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domingo, 22 de dezembro de 2013

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Me sentindo um prisioneiro, em sua ultima refeição em liberdade, antes de ir para o presídio. Aproveitando seu ultimo dia em sua casa, as vezes olhava para as pessoas que eu amava, como se fosse a ultima vez q eu as veria. Me doía muito essa solidão, esta sensação de estar tão completamente só. Essa noite, noite passada, foi assustador. Tinha um duende no pé da minha cama. Eu acordei com um zunido muito alto, ele estava no pé da minha cama. Ele se aproximou rapidamente, e parou ao lado do meu travesseiro me fitando. Ele era horrivel, deformado, e nao tinha cor, tudo que eu podia ver eram seus contornos. Brilhando no escuro. Eu gritava mais alto que podia mas ninguem podia me ouvir por causa do zunido dele. Era como se isolasse meus gritos. Quando corri para acender as luzes ele nao estava ali, fui no banheiro, lavei o rosto e qndo apaguei a luz, ele estava exatamente no mesmo lugar, me fitando. A conclusao que cheguei é que esse bixo é invisivel a luz. Nao espero que ngm acredite nessa merda. Mas eu estava plenamente acordada, e sei o que eu vi. Existe um vazio triste dentro de mim. Uma coisa nao tem nada haver com a outra, mas gostaria de dizer como me sinto mal, e perdida...

adiando as malas.

Eu adiei o maximo que pude arrumar minhas malas. Ao inves disso passei o dia deitada, vendo meu seriado preferido no momento, tentando nao pensar em como voce havia despedaçado novamente o coração que eu lutei tanto pra consertar. Vi 1 episodio, 2 episodios, 3 episodios... Sentindo o buraco do meu peito latejar em silencio. Uma ou outra lagrima escorria de vez em quando, mas eu sabia que haviam malas vazias para eu preencher. Roupas a serem dobradas. Coisas para serem guardadas, e eu nao poderia adiar isso para sempre. Eu espero que voce cresça com isso tudo. Era facil para ela falar, nao era ela que teria que juntar do chão os pedaços de um coração que nem funcionava mais. Meus olhos eram opacos e monótonos, sem vida. Eu desejava encontrar cola para consertar isso. Era hora de parar de sonhar com uma vida que eu nunca faria parte novamente. Mas eu estava morta, por dentro.

sábado, 21 de dezembro de 2013

pré-viagem

Todos os anos eu ia para la, o lugar com o por do sol mais bonito do mundo, com o ar mais puro, e mais solitário tambem. Todos os anos eu ia para lá, eram meu tempo de exílio, um tempo que eu tinha para pensar em tudo, para ficar sozinha, para sentir saudades, e querer voltar. Agora de coração apertado, e um comichão nas pontas dos dedos, e eu nao sei dizer como me sinto, é uma mistura de felicidade com uma tristezinha que me faz cocegas e me da uma vontade de chorar. Essa tristezinha que se pendura na barra da minha camiseta sem eu ver, e me acompanha para nao esquecer. Mas agora quase sempre estou feliz, só as vezes ela me belisca as vezes, e doi um pouquinho. E a gente pensa: poxa, podia ser tão diferente!' mas sobre isso eu evito pensar. Muitas coisas boas estão acontecendo. E nao me faltam motivos para sorrir

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

enfarto.

as vezes eu sentia que ia ter um enfarto, meu peito doía, e eu nao podia respirar, eu ficava imobilizada sem conseguir dizer uma palavras, entao, eu batia no meu peito, com toda força que podia, para fazer meu coração se lembrar de bater. e de vagar ele batia.

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realmente nao importava o que eu fizesse, para onde eu fosse, com quantas pessoas saísse e com quantas garrafas de cerveja enxeria a cara. no final eu sempre voltava para casa me sentindo vazia e triste. deitava no meu colchão olhando para o nada e me perguntando quando as coisas mudariam, se mudariam. é verdade que agora ja nao doía muito, pois eu me obrigava a nao pensar a respeito, conseguia me manter bem por muito mais tempo, mas em alguma hora, a solidão se sentava ao meu lado e ficava me encarando. tudo que eu queria era ser feliz um pouquinho. só um pouquinho.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Uma historia que fala sobre mim, que arranca lágrimas e soluços.

