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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

velhas cartas.

Eu estava com aqueles mesmos olhos de antes. As sobrancelhas retas e altas, e o olhar baixo e vazio. Ela conseguia fazer isso comigo, e tudo que eu havia lutado tanto pra superar vinha a tona. Ela era grossa, sínica, ignorante e amarga. Parece que todas as palavras eram carregadas de odio. Era dificil suportar. Mas eu nao iria entrar naquele ciclo vicioso outra vez, eu iria ficar bem, eu precisava. Mas hoje estava doendo, e fazia tempo que nao doía.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

você sabe que é pra voce.

Ela fez tudo errado, e eu nao podia fazer nada além de respeitar suas escolhas, escolhas que a principio quase me mataram de dor e solidão. Os anos que se seguiram foram uma tormenta sem fim, e eu desejei acabar com aquilo dia após dia. Hoje as coisas são diferentes, não gosto de ninguém, mas já posso gostar se eu quiser. Se eu sinto falta da minha vida de antes? Sei la. Sinto falta de muitas coisas, mas eu não sei se voltaria atras, provavelmente não. Mesmo que tivessemos momentos bons, não seria o bastante para me fazer passar outra vez por tudo que me aconteceu depois. Eu não me importo mais. Eu não olho para tras, nem para os lados. Os objetivos agora são outros. A vida agora é outra.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

(3)

Eu brincava com as mexas dos seus cabelos, cor de cobre. Macio nas pontas dos meus dedos. Os fios desarrumados, voce me perguntava preocupada, e eu dava de ombros e sorria. Nada era importante, a casualidade fazia tudo ser melhor. Sem preocupações, sem medos, sem mágoas. Estar bem era uma escolha, eu finalmente entendia. Eu nao ia querer ver voce amanha, talvez depois ou na sexta? Eu mentia. Mas ninguém precisava saber. Andando pela noite, eu quase não pensava, o passo seguinte era sempre uma surpresa e a surpresa era a parte que eu gostava. Sem esperar por nada, eu era meu próprio porto seguro, e não precisava de uma luz para me guiar na noite. Mas o seu contraste fazia tudo ficar melhor. Voce dançava, e sorria, eu cansada tomava uma agua. Saindo porta a fora, a noite escura ja era dia, voce pegava na minha mão e isso era sempre me deixava surpresa. Eu não gostava de voce, nem voce de mim, essa era a parte boa. Voce me levava pra casa, e depois de tudo um beijo no rosto bem desajeitado. E voce me escrevia só pra saber se eu tinha chegado bem, e se preocupava com o que eu iria pensar. Era do seu jeito estranho que eu gostava. Do modo como voce não se importava se importando, e fingir nao ter medo, quando tinha. Eu não ia cuidar voce, eu não ia perder meu tempo com isso. Mas eu poderia. Eu muito bem poderia. E era estranho pensar, como seria facil gostar.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

(2)

Um pequeno erro, um passo em falso, uma bonita ilusão. Um suspiro no meio da noite. Ela se movia com as luzes. Sem escutar uma palavra que dizíamos. Ela fechava os olhos com as mãos para o alto. Ela se deixava levar. Quase sempre se sentindo vazia. Era um sopro frio na minha espinha. Ela era uma canção favorita. Era um pássaro voando fora do alcance das minhas mãos, e então sutilmente pousava nos meus ombros. Ela era riso despreocupado. Era um beijo desesperado no silêncio do seu carro. Mas aquilo era diferente. Muito perigoso.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Dia (1)

Depois de estar perdida em meio a tempestade por um período de tempo que me pareceu eterno, a vida voltou a fazer algum sentido. As festas voltaram a ser legais, as pessoas se tornaram novamente interessantes, e tudo deixou de ser monocromático e sem gosto. Os dias que se passaram, agora em minha mente, tudo parece tão distante da realidade, como se de fato nada tivesse realmente existido, como se eu apenas tivesse sonhado. E agora com os olhos abertos vejo tudo de uma nova perspectiva. Uma perspectiva clara, como se eu estivesse sentada no topo do mundo. E o tempo ruim que parecia nunca ter fim, finalmente se dissipou, e no caminho de volta para casa, voce sorri satisfeito consigo mesmo, e pensa: Estou feliz outra vez.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

orange.

Eu pensei muito sobre aquilo, e continuaria pensando por algum tempo. Estava tudo muito vivo na minha mente, e fresco, e aquela situação era completamente surreal. Nem mesmo nos meus sonhos mais loucos eu poderia imaginar. Aquilo foi absolutamente inacreditável. Eu estava lá. Eu queria mesmo que fosse verdade. Mas não era, e eu nao poderia mentir para mim, eu estava me equilibrando num fio laranjado e frágil.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

bhjbhjnkm

Agora, aquilo iria me machucar por dias, eu bem sabia disso. O que eu não daria para ter alguém que cuidasse de mim, que quisesse meu bem, que me guardasse no fundo do coração e nunca mais deixasse coisa alguma me machucar. Ninguém realmente se importava com isso. Talvez eu simplesmente não merecesse ter um pouco de amor na minha vida.