio ao pensar que em algum lugar, no dia 5 de novembro de 2009, 2010, 2011, dois corações batiam tão calorosamente apaixonados, em alguma realidade paralela - uma realidade que nao passa de sonho ou invenção da minha cabeça - duas meninas corriam atrasadas, voltando do parque, morrendo de frio, e morrendo de rir. É um filme, o filme mais bonito que eu vi. Mas nao importa porque a sessao terminou, e o tempo se esgotou, é hora de voltar. E eu voltei, estou voltando. Passo ante passo, de coração vazio, e na boca gosto amargo. A ferida esta secando. E quase se fechando. A porta esta fechando, e em breve... em breve, tudo vai mudar. - Só estou com medo. - Nao pode ficar. - Como? - Voce luta, e luta. Nao desiste. E entao um dia... voce simplesmente... muda. Todos nós mudamos. (TWD) Todos nós mudamos, e eu simplesmente parei de lutar contra isso. Eu nao tenho mais medo, pois nao tenho mais nada a perder. Eu sei o que esperar de agora em diante, e sei que nada nunca mais poderá me ferir como antes. Foi lindo, mas acabou, e nao digo isso com dor ou lagrimas amarguradas. Digo isso de olhos secos, digo isso de coração curado. Acabou. Ha muito tempo havia acabado, e por muito tempo caminhei de vagar, esperando que voce dobrasse a esquina correndo a me alcançar, olhando para tras e deixando pistas. Mas tudo isso acabou. E o que eu sentia, esgotou. Estive apaixonada pela ideia, pela imagem perfeita de um amor que um dia - milhares de anos atras existiu - e como tudo teve começo, meio e fim. E acabou. O que me foi tirado, jamais poderá ser reposto. E as memórias, boas e ruins, nunca seram apagadas. E tudo o que eu senti, nunca sera esquecido. Mas acabou, e eu juro, solenemente a mim mesma, nunca mais olhar para tras. Adeus meu amor maior.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

6 fatos, mas poderiam ser 7832978322

- eu sinto sua falta. - eu sinto falta de como eu me sentia feliz ao seu lado - eu sinto falta de nada mais me importar - eu sinto falta de ser quem vc precisa para se sentir feliz - eu sinto falta de sermos quem nos eramos - eu sinto falta de tudo.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

tempestades

Eu estava confusa, extremamente confusa, e atordoada. Eram varios os motivos, isso me deixava triste. Isso me deixava cansada. Eu nao tinha mais o mesmo animo para encarar as coisas de sempre. Os jogos de sempre, nao tinha mais paciencia para esperar e ver o que havia atras da cortina. Quais os misterios. Eu nao tinha mais saco para segredos, para meias verdades, ou verdades nao ditas. Eu queria as coisas as claras. Era apenas como se eu estivesse em meio a uma tempestade de areia e as coisas nunca pareciam clarear.

sábado, 26 de outubro de 2013

alguma coisa

Eu estava tao absorta em meio a bagunça do meu mundo que nao reparei, a dor havia me abandonado. Eu nao sei dizer quando ela se foi, e nem ao menos por quanto tempo vai ficar fora - acredito que volte para buscar suas coisas que ainda estao espalhadas por aqui - mas quando percebi, entava escovando os dentes e me olhando no espelho e nao havia nos olhos sinal de dor. Nao estava feliz, não é assim, só porque voce nao esta triste é obrigado a estar feliz, nao! Eu estava normal, eu era depois de muito tempo uma folha em branco, aguardando ser desenhada, preenchida com traços. E foi assim, no meio do corredor, no caminho entre o banheiro e a sala, que eu senti pela primeira vez, meu coração fagulhou, aqueceu um pouquinho e quase, eu disse quase, por um segundo eu tive certeza que ele iria bater. Nao bateu, mas chegou perto. Era uma sensação estranha, há muito desconhecida. Esquecida. E o mais estranho, meu celular nao estava no meu bolso. Quero dizer, isso nada tinha haver com ela. Pela primeira vez, ela havia deixado de ser o centro do meu universo. Eu era o centro do meu universo. E quando vi, nem percebi, que estava tão ocupada pensando em tantas coisas diferentes, que havia me esquecido mesmo que momentaneamente de tudo que me fazia mal. Vez por outra é claro, eu tropeçava em uma ou outra mágoa que estavam espalhadas por toda parte, tropeçava em uma promessa nao cumprida, em uma lembrança dolorida, mas nao chegava a cair. Me desiquilibrava por um pequeno instante e continuava o que estava indo fazer. Mas foi hoje, depois de muito tempo, enquanto escovava os dentes, que eu olhei no espelho, e percebi. Eu nao estava triste.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

rotina

E estava triste, e mesmo quando eu estava feliz eu estava triste, como se a vida tivesse um pano de fundo preto e branco, mas isso não é para me lamentar. Quero dizer, era uma coisa habitual, e espero que entenda que quando digo tristeza, estou querendo dizer vazio. Um vazio que eu passava os dias tentando preencher, preencher com trabalhos, e trabalhos, trabalhos que eu nem mesmo precisava fazer. Coisas que nem mesmo eram da minha conta. Como agora, que eu me propus a aprender 3 ou 4 softwares simultaneamente. Photoshop, illustrator, Sketchup, Keyshot... e ainda haviam uns 3 na fila de espera, como o promob, o autocad e o InDesing. Todos os dias eram iguais. Eu acordava, geralmente entre as 10 hrs, e sempre executava a MESMA rotina. De olhos ainda fechados tateava por baixo do travesseiro a procura do celular. Com um dos olhos semi-abertos olhava as horas. Nao importa quao cedo fosse, era sempre tarde demais, e eu ja me sentia atrasada. O segundo passo era abrir o notebook ainda deitada. Ligava o skype, algum dos 4 programas - e as vezes 2 simultaneamente - e mergulhava, hora num mundo de traços delicados e cores vivas, hora num mundo de angulos complexos e texturas. 2 horas passavam em 2 minutos, e ao meio dia me levantava para um banho rapido. Voltava para cama e continuava o trabalho, alternando entre uma janela, uma linha, e uma conversa com ela. De repente ja eram 18hrs, um piscar de olhos, e eu nao ia a faculdade. Mais 5 minutos e minha mãe ja havia chegado em casa, e rapidamente ja passavam da meia noite, e eu nao me lembro de ter secado o cabelo, de ter almoçado, ou muito menos do que havia acabado de jantar. Nao me lembro do que conversei com minha mae enquanto comia, e nem das conversas paralelas entre ela e o meu tio. Tudo que eu podia me lembrar é da tela brilhante do computador, da minha obsessão em querer desvendar aqueles programas como quem decifra um quebra cabeça. De sentir orgulho de mim a cada nivel avançado, e ver uma arte finalizada tão bonita que eu quase nao acretivada ter feito tudo sozinha. Tudo que eu podia me lembrar, era da dor ir diminuindo enquanto eu desenhava. Era por isso que eu passava tanto tempo, ali. Parada em frente ao computador, algumas vezes - muitas - usando 2 computadores ao mesmo tempo. Quanto mais informação, menos o vazio me encomodava. Era a hora em que eu me sentia bem. Quando estava criando. E entao ja era 5 da manha, e eu com os joelhos e costas doloridos, encarava meu rosto cansado contra o espelho do banheiro enquanto escovava os dentes, e sentia todo o torpor voltando novamente. A indiferença triste. O vazio da solidao me ocupando o coração. Entao eu viria para o quarto, entraria nesta pagina, escreveria coisas que ninguem iria ler, e decidiria sobre postar ou nao. O sono levaria ainda 1 hora para chegar. Quando chegasse, eu me entregaria sem lutar, e as 10 horas eu estaria acordando novamente, tateando pelo celular, abrindo o computador... O meu medo, é de passar tanto tempo, tentando me anestesiar com trabalho, que quando esse torpor for embora, o pouco que eu tenho ainda, ja tenha me sido tirado. Meu medo é de que quando eu finalmente estiver inteira, seja tarde demais.

uma solidão chamada de liberdade

Hoje eu estava triste, uma tristeza que tinha como fundo verdadeiro a decepção. Sem muitas palavras, sem muitos rodeios. Nao ferido de morte, nem nada assim, nada doloroso. Apenas triste, chateada, decepcionada com todo mundo. Ser livre é apenas um modo diferente de estar sozinho, liberdade é sinonimo de solidão. Nesse momento sou livre para ir onde quiser, mas bater as asas as vezes pode fazer seu coração parar de funcionar, entao... O que eu nao daria para me ancorar, bem firme, com os dois pés nos chão, firme e seguro, em algum lugar onde eu desejasse nunca deixar. Algum lugar a salvo.

sábado, 19 de outubro de 2013

quem eu nao sou.