O COELHO DE PELÚCIA Como os Brinquedos se Tornam Reais por Margery Williams Natal Certa vez, havia um coelho de pelúcia (Era uma vez um coelho de pelúcia), e no começo ele era realmente esplêndido. Ele era gordo e recheado (rechonchudo), justamente como um coelho deveria ser. Seu pelo era marrom e branco, e ele era muito macio. Ele tinha bigodes de verdade, e suas orelhas eram forradas com cetim cor-de-rosa. Na manhã do Natal, quando ele estava sentado apertado no alto da meia do menino, com um galinho de erva entre suas patas, o efeito era charmoso. É claro que havia outros brinquedos naquele Natal, castanhas e laranjas e uma locomotiva de brinquedo, amêndoas de chocolate e um ratinho de corda, mas o Coelho era definitivamente o melhor de todos. Por pelo menos duas horas o menino o amou. E então, tias e tios vieram para jantar, e houve um grande farfalhar de papel de seda e de desembrulhar dos pacotes, e na excitação de olhar todos os presentes novos, o Coelho de Pelúcia foi esquecido. Os Brinquedos Por um longo tempo ele viveu no armário de brinquedos ou no assoalho do quarto das crianças, e ninguém pensava muito sobre ele. Ele era naturalmente tímido, e sendo feito somente de pelúcia, alguns dos brinquedos mais caros faziam pouco caso dele. Os brinquedos mecânicos, como o trenzinho de ferro, eram muito convencidos e se vangloriavam de serem reais. Mas o Coelho não podia afirmar ser um modelo de qualquer coisa, por ele não saber que coelhos reais existiam. Ele pensou (pensava) que todos eles eram preenchidos (recheados - estufados) com serragem como ele mesmo, e compreendeu (compreendia) que serragem era completamente fora de moda. Mesmo Timothy, o leão de madeira articulado, que foi (fora) feito (fabricado - confeccionado) por soldados aleijados, e deveria ter uma visão mais ampla, dava-se ares. Entre todos eles o pobre Coelhinho se sentia muito insignificante e comum, e (absolutamente) a única pessoa que era amável com ele era o Cavalo de Pele. O Cavalo de Pele O Cavalo de Pele tinha vivido por muito mais tempo no quarto de crianças do que qualquer um dos outros. Ele era tão velho que seu revestimento marrom estava careca nos remendos e mostrava as costuras embaixo, e a maioria dos pelos em sua cauda tinham sido arrancados para fazer (encordoar) colares de contas. Ele era sábio, porque ele tinha visto uma longa sucessão de brinquedos mecânicos chegar se gabando e andar com arrogância, e um a um quebrar suas molas principais e acabarem-se, ele sabia que eles eram apenas brinquedos, e nunca se tornariam qualquer outra coisa. Pois a mágica do quarto de criança é muito estranha e maravilhosa, e somente aqueles brinquedos que são velhos e sábios e experientes como o Cavalo de Pele, compreendem tudo isso. "O que é REAL?" perguntou o Coelho um dia. "Significa ter coisas que zumbem dentro de você e uma manivela saliente?" "Real não é como você é fabricado", disse o Cavalo de Pele. "É algo que acontece com você". "Quando uma criança o ama por um longo, longo tempo, não apenas para brincar (brinca) com você, mas REALMENTE ama você, então você se torna Real". "Isso machuca?" "Hummmmmm... às vezes", ele era sempre sincero. "Quando você é Real você não se preocupa em ser machucado". "Isso acontece tudo de repente, como quando alguém lhe dá corda ou aos poucos?" "Isso não acontece tudo de repente... Você se torna (transforma). Demora um longo tempo. Por isso não acontece freqüentemente para as pessoas que se quebram facilmente, ou que têm bordas afiadas, ou que têm que ser guardadas com cuidado". "Geralmente, quando você se torna Real, a maior parte de seu cabelo foi (amorosamente) arrancada, e seus olhos caem e você se torna frouxo nas juntas e muito surrado". Mas estas coisas não importam no entanto, porque uma vez que você é Real, você não pode ser feio, exceto para pessoas que não compreendem". "Eu suponho, você é real?" (Eu suponho que você seja real?) E então ele desejou não ter dito aquilo, porque ele pensou que o Cavalo de Pele poderia ficar sentido. Mas o Cavalo de Pele somente sorriu. "O Tio do Menino me tornou Real. Isso foi há muitos anos atrás, mas uma vez que você é Real você não pode tornar-se irreal outra vez. Isso dura para sempre." O Coelho suspirou. Ele pensou que seria um longo tempo (um longo tempo passaria) antes que esta mágica chamada Real acontecesse com ele. Ele ansiava tornar-se Real, para saber com que isso parece (o que sentiria). E ainda, a idéia de ficar surrado e de perder seus olhos e bigodes era demasiado triste. Ele desejava que pudesse se transformar (em Real) sem que estas coisas incômodas (desconfortáveis) acontecessem com ele. Nana Havia uma pessoa chamada Nana que governava o quarto das crianças. Às vezes ela não prestava atenção nos brinquedos (que encontravam-se) espalhados, e às vezes, sem qualquer motivo, de qualquer forma, ela ia (vinha) num vôo rasante como um grande vento e os jogava dentro dos armários. Ela chamava isso de "arrumando", e todos os brinquedos odiavam isso, especialmente os de lata. O Coelho não se importava tanto com isso, pois onde quer que ele fosse jogado ele caia suavemente (macio). Canção de ninar Uma noite, quando o Menino estava indo para a cama, ele não conseguia encontrar o cachorro de porcelana, que sempre dormia com ele. Nana estava com pressa, e era trabalhoso demais (muita agitação) procurar por cães de porcelana, e vendo que as portas do armário de brinquedos estavam (permaneciam) abertas, ela deu um mergulho (dentro): "Aqui, pegue seu velho Coelho! Ele servirá para dormir com você!" Naquela noite, e por muitas noites depois (a seguir), o Coelho de Pelúcia dormiu na cama do Menino. No início ele achava (isso) bastante desconfortável, porque o Menino o abraçava muito apertado, e às vezes rolava sobre ele, e às vezes ele o empurrava tão longe (tanto para) debaixo do travesseiro que o Coelho mal podia respirar. E ele sentia falta (tinha saudades) das suas conversas com o Cavalo de Pele durante aquelas longas horas de luar no quarto das crianças, quando toda a casa estava silenciosa. Mas muito cedo (logo) ele começou a gostar disso, pois o Menino costumava conversar (conversava) com ele, e fazia túneis agradáveis ('legais') para ele embaixo das cobertas e eles tinham esplêndidas brincadeiras juntos, em sussurros. E quando o Menino caia (caísse) no sono, o Coelho se aconchegaria (aconchegava) debaixo de seu queixo morno e pequeno e sonharia (sonhava), com as mãos do Menino segurando-o (ao seu redor) a noite toda. E assim o tempo passou (foi passando), e o Coelhinho era (estava) muito feliz, tão feliz que ele nunca se dava conta de como seu bonito pêlo de pelúcia estava ficando (se tornando) mais e mais surrado, E seu rabo começava a se a descosturar, e toda cor-de-rosa do seu nariz desbotava (desbotou) onde o Menino o tinha beijado (beijava). Primavera Veio a primavera, e eles tiveram longos dias no jardim, pois onde quer que o menino fosse o Coelho ia também. Ele tinha passeios (passeava) no carrinho de mão, e (tinha) piqueniques na grama, e encantadoras cabanas de fadas construídas para ele embaixo dos caules de framboesa atrás da borda florida. Uma vez o Menino foi chamado para sair de repente, e o Coelhinho foi deixado para fora no gramado até um longo tempo após o escurecer. Nana teve que vir procurá-lo com uma vela, porque o Menino estava tão preocupado com o Coelho que não podia dormir a menos que o Coelho estivesse em segurança em casa. Ele estava completamente molhado com o orvalho e com bastante terra de mergulhar nas tocas que o Menino tinha feito para ele no canteiro de flores. Nana resmungou: "Você tinha que ter seu velho Coelho! E pensar em todo esse rebuliço por um brinquedo!" "Dê-me meu Coelho! Você não deve dizer isso. Ele não é um brinquedo. Ele é REAL!" Quando o Coelhinho ouviu aquilo ele ficou feliz, pois ele sabia (soube) que aquilo que o Cavalo de Pele tinha dito era verdade enfim. A mágica do quarto das crianças tinha acontecido para (com) ele, e ele não era mais um brinquedo. Ele era REAL. O próprio Menino havia dito isso. Naquela noite ele estava quase feliz demais para dormir (tão feliz que não dormia), e tanto amor agitou seu pequeno coração de serragem, que quase estourou. E em seus olhos de botão de bota, que tinham há muito tempo perdido seu brilho, veio (apareceu) um olhar de sabedoria e beleza, de modo que mesmo Nana notou isso na manhã seguinte quando ela o pegou (levantou), e disse: "Eu acho que esse velho Coelho está adquirindo uma boa expressão de sabedoria!" (Eu acho que esse velho coelho não tinha exatamente essa expressão de sabedoria) Verão Aquele foi um verão maravilhoso! Perto da casa onde eles viviam havia um bosque, e durante as longas tardes de Junho o Menino gostava de ir lá com o Coelho do Pelúcia para brincar. E cada dia antes que o Menino fosse perambular para colher flores, ou brincar de bandido entre as árvores, ele fazia para o Coelho um pequeno ninho entre as samambaias, ele era um Menininho de bom coração (amável) e gostava que o Coelho estivesse confortável. Uma tarde, o Coelho estava sentado lá sozinho, observando as formigas. Dança de Coelho De repente, ele viu dois seres estranhos saírem lentamente das samambaias altas perto dele. Eles eram coelhos como ele, mas bastante peludos e novinhos em folha. Eles deveriam ter sido muito bem fabricados (feitos), pois suas costuras não apareciam de jeito nenhum, e eles mudavam de formato numa maneira estranha quando se moviam; num minuto estavam compridos e magros e no minuto seguinte, gordos e rechonchudos, em vez de sempre ficarem a mesma coisa como ele. Eles o fitaram, e o Coelhinho os fitou de volta. E o tempo todo seus narizes se mexiam. "Por que você não se levanta e brinca conosco?", um deles perguntou. "Eu não tenho vontade", disse o Coelho, pois ele não quis explicar que não tinha um mecanismo de corda. "Eu acho que você não pode!" (Eu não acredito que você possa!) "Eu posso! Eu posso saltar mais alto que qualquer coisa". Ele se referia a (queria/quis dizer) quando o Menino o jogava, mas naturalmente não queria dizer (revelar) isso. "Você pode pular nas suas pernas (patas) traseiras?" Aquela era uma pergunta (Isso foi uma pergunta) terrível, porque o Coelho de Pelúcia não tinha pernas (patas) traseiras de jeito nenhum! Ele sentou (ficou sentado) quieto (imóvel) nas samambaias, e esperava que os outros coelhos não notassem (notariam). "Eu não quero!" ele disse outra vez. Mas os coelhos selvagens tinham olhos afiados (vigilantes). E esse esticou seu pescoço e olhou. "Ele não tem patas traseiras", e ele começou a rir. "Eu tenho! Eu tenho pernas traseiras! Estou sentando nelas" "Entao estique-as e mostre-me, assim!" e ele começou a girar (rodopiar) e dançar. "Eu não gosto de dançar. Eu preferia (prefiro) sentar quieto!" Mas o tempo todo ele estava louco para (desejava) dançar, porque ele foi tomado por um novo sentimento engraçado como uma cócega (um novo sentimento engraçado de fazer cócegas passou por ele), e ele sentiu que daria qualquer coisa no mundo para poder pular como aqueles coelhos. O estranho coelho parou de dançar, e chegou bem perto. "Ele não cheira bem! Ele não é nenhum coelho! Ele não é real!" "Eu SOU real! Eu sou REAL! O Menino disse!" E quase ele começou a chorar. Naquele instante (então) houve o som de passos, e o Menino os passou correndo perto deles, e com um estampido de pés e um lampejo de rabos brancos os dois estranhos coelhos sumiram (desapareceram). "Voltem aqui e brinquem comigo! Oh, voltem mesmo (por favor)! Eu SEI que eu sou Real!" Mas não houve resposta. O Coelho de Pelúcia estava completamente sozinho. