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domingo, 31 de março de 2013

mudanças, lobotomia e paredes rabiscadas

Alguma coisa esta mudando. Alguma coisa esta mudando, de dentro para fora. Em silencio, e quase tao lentamente que nao possa ser percebido, mas esta mudando. E essas mudanças, essas, do tipo silenciosas, essas que acontecem dentro da gente e que ninguem vê, sim, essas sao as mais perigosas. O tipo de mudança que demora mas no final, leva tudo, apaga tudo, quebra tudo, para poder re-escrever, e re-fazer. É, essa é das boas. Quase tão boa quanto uma lobotomia, do tipo que te lava por dentro. E no final voce nao lembra de nada. É disso que eu estou falando. De esquecer. Eu me apago por dentro, como se meu coração fosse um quarto com paredes quebradas e muito rabiscadas, as lembranças sao como rabiscos que eu apago e lavo das paredes, algumas sao mais dificeis que outras, tem que esfregar mais, e lixar até se for preciso. No final fica só um monte de paredes limpas, e quebradas, com manhas nos lugares onde costumavam existir lembranças. Nada que uma mao de tinta por cima nao resolva. Eu acho. É, é dificil, eu sei. A gente apaga sabendo que esta apagando, e esquece sabendo que precisa esquecer. É o unico jeito que eu encontrei pra viver. Eu devo dizer, que gostava bem mais das paredes rabiscadas. Achava bonito mesmo. Mas tem gente que rabisca, e depois diz que nao rabiscou. Mas eu ia ficar tão feliz de saber que todos aqueles rabiscos eram mesmo pra mim...

gdajknsm

Era dificil, muito dificil, eu nao entendia, e por nao entender talves tornasse tudo mais dificil. A situação toda. Mas eu só queria a verdade, todinha, sem disfarces, sem mentiras. Acho que isso era pedir demais. Eu sentia falta de uma coisa que agora, eu ja nem tinha certeza se existia, ou se era apenas uma historia bonita que eu inventara na minha cabeça.

sábado, 30 de março de 2013

páscoa

temos saber a hora de desistir, e deixar voce para tras foi a coisa mais triste e mais dificil que ja tive que fazer.

quinta-feira, 14 de março de 2013

hoje nao, talvez amanha...

Eu estava cansada, muito cansada, e triste, muito triste. Nao que houvesse qualquer motivo especial, era só medo, medo de tudo, medo do futuro, medo das coisas que eu nao sei, e medo até mesmo de saber. Minha solidão tinha o jeito de um polvo, com varios tentaculos pegajosos e ventosas que me envolviam mais e mais apertado toda vez que eu tentava escapar. Minha solidao era um polvo grande e marrom, que nao me deixava. Eu andava por ai, muito perdida, e muito sozinha, as vezes quase desesperada por compania, desesperada para que alguem me pegasse pela mão e me conduzisse para um caminho menos frio e menos isolado. Na verdade o caminho nao importava, desde que voce segurasse minha mão. Eu nao importava para onde eu seria levada, desde que eu nao precisasse mais estar tao sozinha. Eu fazia coisas demais, e eu pensava que essas coisas me impediriam de pensar em outras coisas que me amedrontariam, coisas que fariam meu coração doer, coisas que me fariam chorar antes de dormir e passar o dia com a garganta doendo. Mas quanto mais coisas eu fazia, mais sozinha eu parecia estar. As vezes eu só queria poder me sentar num parque e olhar para um rosto familiar, encontrar olhos compreensivos e maos atenciosas. Esta faltando tanto nessa vida, esta faltando sobretudo amor. Ainda assim, vivo os dias com alegria e pacientemente, sempre pensando que hoje nao, mas talvez amanha, alguma coisa faça meu coraçao se aquecer novamente.