Voce nao vai me ver enxendo a cara, voce nao vai me ver beijando 4 numa festa, voce nao vai me ver me declarando para ninguem, voce nao vai me ver postando fotos e comentando com coraçõezinhos. Isso ficou para tras. Voce nao vai me ver morrendo em qualquer canto, nao vai me ver tentando me matar, ou cortando os pulsos. Isso tudo ficou para tras. Voce nao vai me ver em parte alguma, estou longe de tudo. Longe do mundo, e longe de mim. É confuso. É complicado. Houve um tempo onde eu tinha certeza de quem eu era, e onde eu pertencia. Entao por muito tempo, estive trancada em uma caixa escura, como um passaro de asas arrancadas. Essas coisas levam tempo, e levam tudo. Levam tudo que voce tem. Tudo que voce era. Tudo que voce quis. E liberdade pode ser uma coisa bem amarga. Depois de sair da caixa, eu era livre como nunca fui antes, eu poderia ir onde quisesse, fazer o que quisesse, ser quem eu quisesse. Mas muito havia se perdido. Eu nao sabia mais o que eu queria, nao sabia mais para onde deveria ir, nao sabia mais quem eu era. Era dificil dizer, era dificil saber. Mas uma coisa eu sabia, com todas as minhas forças eu sabia quem eu NAO era. E eu nao era mais aquela menina, aquela que fui durante toda minha vida. Eu nao era mais, e nada em mim lembrava nada sobre ela. Nem os olhos, nem as atitudes, nem as roupas, nem os objetivos, nem a forma de falar, nem a forma de olhar, ou sentir. E talvez, apenas se talvez, seu coração pulsasse com um pouco de força, talvez apenas seu coração tivesse permanecido intacto. Mas isso é apenas umas suposição.

sem titulo

Eu queria saber, que eu poderia me atirar de um precipicio e ainda assim estaria salva antes mesmo de alcançar o chão. Ser livre para voar num ceu azul de nuvens suculentas. Eu queria estar a salvo de novo, eu queria meu coração inteiro. Mas tudo que eu sentia era como se eu fosse uma borboleta de asas despedaçadas, que cada vez que tenta voar despedaça um pouco mais. Eu olhei pra ela, aqueles olhos bonitos que costumavam brilhar, e, nao havia brilho, nao havia luz, nao havia nada, era como se ela estivesse numa escuridao total, as lembranças dolorosas percorreram minha mente sem que eu pudesse evitar, era impossivel nao lembrar, e o mais estranho, é que tudo que eu podia sentir era uma vontade de cuidar dela, ela nao precisava que cuidasse, ela nao precisava de mim, mas ela precisava ser cuidada. E como eu queria poder abraça-la e dizer: esta tudo bem agora, o pior ja passou, pode ficar inteira novamente.' Porque quando eu olhava para ela, eu me lembrava de quem ela realmente era, e de que sempre seria minha menina, a menina mais linda que eu conheci. Eu realmente espero que ninguem perca tempo lendo as coisas que escrevo aqui. Mas como eu queria fazer toda a dor que ela sentiu desaparecer. Eu sentia muito por nao ter sido boa o suficiente para cuidar dela, para evitar que todos os monstros alcansassem-a. Eu queria ter sido boa o sufiente... E ainda hoje, eu guardaria minha dor no bolso para cuidar da dela. Qual é o meu problema? Porque eu tenho que me importar tanto? Fez um ano, minha mae lembrou. Eu nao lembrei, mas minha mae lembrou, eu nao queria ter lembrado, mas ela me lembrou: Eu sei que hoje faz 1 ano, e que eu estou aqui se voce precisar.' Eu cuidaria dela. Eu lutaria até o final, eu tenho lutado, como um guerreiro invisivel. E tenho perdido todas as batalhas, dia apos dia. Mas eu nao quero mais me despedaçar, eu quero estar inteira outra vez.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Nada, segundo o dicionario

Eu nao queria mais escrever aqui, eu nao queria escrever sobre como eu me sentia. Eu quase sempre vazia, o que poderia dizer sobre isso? Quem pode descrever o vácuo? A ausencia? O nada? O dicionario online descreve assim: na·da (latim [res] nata, coisa nascida) pronome indefinido 1. Coisa nenhuma (ex.: estava escuro e não vi nada; nada lhe despertou a atenção). substantivo masculino 2. O que não existe; o não-ser. 3. [Por extensão] Pouca coisa. = BAGATELA 4. [Figurado] Fragilidade. advérbio 5. Expressa negação; de modo nenhum. = NÃO Mas nao explica. Eu nao queria falar mais sobre nada, eu nao queria que soubessem como eu me sinto, mas eu me sentia tão sozinha, e o que eu nao daria por um amigo. Um amigo mudo, um amigo pra nao me julgar, um amigo pra me abraçar e quem sabe nao se importar se eu por acaso chorasse uma ou duas lagrimas. Nada é muita coisa, é muito complexo, muito estranho. E eu tava longe, tao longe, longe demais para ser recuperada. Era um oceano salgado com uma gotinha de tinta azul de aquarela. Era todas as coisas que eu nunca disse ou diria, aqui ou em qualquer lugar. E eu lutava tanto para nadar nesse oceno antes que ele pudesse me afogar. Me esforçava tanto. Mas o azul aguado me consumia, e eu rapido, rapido, rapido, desaparecia. Eu nao queria mais escrever aqui, mas eu nao tinha mais nada.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

um jardim morto

Algumas pessoas já estão muito perdidas para serem encontradas. Muito distantes, fora de alcance, e era assim, era desta forma que eu me sentia. Ate então era dor, era tristeza, e sentir dor é bom porque mostra que voce esta vivo, ate que finalmente voce nao sente mais nada. E essa é a hora mais perigosa, a hora que voce sabe que esta sob controle, que esta e que continuará indo em frente, o que ninguem sabe é que voce vai, sem saber para onde esta indo. A deriva num mar de indiferença. Numa ausencia de sentimentos, é apenas como se voce não existisse, andando por ai, meio morto, meio vivo, e embora seja dificil de assumir, quase sempre mais morto do que vivo. Isso não é sobre ser fraco, a fraqueza ficou la atras, quando a dor era tão insuportavel que eu mal conseguia por o pé para fora de casa e encarar o sol, aquilo era ser fraco. Isso se trata de crescer de forma tão brusca, e tão solida a ponto da dor nao importar mais. Tudo de mais bonito que havia dentro de mim estava morto, e eu nao imaginava que algo ou alguem pudesse fazer esse coração sentir, novamente. Eu nao seria gananciosa a ponto de pedir para ser feliz, não, eu nao pediria tanto, mas se eu pudesse pelo menos sentir.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

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Estava vivendo os piores dias, desorientada, perdida, e quase sem fé, e eu nao queria conversar com ninguem, eu nao queria ninguem perguntando como eu estava me sentindo, ou sendo super gentis. Eu nao queria ninguem perto de mim, eu estava tão longe, e andando tão sozinha por muito tempo, eu sabia que voce era a unica pessoa que poderia me encontrar, e me salvar desse tormento, mas eu nao podia mais esperar por isso. E eu nao esperava, nao pensava, nao falava a respeito. Mas eu sentia. E eu nao podia evitar de sentir. Apagar voce da minha vida era como esperar que o céu deixasse de ser azul. Sempre foi voce, desde o inicio, voce cuidou de mim, e agora que tudo desmoronou, eu desejaria que fosse sua mão, segurando a minha. Minha pessoa preferida.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Quarto 414

Quase ninguem sabe o que significa o quarto 414. Quase ninguem nunca ouviu falar, e os poucos que ouviram a respeito, talvez sintam um tremor no peito. Ela passou a vida inteira ao meu lado, literamente, todos os dias, todos os dias ao longo dos meus 23 anos. Ela viu quando eu dei meu primeiro passo, e falei minhas primeiras palavras. Me segurou enquanto eu fazia escandalo e chorava querendo ir pro trabalho com a minha mae, e eu tinha apenas 3. Aos 5 ela me preparou lanchinhos e suco, arrumou minha lancheira para eu ir para a escola. Ela fazia vestidos para mim - sim, um dia eu usei vestido - e penteava meu cabelo com uma trança bonita. Aos 6 mudamos de estado, era uma casa grande e espaçosa no interior, onde ela passava o dia costurando na sua velha maquina, e eu brincando com os retalhos. Todos os domingos de noite, a casa ficava cheia, ela me colocava a roupa mais bonita e comportada e iamos todos para a igreja. Aos 8 viemos para Curitiba, uma casa pequena, e ela me ensinou a costurar pela primeira vez. Aos 13 eu era uma adolescente chata, branquela e magrela, e ela implicava com as minhas pernas muito finas e muito brancas, e dizia que eu tinha 'zóio de peixe morto'. Aos 15 eu queria usar esmalte preto, bandana e pulseiras de pino, e isso sempre causava uma enorme discussao. Lembro de estar sem sono no meio da noite e ver a luz da porta do quarto acesa, me sentar na sua cama e ficar la, sem dizer uma só palavra. Aos 16 me ajudou a comprar meu primeiro violão. Aos 17 teve que aturar meus piercings e cabelos coloridos. Aos 19 eu finalmente virei gente. Eu viajava final do ano para a casa do meu pai, mas lembro que a sensação de chegar em casa e encontrar com ela era como: estar tudo certo.' Aquele abraço de saudade, aquele cheiro de vó, que só quem tem vó sabe como é, contar as novidades. Lembro dela achar graça dos meus desenhos, e pedir que eu desenhasse uma cachorra de salto alto brinco, anel esmalte e batom. Um desenho que eu nunca fiz, e por mais idiota que possa parecer, choro ao lembrar disso. E quando comecei meu primeiro negocio, minha empresa de camisetas, ela achar incrivel e dizer que eu sempre poderia contar com ela pro que eu precisasse. Aos 23 ela ja nao lembrava muito bem de quem eu era, uma vez chegando da faculdade 23hrs, a luz do quarto dela estava acesa e ela se arrumava para sair: - Eii linda, ta pensando que vai onde toda arrumada? Hein?! - e sorri largo, ela parou me olhou meio sem entender e disse: - Eu acho que eu to sonhando…' Tudo ficou tao claro, que as coisas haviam mudado, entao ela devagar foi desabotoando os botoes para colocar o pijama. Ela perguntava mil vezes a mesma coisa, e eu sempre respondia como se fosse a primeira vez. Com frequencia minha mae perdia a paciencia, e isso nao era certo porque ela nao sabia mais o que estava fazendo. Na ultima semana, passada das 4 hrs da madrugada, reparei que havia uma claridade vinda de fora, quando sai do quarto todas as luzes estavam acesas, corredor, cozinha, copa, quando cheguei na sala, ela estava deitada no sofá, como uma criança. - Eu deitei aqui porque nao conseguia levantar…' Eu fiquei tao chocada com a cena, e sem saber o que fazer. - Vem comigo, vem, vamos pro quarto, deitar na caminha.' Ela se apoiou nos meus ombros e eu usei todas as forças que eu tinha, levei ela ate o quarto, deitei, cobri, fui ate a cozinha, preparei leite e alguma coisa para ela comer, dei um beijo e depois de me certificar que estava tudo certo, fui dormir. Um dia entao, peguei folhas sufites e escrevi 'VÓ TE AMO' e colei na porta do quarto dela e por onde ela passasse, para que sempre que ela visse, ela se lembrasse do quanto eu a amava. Nunca de fato disse que a amava, assim como ela tambem nunca disse para mim, mas eu sei, que ela me amou de uma forma tao grandiosa que eu nunca poderia retribuir. Eu fiz tudo que pude, mas tudo que fiz me pareceu tao pouco. E no dia 9 de abril de 2013, as 11:50 na manha, no quarto 414, o coração dela parou de bater. E o meu, aos poucos, vai parando tambem. Um vazio cada vez maior, um dia voce perde um amor, outro dia voce perde alguem que te ama. E assim a esperança vai secando, de gotinha em gotinha, a vida vai ficando mais e mais vazia, e as vezes seu olhar fica tão distante que voce acha que desaprendeu como ser feliz, e como sorrir. Obrigada por todo o amor que voce me dedicou durante 23 anos. - LUTO *Quarto 414, pacientes terminais.

sábado, 5 de outubro de 2013

naufrago l

Eu, há muito, estava sendo levada pela correnteza agitada de um mar salgado, me afogando e sendo atirada contra as pedras, perdida, sem nome, sem identidade, sem saber mais quem eu era. 'Porque voce é minha pessoa preferida', 5 palavras, e foi como se eu tivesse conseguido finalmente puxar um pouco de ar, eu ainda estava me debatendo contra as rochas, mas eu havia respirado um pouco. Ler aquilo foi como se ela me dissesse: Eu sei quem voce é, e tudo vai ficar bem'. Era bom saber quem eu sou. Era bom por um instante parar de me afogar naquela agua salgada que queimava meus pulmoes. Eu queria apenas saber uma forma de fazer essa sensação durar um pouco mais. 'Voce nao é má pessoa nunca foi e nunca sera.' foi o mesmo de ouvir dizer: eu sei quem voce é, eu conheço voce, eu sei quem voce é' E depois de tanto tempo naufragando, eu vi um rosto familiar.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

alzheimer

Ela sentava na sala e olhava fixo para a tv, sem enxergar nada. Como se estivesse bem longe, e eu me pergunto sobre o que ela estaria pensando. As vezes quando falava com ela, ela apenas concordava, mas eu sabia que nao estava escutando uma só palavra do que eu havia dito. Com olhar apatico, e indiferente. Uma indiferença que andava de mãos dadas com a tristeza. Em um relato de uma senhora que perdeu o marido por essa doença ela me disse: Ele nao sabia quem eu era, mas EU sabia quem ele era.'' Meu coração doeu, e eu tive que segurar as lagrimas que queriam sair. Eu sabia sobre o que ela estava falando. Eu sabia exatamente. Quando alguem que voce ama se esquece de quem voce é, nao necessariamente precisa estar com alzheimer. Todos temos alzheimer, foi a conclusao a qual cheguei. A diferença é que uns esquecem sem querer, e outros opitam por esquecer, de proposito, e voce vai sendo apagado sabendo que esta sendo esquecido. E o que te resta, é fazer de conta que esqueceu tambem.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

FoF!2008

Frets on Fire (FoF) E la estava eu jogando Frets of fire, baixei o jogo, por simples saudade, e um pouquinho de melancolia talvez. Droga, aquele computador exerce algum tipo de força sobre mim, eu tenho que parar de usar aquele desk, e parar de me sentar naquela cadeira, e olhar para aquela tela. Talvez seja a tela, ou o papel de parede do windows, ou o fato do windows ser o XP ainda. Nao importa, la estava eu jogando o primo pobre do guitar hero, 5 anos depois, com musicas que eu detonava, e me remeteram a uma epoca onde eu mal podia enxergar atraves daquela franja escura. A epoca era essa, da foto a sua direita. Eu adorava arco-iris e zebras, e frets on fire. Eu nem era uma má pessoa, eu nunca tive a reputação que me foi atribuida e tanto me orgulhava. Engraçado. Frets on fire! E eu ainda era classificação 4 estrelas, numa escala de zero a 5. Not bad, diria o grumpy cat. E os matsuris. Acho que o ultimo foi em 2009. Aquele lá. Depois nada mais me importou grandemente, trocava tudo para ver ela. Mas não é sobre isso que estou falando, nao. Estou falando sobre frets on fire e esmalte azul hortencia. Sobre a janelinha do msn piscando, e minha mãe me olhando com cara feia. Aquele sim era bons tempos. Ainda tem cola no monitor lcd de ultima geração comprado em 2007. Cola no lugar em que ficava a webcam, fixada com dupla face. Estou falando sobre 'thats what you get' explodindo meus ouvindos nos fones, enquanto eu atravessava o terminal as 7:15 da manha, e chegava quase sempre atrasada, porque nunca conseguia descer do onibus. Estou falando de passar intervalos com pessoas que eu nao gostava de conversar e sobre meu diario, todo manchado de sangue. Estou falando sobre queimaduras que nunca desapareceram dos meus braços, e sobre a sensação de estar a salvo no abraço de um amigo. Conversas, dramas, paixoezinhas baratas. Estou falando sobre coisas que nem posso descrever. Que nao há palavras, e estou falando sobre tudo que aconteceu depois. Talvez se eu pudesse escolher nunca teria saido de 2008, eu nao quero saber o que aconteceu depois. Nem as tristezas nem as alegrias de 2009, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014, 2025, 2050... Nao quero saber, prefiro minha vida em 2008, com minha mae sempre brava, com meus dramas adolescentes mediucres, com a vidinha banal que eu levava. Com alegrias intensas que eu podia comprar com 5 reais no bolso. O resto nao me importa mais. Ou pelo menos assim eu minto.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

...mas eu continuava esperanco que a vida me surpreendesse.

Me surpreenda, me surpreenda de uma forma que me tire o ar. Me surpreenda, faça meu coração bater feito louco e meus olhos brilharem. Faça meu corpo vibrar de empolgação, e meu riso sair despreocupado. Me surpreenda, e me faça olhar a vida de uma forma diferente, me faça ficar ansiosa, e suar frio. Me faça tirar essa expressão pesada e tensa, eu quero poder brincar um pouco. Eu quero contar as horas, e quero acreditar em tudo de novo. Vamos, me surpreenda! Eu sou muito jovem e nao posso esperar muito tempo. Antes que eu esteja cansada demais, antes que eu me esqueça de como as coisas podem ser bonitas, me surpreenda. Eu quero rir sem motivo. Quero abraço apertado. Quem colar todos meus pedaços. mas..

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

sdfghjkdfvgh

Exitante no meio do caminho eu voltei, com os olhos prestes a se romper como a barreira de uma represa, sentei no silencio do meu quarto, e desabei. Eu simplesmente nao estava bem. Nao hoje. Era tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo que eu nem sabia dizer o motivo das lagrimas copiosas inundando meu travesseiro rapidamente. Eu nao sabia se era por causa do diagnostico, se era por causa da dor, se era por causa da solidao, se era pelo sentimento de inutilidade, se era pelo vazio, se era por ela, se era pela viagem, se era por mim. Minha cabeça estava uma confusao e nada parecia fazer sentido, por mais que eu tentasse encaixar as peças, tudo sempre estava fora do lugar. Tentei tirar meu relogio, mas meus dedos fracos desistiram antes da primeira tentativa. Nao havia ninguem com quem eu pudesse conversar, nao havia ninguem que pudesse me pegar e levar para longe de todo esse caos. Nao havia ninguem que pudesse me ajudar. Eu estava trancada num labirinto frio e escuro sem saber pra onde ir. E o que eu nao daria por um rosto familiar, um sorriso tranquilizador que me fizesse esquecer disso tudo, que fizesse todos esses problemas perderem o sentido.

sábado, 28 de setembro de 2013

Aos 18.

Era estranho me sentar ali, sentia como se tivesse 18 anos novamente, aquela cadeira desconfortavel, minhas pernas frias, olhando para aquela tela. É ridiculo como algumas coisas bobas podem te arremessar devolta ao passado como se voce nunca tivesse saido de la. Um computador velho, uma musica, um vídeo e eu sentia como se eu estivesse me decidindo entre descolorir algumas mechas ou pintar duas de roxo. Era simples a vida aos 18. Quem visitou seu perfil hoje? Um depoimento, um recado, um coração disparado. Olhos brilhando, planos para os finais de semana que quase sempre eram chuvosos em janeiro. Levar voce para algum passeio ridiculo, com amigos que voce nem conhecia. Simplesmente porque eu nao sabia o que fazer quando estava perto de voce. Isso nunca mudou. Era facil ser feliz naquela epoca. Nas terças e quintas eu me sentava ansiosa ali, e esperava só para falar com alguem, que eu nem sabia quem era, que eu nem sabia que era voce. Nos sabados eu torcia para que o tempo estivesse bom e minha mãe de bom humor, mas mesmo quando caia pedra, nada me impedia de sair, nos encontravamos o mais cedo possivel. E aquele dia em que te pedi que me encontrasse as 7:30 da manha no terminal, eu estava com um papel no bolso, o qual li e re-li repetidas vezes ao longo do caminho, tentando decorar, para nao esquecer de tudo que eu iria te dizer. Era algo que eu nunca tinha feito, era algo que eu nunca tinha sentido. E sentadas no chão frio, olhando para a grama, eu dizia as palavras com as mãos tremulas, e voce ia mudando de cor, ficando cada vez mais palida. Foi um susto e tanto! hahaha Eu nem acreditei na resposta. A mensagem custava 35 centavos, e eu guardava o dinheiro do lanche para por creditos toda semana. Aos 18 eu nao me importava em andar de onibus, nem com os dias ruins,desde que pudessemos nos falar. Eu era uma pessoa diferente, imatura, irresponsavel, e feliz. Amadurecimento geralmente vem carregado de dor, e responsabilidades carregado de perdas. Mas é tão facil me fazer ficar feliz, e tão raro. Como eu queria ter 18, outra vez.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

coisas da madrugada.

Dos meses que eu passei sem facebook, realmente posso dizer que nao me fez falta. Rede social é coisa de quem ta afim de alguem, stalkeando, procurando, vigiando. E eu? O que eu to fazendo? Olhando para a tela do computador quase todas as noites, assistindo filmes, fazendo desenhos, pensando sobre tudo, e sobre nada. Nao há ninguem me procurando, me stalkeando, porque eu preciso de uma rede social? Re-ativei minha conta, pela simples falta do que fazer. Nao existe ninguem la com quem eu queira conversar, nao existe ninguem que eu queira stalkear, nem la, nem em parte alguma desse mundo. Quando eu era jovem, e imatura, eu olhava o mundo de uma forma maravilhada, achava sempre que era muito cedo para largar tudo. Hoje, com os olhos opacos, e sem vida, acho tudo muito banal. E minha tristeza, é pensar que talvez nunca encontre nada nem ninguem que faça meus olhos brilharem maravilhados, com a beleza que eu via apenas em voce. ninguem = voce

domingo, 22 de setembro de 2013

desta vez, outra vez...

Desta vez, eu nao vou ficar com os olhos brilhando esperando por uma mensagem sua. E meu coração não vai disparar a troco de uma frase qualquer. Meus pensamentos não vão flutuar por ai, e eu nao vou passar o dia pensando em fazer alguma surpresa pra te conquistar. Eu nao posso me magoar outra vez, e eu nao estaria sendo coerente comigo mesma. Eu nao poderia ser tão fraca em cometer o mesmo erro tantas e tantas e tantas vezes, ja que eu sei que nao sou mais quem voce quis. Eu nao posso me arriscar em quebrar nem mais um pedacinho. Eu nao posso correr o risco de me desmanchar com um sorriso seu. E nem suportar borboletas devorando as paredes do meu estomago. Porque eu tenho medo, como um cão de rua tem medo de ser espancado. Eu gosto tanto de voce, e voce nem sabe, que se eu pudesse, te faria feliz.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Para ser sincero, hoje é dia 11

Pra ser sincero, hoje nao falei com voce, mas pensei sobre o dia todo. Tenho pensado, e continuarei pensando. Pra ser sincero nao esqueci que hoje é dia 11, e sei que voce tambem nao. Para ser sincero, me dói agora, que depois de tantos anos, e tanto amor que foi dedicado, tanto cuidado e atenção voce diga que sou uma pessoa imunda, que sente nojo e graças a deus, me conseguiu finalmente por fora da sua vida. Essa é a parte que machuca. Embora tenha tido motivos para sentir raiva, e falar coisas contra voce, nunca o fiz. Porque jamais seria capaz de sentir nojo e aversão de alguem que um dia me fez tao feliz. Pra ser sincero esperava que voce tivesse me conhecido e soubesse quem eu sou, do meu carinho, e nao inventasse na cabeça motivos para alimentar rancor, uma vez que só eu sei o que voce fez pra mim, e por mim, e nunca pensei em qualquer momento mal de ti. Mesmo quando voce estava errada entendi seus motivos, mesmo quando nao me queria tinha meus braços abertos protetores para te refugiar. Pra ser sincero sabia que esse dia chegaria, mas nao pensei que voce fizesse as coisas como fez e tem feito. Ainda assim, te entendo. Mesmo de coração doendo. No final, depois de tudo, voce mostrou um lado que eu nao conhecia, e esse lado destruiu tudo que restava. Para ser sincera, sei dos seus problemas, da sua luta, da sua vida, das suas dores das suas marcas e das suas feridas, e por mais que voce esbraveje sei que na verdade voce nao passa de um pássaro preso numa gaiola, com as asas machucadas, tudo que voce sempre precisou foi de amor e cuidado. Porque nao consigo te odiar? Porque nao consigo sentir por voce nada alem de carinho e afeição , nada alem de preocupação, com vontade de te guardar no meu abraço e te proteger do mundo. Mas nao sou eu quem voce vai chamar quando estiver com medo, nao vai chamar ngm, voce nunca admite que precisa da ajuda de alguem. Voce nao merece a pureza do meu sentimento e a intensidade do meu afeto, voce nao merece que eu me pergunte como vc esta todos os dias, mas voce precisa que alguem ame e cuide de voce, para que nao morra, por dentro. E para ser sincero, eu passaria por cima de tudo, e enfrentaria o mundo ó para te salvar, por voce eu faria tudo de novo. Porque amar alguem nao precisa ser racional e nao precisa ter motivo, só precisa ser verdadeiro. E sinceramente, eu sei que hoje é dia 11, mas espero que onde estiver esteja bem. Boa noite princesa. Pra ser sincero, engenheiros.

sábado, 7 de setembro de 2013

Gabriela Estevan Novaes

- oi linda. - eu entrei pela porta do quarto exclamando, sempre querendo dar um sustinho. Ao me ver deu um sorriso tao lindo e expontâneo, que era dificil dizer quanta saudade cabia dentro daquele sorriso. - Minha menina! - me abraçou, forte e me beijou tantas vezes que eu perdi a conta, rindo feliz como se nao me visse ha muito tempo. Quanto tempo? Quantos anos talvez? Se esbarrando todo dia e mal se cumprimentando?- MINHA menina! Que saudade da minha menina! Deixa eu ver voce... - se afastou um pouquinho e me abraço de novo, apertando e dando galinhas nas costas, sempre enfatizando o MINHA menina. Eu, perdida pela vida, era a menina de alguem, era a menina dela, e ela sentia minha falta. Minha saudade foi instantânea tambem, beijei seu rosto tantas vezes quanto me foi possivel, e ela ria de alegria, que saudade eu estava, que vontade de tirar ela da cama e sair para passear e conversar. Nao tínhamos nada a conversar, nada a ser dito, eu era tao jovem, aos 23, ela que um dia foi como eu, um dia eu seria como ela, e ainda assim continuaria sendo a menina dela. Eu afinal era a menina de alguem. Meu coracao doeu, e eu senti uma vontade inexplicável de dizer 'te amo, voce sabe que eu te amo TANTO?' Nao disse, por vergonha, mas escrevi numa folha sufite bem grande e colei na porta do quarto dela para que ela visse quando acordasse. Eu ja sentia tanta saudade. Era meu amor. Ninguem sabia, eu costumava ser muito reservada. Mas ela com certeza era um dos meus amorzinhos. - ta, ta, vai la comer e dormir, vai. - deu um ultimo tapinha nas minhas costas, como se na verdade quisesse que eu me sentasse na cama e ali ficasse, e eu fui, sai do quarto e fechei a porta, mesmo querendo sentar na cama e ficar. - boa noite linda. Te amo. - disse baixinho ao sair, um sussurro baixinho que somente eu poderia ouvir.

sábado, 31 de agosto de 2013

correndo.

Eu estava correndo, correndo como um foragido corre para longe de uma prisao, eu estava correndo, tanto, e tao rapido que nao percebi que estava descalço e que o atrito contra o asfalto e as pedras machucavam meus pés, mas nao importava, eu nao ia parar de correr. Eu estava correndo com os pulmoes doloridos, precisando de ar, estava correndo, sem saber pra onde, eu nao conhecia esse lugar, talvez estivesse correndo para longe de mim. Estava correndo para longe das coisas que eu quis um dia, estava correndo para longe de quem eu era, estava correndo para longe dos meus pensamentos. Eu nao olhava para tras, e nem precisava, eu sabia o que encontraria, eu apenas continuava correndo, das pequenas escolhas, aquelas que eram mais nocivas, como um chiclete de melancia que poderia ser muito perigo. Qual caminho usar, qual banco se sentar para comer, qual sabor de sorvete. Onde ir num dia de sol e ceu azul? Um parque poderia ser uma armadilha bem dolorosa. E para nao ter que escolher eu corria. Como se fugisse de quem eu era.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Parte das estatisticas.

Entao eu voltei para minha vida sem voce. Fazia muito tempo, era como se eu estivesse viajando por muitos anos e entao retornei, retornei para uma casa vazia, onde nao havia ninguem me esperando. No primeiro dia coloquei calças de dormir, meias, pantufas, e me sentei na varanda, afim de aquecer o corpo no sol, tudo era frio. Mais tarde tudo foi voltando ao normal, trabalho, rotina, estudo, preocupaçoes. Cumprindo obrigaçoes, saindo com amigos, rindo, me divertindo, mas sabendo que nada poderia me surpreender. Nao haveriam olhos castanhos brilhando para mim, e nem cabelos loiros reluzinho no sol como pequenos fios de raios. Era assim, minha vida, uma vida normal, boa por assim dizer, agora, eu fazia parte das estatisticas, de milhares de pessoas que nao esperavam por nada muito maravilhoso. Eu e voce, eramos pessoas desconhecidas, rostos desconhecidos, que se procuravam na multidao, e embora eu nao soubesse mais onde procurar, sempre, sempre, sentiria saudade, e quando voce pensasse em mim, com carinho eu estaria pensando em voce. Esperando talvez, um dia, daqui muito tempo, esbarrar com voce na rua, e te conhecer, outra vez.

domingo, 25 de agosto de 2013

foda-se a garrafa.

Nao escrevo. Nao escrevo porque nao quero que ninguem saiba como eu me sinto, nao escrevo porque escrever é admitir minha fraqueza. Eu e meu eterno problema com as letras. Por muito tempo, escrevi aqui, tão desesperadamente como um naufrago, que coloca uma carta dentro de uma garrafa, e joga ao mar esperando que chegue nas maos da pessoa certa. Esperando que a pessoa certa possa resgata-lo. Depois de algum tempo, que me pareceu muito, aprendi a conviver com o vazio de uma ilha isolada. Minha própria ilha. Uma ilha onde jamais ninguem voltou a pisar, e os que tentavam eram afugentados. As vezes a gente é deixado pra morrer num lugar assim. Quando te deixam para morrer como se voce nao tivesse valor, é que voce aprende a viver, e encontra seu valor, sua honra, seu carater. Talvez tarde demais para isso nao ter mais importancia.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

la la la...

Eu pegava meu violão no meio do dia, e cantava qualquer canção esquecida, simplesmente porque eu queria, por que senti vontade, eu fazia meus deveres, eu brincava passava pouco tempo irritada, a maior parte do dia me sentia feliz, sem ter que ficar me esforçando para isso, sem ter que ficar me lembrando de ser feliz, e sorrir e ser amável, e gentil e tudo mais, isso vinha de dentro, e era estranho nao me sentir triste, uma vez que eu estava tao acostumada com esse sentimento, qndo estou feliz nao escrevo muito... Percebi isso. Tenho desenhado muito, e cada vez melhor, acho que é isso que me faz sentir tao bem. Ah!

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Uma carta que voce nao sabia.

Voce nao sabe, mas nunca esteve só, voce nao sabe porque nao tentou nem ao menos pedir minha ajuda, mas eu estive la, o tempo todo, através de tudo, cuidando de voce como se voce fosse meu bem mais precioso mesmo quando voce nao merecia que eu me importasse. Voce nao sabe mas eu nunca te julguei, e nuncmaa apontei o dedo para o que voce havia feito ou deixado de fazer, na raiva, sim, tudo bem a gente perde o controle, mas eu nunca sairia do seu lado. Voce nao sabe mas eu nao tenho rancor, nem arrependimentos, minha raiva é apenas por voce nao querer me contar toda a verdade ate o final, e me deixar imaginando o que talvez tenha acontecido. Voce nao sabe, mas os ultimos 6 meses tambem nao foram fáceis para mim, alguns momentos a solidão era tao intensa e fria que eu preferia morrer a ter de continuar ali, totalmente perdida, voce nao sabe pois nunca me perguntou, voce nao sabe pois eu nao poderia te falar, nao sem parecer ridícula. Voce nao sabe, mas voce nao foi a única que fez coisas que nao gostaria de ter feito, isso acontece, esta tudo bem, esta tudo bem ouviu? As vezes a gente fica desorientado e se agarra a qualquer centelha de segurança, e as vezes nos queimamos, as vezes nos machucamos e ficamos tao mal, sozinho doente e triste. Eu sei porque eu me sinto assim, as vezes... Voce nao sabe, mas voce me machucou de formas profundas e cruéis, voce nao imagina o quão cruel voce pode ser, e eu nao imaginva tambem. Voce nao sabe mas eu faria qualquer coisa para curar suas feridas, eu ja nao me importo com as minhas, na verdade me preocupo mais com voce do que comigo. Voce nao sabe mas eu sinto falta do seu abraco, e do seu sorriso lindo que fazia aquela curvinha que eu amava mais que tudo no mundo. Voce nao sabe, mas eu odeio todas as pessoas que te magoaram, e eu sinto muito pelos seus traumas e por voce nao ter podido contar comigo. Voce nao sabe mas mesmo desejando nunca mais te ver na minha vida, olho o celular com freqüência só para ver se nao tem uma chamada perdida sua, e vc nao sabe tambem mas eu iria correndo ate o quinto dos infernos se voce precisasse de mim. Voce nao sabe, mas toda vez que eu conheço alguem novo e gostaria de estar conhecendo voce. Voce nao sabe, mas eu sinto como se eu nunca mais fosse me apaixonar novamente, e eu acho que voce se sente assim tambem. Voce nao sabe, mas eu realmente acredito que voce seja o amor da minha vida, e tenho quase que certeza absoluta que eu sou o seu tbm, e que voce no fundo me ama mas acha que eu nao valho apena. Mas essa parte talvez seja só ilusão da minha cabeça. Nossa voce nao sabe de tanta coisa! Mas tenho certeza que voce sabe que eu te amo, e que eu gostaria de poder dizer isso um dia sem parecer ridícula. Voce nao sabe, mas espero que um dia voce venha a saber, e se nao souber, espero que pelo menos leia essa carta, porque voce nao sabe, mas eu sei que voce vai entrar aqui um dia só para saber.

ERROR

Isso era provavelmente um erro, minha vida estava pausada em um momento de erro, como um leitor tentando ler um cd riscado. Nada funcionava, e o erro danificava o aparelho. Eu estava cansada, tao cansada como quem passa 40 dias escalando o mais alto pico. Eu estava la, bem la no alto, uma montanha fria, e solitaria, nada poderia me surpreender, eu estava no alto, a menos que eu caisse. E eu cai, nesse momento, o cd estava riscado, e eu nunca mais parei de cair, sempre repetindo a queda, o pavor, a dor. Eu daria qualquer coisa para parar. Eu daria qualquer coisa para por inteiros esses pedaços. Eu nao poderia estar mais cansada. Mas de alguma forma, nada iria se consertar, eu iria continuar caindo para sempre e sempre e sempre sem nunca alcançar o chao, e sem nunca conseguir me equilibrar novamente.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

lala la lala la

Todos os dias, eu conversava, ria e ajudava pessoas que eu nao conhecia, como se eu me importasse com elas, como se elas signficassem algo para mim. Nao me sentia triste, muito pelo contrario, me sentia bem, aliviada, livre, a sombra dos dias ruins parecia apenas uma pequena nuvem distante que me observava de longe, talvez na espreita. Nao me importava, mas me sentia bem, estranhamente bem. E isso era estranhamente estranho. Mas melhor do que a sombra da 'grande tristeza' repousada em meus ombros. É claro, que me sentia sozinha, e triste as vezes, principalmente em dias de sol, onde eu via tudo brilhando num horizonte tao longe do meu alcance, sentia saudade é claro, mas nao era como se fosse um vazio que nunca pudesse ser preenchido, no entanto, agora, eu pensava cada vez menos nisso, cada vez menos nela. E quando pensava sobre ela, eram apenas pensamentos bons, pensava com carinho, nao haveria de ser diferente, porém, nao passava disso. Acho que é isso que eles chamam de virar a pagina. Eu acho...

domingo, 14 de julho de 2013

Bonno

Eu olhava para os olhos dele, pupílas dilatadas, ele entendia, sabia que compartilhavamos de um mesmo sentimento e desviava o olhar. Ele era triste, quase sempre, me pergunto se ele tinha raiva de mim. Ou se ele nem ao menos se lembrava de onde viera parar em minhas mãos. Talvez ele pensasse que a culpa era minha, ou talvez ele só estivesse com sono, de alguma forma eu gostaria que ele soubesse que eu o amo. Se eu pudesse, trocaria de vida com ele, ser um gato deve ser muito mais simples.

drogas

Dizem que o usuario de crack se torna dependente, porque a primeira vez, a primeira sensação que a droga causa é tão intensa, que ele passa o resto da vida tentando repetir essa mesma sensação. Entao ele fica buscando em outras drogas, algo que possa superar a primeira vez. Ele nao esta buscando pela droga perfeita, ele esta buscando pela sensação perfeita, e provavelmente vai morrer bem antes de encontrar. Voce pode imaginar esse vazio? Eu posso. E bom, para ser sincera, acho que o crack nao chega nem perto da sensação que ela me causou a primeira vez. Tão cliche, era viciante. E agora, eu com um vazio perpétuo, vou a lugares que nao gostaria de estar, observando todo tipo de pessoa, imaginando se alguma delas tem a droga que eu preciso, imagino se alguma delas poderia me fazer sentir aquilo que eu preciso sentir. escrito em: 05 de julho 2013

sexta-feira, 12 de julho de 2013

meu medo

Depois de alguns dias negros as coisas estavam finalmente clareando, eu nao me sentia feliz, mas tambem nao sentia que a vida era um desperdício, eu estava indo bem, na medida do possivel. Mas havia sempre um peso no meu coração, um vazio meio dolorido, e uma sombra que nunca deixava que o sol me tocasse por completo. Eu tinha medo, medo de que nunca mais me sentisse daquela forma como ela me fazia sentir, medo que essa cicatriz me acompanhasse pra sempre, medo de nunca mais ser impossívelmente feliz a ponto de conseguir abraçar o céu, e cair no sono com um sorriso leve nos labios, medo porque eu sabia que nada nem ninguem nunca significaria pra mim um milésimo do que ela significou, do que ela significa. Meu deus, eu tinha tanto medo... tanto medo.

terça-feira, 9 de julho de 2013

eu nao era assim

O que eu estava fazendo? Eu nao era assim, eu nao era triste, eu nao era amargurada, eu nao era egoista e arrogante. Mas a dor cega a gente, e transforma a gente em monstros. Mas eu nao era um monstro, no fundo, por tras de toda essa mascara de dor e ressentimentos havia quem eu realmente era. E era por isso que eu iria lutar apartir de agora. Eu iria matar meus monstros.

9 de julho.

Era dar murro em ponta de faca, e eu sabia disso, sabia porque meus punhos estavam na carne viva. Mas alguma coisa havia mudado. A tristeza agora se tornava em apatia, que logo se tornaria em indiferença e logo se tornaria um nada. Estava tudo bem, eu teria que enfrentar isso querendo ou nao, doendo ou nao. Ninguem vai vir e tornar as coisas mais faceis para mim. Eu nao me importava mais. Vazia ou nao a vida ia seguir em frente.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

sobre fraturas expostas

Eu havia quebrado a perna ontem, e ate entao ninguém percebera. Estava inxado, fratura exposta, e doía como o inferno mas ninguém percebeu. Nao contei a ninguém, nao queria falar sobre, tava doendo demais mas mesmo assim, eu andava normalmente e ate corria se fosse preciso - com grande esforço, eu admitido - eu nao chorei, era perigoso chorar, alguem poderia me pegar de olhos vermelhos e entao descobririam logo. Tomei remédios que aplacassem a dor, mas nada funcionou, eu precisava de muito mais, eu precisava dormir, por 500 anos, e acordar só quando o mundo deixasse de existir e nao sobrasse ninguém, somente eu, desta forma eu nao teria que dar satisfações sobre minha perna quebrada, ninguém iria perguntar como foi, ou como eu cai, ou porque eu nao desviei. Eu estava exausta, mas nao poderia dormir por 500 anos, eu teria que continuar arrastando minha perna quebrada por ai, e continuar fingindo que nada havia acontecendo. Quanto tempo leva para uma perna quebrada se curar sozinha? Ah, eu disse perna, quis dizer coração.

Dragoes

Eu nao sabia se a pancada havia sido tao forte que meu cérebro ainda nao havia tido tempo de processar a dor, mas sabia com certeza que ela estava ali, a espreita, pronta pra me pegar de surpresa e me deixar no chão, imobilizada. Esse vazio, do tipo que nao se preenche, e essa falta continua, sua ausência ecoava por toda parte e tudo me fazia lembrar as voce nao estava mais ali, que nunca mais estaria. E teria ficado e lutado por voce, eu teria ficado de pé, eu teria matado todos os monstros, eu teria amado voce por toda minha vida. E voce preferiu ser feliz sozinha...

terça-feira, 2 de julho de 2013

Mudaria alguma coisa se voce soubesse?

Todos os oceanos secariam, e todos os continentes colidiriam uns contra os outros antes que algo pudesse nos separar. E entao, tao rápido e silenciosamente voce vai desaparecendo num horizonte distante, como um barco que se afasta da margem levado pelo vento. Se tornando um estranho de olhos vazios e cinzas como todo o resto da minha vida, vazia e cinza. Mudaria alguma coisa se voce soubesse de tudo? Se eu nao tivesse tanto medo de falar tudo o que eu sinto? Mudaria algo se voce soubesse que no mundo nunca antes alguem amou outra pessoa como eu amo voce? Mudaria algo se eu pedisse que voce ficasse? E dissesse que minha vida fica triste sem voce? Se ao menos voce pudesse se lembrar de quem fomos, mudaria alguma coisa? Eu acho que nao. Eu nunca achei que viveria para ver isso.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Paksjshavsbqvgavbxn

Eu ainda pensava nela todos os dias, mesmo depois de tanto tempo continuava sendo a única pessoa com quem eu queria estar. Nao era algo que eu pudesse apagar de mim, embora eu tentasse, embora eu quisesse. Coisas assim nao se apaga e nem se esquece, nem mesmo com a morte, eu acredito. E no começo, admitido, pensei muito nessa hipótese, e as vezes nos dias muito tristes eu penso, mas rapidinho, depois que cheguei a conclusão que eu nao seria capaz de tira-la de mim porque de alguma forma ela estava registrada na minha alma, eu desisti. Tem dias que dói, uns dia dói mais e outros eu quase nao lembro, mas todos temos que pagar um preço e esse é o meu. Minha vida desde entao tem sido quase sempre cinza, em vários tons de cinza, o que te ensina a apreciar admirado quando surge um flash colorido, um azul turquesa no meio do cinza ou talvez um violeta, é coisa que a gente nao esquece. Mas a cor que mais alegrava meu cinza era o castanho claro dos olhos dela. Eu poderia morrer e nascer novamente 98 vezes, e eu tenho certeza que em cada uma dessas 98 vidas eu amaria ela exatamente da mesma forma como eu a amo hoje. É tao triste. E tao solitário. Voce pode imaginar um amor como esse?

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Bote salva vidas

Nao era uma pessoa ruim, apenas se sentia sozinha, lambendo feridas como um cachorro vira-lata. Sentia falta de coisas que nao existiam, de amigos que se foram, de uma menina que amava, de um abraco que nao encontrava, de uma vida que era bem diferente da sua. Sentia falta de ter alguem que sentisse sua falta na mesma proporção, mas acima de tudo se sentia vazia, de olhos e coração cansados de tanto, tanto, tanto vagar, nao encontraria o que procurava por mais que tentasse e ninguém mais estava tentando a encontrar. Constantemente voltava a se fazer as mesmas perguntas dolorosas, esperava tao desesperadamente pelo dia em que pararia de procurar pelo menos rosto no meio da multidão, pelo mesmo sorriso entre milhares de risos, a vida que ja foi tao imensuravelmente linda havia entao se tornado em um arco-íris quebrado em mil tons de cinza claro. Estava a um passo de desistir.

domingo, 23 de junho de 2013

Nabagydvsvagf

Acho que o que ela nunca iria entender é que eu nao pediria nada a ela, era que eu nao pediria nada que ela nao pudesse me dar, nao pediria que ela fizesse qualquer coisa que pudesse machuca-la. O que eu pedia era uma ou duas certezas, afeto e atenção se houvesse... Coisas essas que a gente nao deveria ter de pedir a ninguém. Mas há muito eu vinha andando de orgulho e coração ferido, entao ja nao me importava muito com essas normas que um dia fora tao relevantes. Vontade de ser corajosa e dize: ei, eu te amo!' Mas o silencio da rejeição me mataria. E eu que morreria pra ouvir isso. Voce pode imaginar alguem tao ridícula quanto eu?

quarta-feira, 19 de junho de 2013

O "viraser' da ssemiotica

É um pouco tarde e eu deveria estar dormindo mas, nao consigo. Estive pensando na tentativa de encontrar respostas mas nao obtive sucesso. Olhando essa foto, de 5 anos atras, de alguem que agora quase nao reconheço, nao pude me lembrar do exato momento onde 'ela' se tornou 'eu'. O momento do 'vir a ser' como tenho ouvido falar na semiótica, qual o momento exato onde algo se transforma para se tornar algo completamente diferente? Quando foi que meu cabelos deixaram de ser pretos e se tornaram tao compridos e naturais? Quando foi que os píercings e maquiagem escura e borrada deram lugar para esse rosto limpo e livre de fantasias? Quando foi que eu parei de beber e fumar e sair com amigos para ficar em casa desenhando? Quando foi que eu troquei todas as festas do mundo com pessoas desconhecidas e bêbadas para fazer programas tranqüilos de domingo? Quando foi que os cortes e queimaduras do meu pulso cicatrizaram e deram lugar a feridas mais profundas dentro do meu coração? Quando foi que todos meus dramas e dilemas internos se dissolveram? Quando foi que tudo mudou? Minha mae sempre diz e eu nao canso de repetir "ou voce muda pelo amor, ou vc muda pela dor" e me lembro que a principio foi pelo amor, que pegou o leme da minha vida e mudou a direção, eu navegava perigosamente para dentro dos limites de uma perigosa tempestade, navegava sempre no olho do furacão, e quando ela apareceu foi como ser iluminado pelo primeiro raio de sol da manha depois de mil anos na escuridão. Mas nao era o suficiente, apenas mudar a direção, e meu raio de sol se apagou. E entao veio a dor, há mais ou me os 7 ou 8 meses atras, uma dor tao intensa que me tira o fôlego só de pensar, por meses que mais pareceram séculos eu estive me afogando num mar Salgado de magoas e desilusões, e como eu desejava ter o mínimo de forças para lutar, nem que fosse uma única fagulha, mas tudo havia morrido dentro pde mim, e no momento mais alto da dor eu mudei novamente, e esse é o tipo de mudança que nao se esquece, que nao cicatriza, que nao fica para trás. E depois, pouco tempo depois a mudança veio novamente, e dessa vez foi outras vez por amor, um amor verdadeiro, depois quando eu nao tinha mais pelo o que lutar lutei para fazer a única pessoa que me amava de verdade feliz, minha mae. Entao as coisas agora quase que freqüentemente boas, e eu freqüentemente feliz comigo mesma, um sentimento de contestação que vc nao sabe dizer se esta feliz ou triste pois tamanha é a tranqüilidade. E sabe se la quando tudo vai mudar novamente, e qual vai ser o motivo da mudança, mas sinceramente esta tudo tao bem que eu acho que nao mudaria mais nada. Ninguém nunca entra aqui, mas antecipadamente peço desculpas (talvez) para mim mesma pelos erros ortográficos e me justifico dizendo que esse post foi escrito do teclado de um iPhone. Thats all.

sábado, 15 de junho de 2013

16 de junho

O sangue era grosso e denso, e fazia com que meu coracao batesse em um compasso lento e dolorido. Eu daria qualquer coisa para nunca mais sentir isso, para nunca mais fechar os olhos e esperar sumir na escuridão do meu quarto frio. Me perguntava se havia algum propósito grandioso por trás disso ou era somente eu me testando para ver ate onde eu poderia agüentar. O auto corretor ainda usa trema e eu ainda sinto tudo. Mas é assim que as coisas acontecem, e se tudo fosse lindo e desse certo, nao seria eu. De qualquer forma, o que eu nao daria pra nao ir dormir com todo esse peso no peito e os nós na garganta.

terça-feira, 28 de maio de 2013

tuberculose

Tuberculose, nao, nao era tuberculose, na verdade eu nao sabia o que era e ate preferia que fosse, dos males o menor. Mas nao, nao era tuberculose. De qualquer forma a tosse seca penetrava meus ouvidos e atravessada meu coracao, como uma escavadeira bruta e violenta. Eu gostaria que eu pudesse tapar os ouvidos e nao escutar mais nada, que eu pudesse consertar tudo que estava quebrado. Estava cansada de coracao sempre apertado, de medo. Sempre com medo. Era como se eu tivesse voltado a ter 8 anos e contasse nos dedos os segundos que me restavam. Queria alguem que me dissesse que eu nao preciso me preocupar, que esta tudo bem, que ja deu tudo certo.

domingo, 12 de maio de 2013

- sobre terremotos, certezas e pedidos de adeus.

Houve um terremoto ontem. Num instante, tudo estava bem, e no outro a terra começou a tremer e o chao me fugiu de debaixo dos pés. Nessas horas, a unica coisa que se pode fazer, é cair de joelhos e chorar. E foi assim. Uma pancada forte na cabeça ou no estomago - ja nao sei dizer - tirou todos os meus sentidos. Eu nao sabia onde eu estava, nem para onde deveria ir quando tudo começou a desmoronar a minha volta. Geralmente nao sei para onde ir, mas, aquilo foi diferente, aquilo foi FORTE. Ouvia sua voz me dizendo que eu deveria sair da sua vida e logo um silencio preenchido pelo meu choro. Um choro que vinha do fundo do estomago. Um choro agudo, e dolorido, que vinha do vacuo que existe no meu peito. Foi assim. Eu de joelhos implorando por uma ultima chance, e voce, em silencio, como se nao houvesse ninguem ali. Como lutar contra seus argumentos quando voce esteve certa? Como provar que tudo havia mudado? Como te fazer acreditar que eu nunca quebraria seu coração novamente. Eu nunca quebraria seu coração novamente. Como eu poderia? Voce era tudo que meus olhos poderiam ver, voce era tudo que meu coração poderia amar, voce era a unica com quem eu gostaria de estar. Como eu poderia provar minha sinceridade, se tudo que eu tinha eram palavras? Como te provar que elas eram de fato sinceras? Que meus sentimentos e intenções eram de fato verdadeiros? Eu nao sabia, e nao saber me deixava desesperada, pois eu podia ver meu tempo se esgotando. Pense! Pense! Pense! Eu repetia para mim mesma. Com vontade de saltar do carro e correr para onde voce estivesse ate que meus pés sangrassem, ate que meus pulmoes esgotassem. Eu nao sabia como, mas eu nao iria desistir. Nao quando voce era TUDO que eu queria. Nao quando eu estava tao perto, e tao longe. Eu que tinha 23, tinha tambem uma vida inteira pela frente. E eu nao iria desistir, ate que meu coração parasse, enquanto houvesse ar para respirar, eu iria lutar por ela. Uma vez que ela, era minha unica certeza.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

dia frio.

Era dificil, mas tudo bem, isso nao era nenhuma novidade, pois quase sempre era. O coração era pesado, embora vazio, mas afinal, o que pesava mesmo era o 'vazio' aquele vazio tão cheio de coisas que eu passava tanto tempo tentando nao pensar. Com as costelas doendo, prestes a desmontar, o que eu nao daria por um abraço que colocasse meus pedaços no lugar, um abraço que me levasse pra casa, um abraço pra me aquecer. Nao haveria, nao hoje, nem amanha, e as vezes pensava que talvez nunca. Nunca. Essa era quase uma certeza, que me atingia como que uma marretada bem no meio do peito. As vezes morria em pensamento. Morria por dentro. E do lado de fora tudo bem, tudo normal.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

devaneios.

Nao acho que algum dia ela teve realmente consciencia de tudo isso. E tudo bem. Quem poderia imaginar que alguem como pudesse amar tanto alguem como eu a amava. Eu poderia mudar o mundo para faze-la feliz, eu iria o quao longe fosse necessario para salva-la dela mesma. Eu pegaria para mim toda dor que ela sente, toda a tristeza e transferiria para mim, eu faria isso se fosse possivel. Nao era justo comigo, que eu amasse tanto alguem assim, mas eu deveria estar pagando por algum pecado ou coisa do tipo. Eu estava cansada, e as vezes sentia que nao dava mais, mas de alguma forma eu sempre continuava andando, por mim, pelo os que eu amava, e por ela. Eu poderia estar sozinha, mas nunca permitiria que ela estivesse. Eu poderia nao ter para onde ir, mas ela sempre teria. Ela nao percebia, talves nao entendesse, e talvez preferia que eu sumisse para sempre, mas eu nunca poderia sair de perto.

domingo, 5 de maio de 2013

quase.

Hoje é um daqueles dias de coraçao pesado, de nó na garganta, e saudade sem fim. Meu coração esta tao pesado que se eu subir na balança ela quebra. To me sentindo tao perdida, de novo, quando eu penso que estou finalmente me encontrando, descubro que nao faço ideia de para onde ir. Quando eu penso que a ferida esta cicatrizando, descubro que isso nao poderia doer mais do que ja doi. Eu to perdida, andando para lugar algum, quase morta, ou talvez quase viva. Quase feliz, quase triste. Quase qualquer coisa.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

um novo mundo aqui.

Mas la estava eu, quase meia noite, desenhando no escuro do me quarto, somente com a luz no computador e uma luminaria que iluminava o papel onde eu desenhava tudo aquilo que eu sentia. Era uma sensaçao boa, e confortavel. Meias nos pés, calças de pijama e pantufa, eu nao poderia me sentir mais confortavel. Mesmo o dia nao tendo sido o que eu esperava, eu me sentia bem, o buraco no peito nao latejava mais, e quase nao me encomodava. Quase nao existia. Era um mundo diferente que começava a existir dentro de mim agora. Um mundo melhor, sem dor, sem magoas, rancor, ou questionamentos amargurados. Os que chegavam era sempre muito bem recebidos. E os que partiam, estavam sempre convidados a voltar.

terça-feira, 30 de abril de 2013

vc.

Voce deixava minha vida mais limpa, e clara, como um dia de sol, como um céu sem nuvens. Voce fazia tudo ficar mais branco e mais bonito, meio brilhante por assim dizer. Voce fazia tudo ficar bem, e arrancava sorriso, e arrancava suspiro. A vida era mais facil e mais descomplicada assim, era mais real. Eu gostava bem mais da minha vida com voce dentro dela.

um dia de sol.

um dia de sol muda tudo, transforma o frio em quente, o triste em contente.

sábado, 27 de abril de 2013

hbdsjakolj

voce poderia me odiar, poderia me xingar, dizer que eu nao valho nada, que eu nao presto e falar mal de mim para todos seus amigos, voce poderia me excluir das suas redes sociais, email e skype, voce poderia ignorar minhas msgs, meus emails, e tudo mais que fosse sobre mim, mas voce nunca poderia agir como se eu fosse um completo estranho, voce nao poderia agir como se nao me conhecesse ou como se nao se importasse. voce costumava mentir muito bem.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

sobre ficar trancado do lado de fora

É dificil e eu diria quase impossivel entender aquilo que se passa dentro das pessoas. Tenho me perdido todos os dias dentro de um labirinto do qual eu costumava percorrer de olhos fechados. Tenho me desgastado na inutil e dificil tarefa de te decifrar todos os dias. Tenho estado apaixonada por uma imagem, uma foto, uma lembrança, um gesto, uma frase de uma pessoa que constantemente volto a me perguntar se nao existe mais. Fico pensando se tudo isso tem algum valor, todo esse amor incondicional, ou se afinal foi tudo de fato inutil. Se eu mudei por nada, se eu amei por nada, se eu fiz tudo que fiz a troco de nada. Se eu ao menos soubesse como responder todas essas questoes. Nao sei se acredito no que me diz com palavras, no que me diz com os olhos, ou no que me diz o meu coração. Talvez voce desejasse que eu fosse embora para sempre, mas talvez voce nao saiba, que eu nao tenho nenhum lugar do mundo para onde ir. Quem me dera eu tivesse.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

no vacuo do meu proprio universo.

manha fria, daquelas de congelar a alma, acho que a gente entende que virou adulto, quando luta sem saber pelo o que esta lutando, e espera um dia de cada vez, sem saber o que esta esperando. a vida ficou meio vazia mesmo com o passar dos anos, a gente vai se esquecendo do que era importante e se importa com as banalidades ate entao irrelevantes. ficar adulto deve ser isso mesmo. ganhar dinheiro para sentir um falsa sensação de segurança. que vazia se tornou a vida, nada pelo o que lutar, nada pelo o que amar, nada pelo o que sorrir. todos viramos robos nesse sistema que mata. mas o que é melhor, estar flutuando, sendo levado pelo vento por um vazio verdadeiro, ou estar ancorado numa mentira? meu coração ja foi minha ancora, e tao verdadeiro como nunca sera novamente. hoje meu coração é um vacuo. tão profundo e redundante que nunca podera ser preenchido novamente. mas ninguem nunca podera dizer que eu nao lutei ate as ultimas consequencias. e voce nunca podera dizer que ninguem nunca fez tudo o que podia para estar com voce. foda-se.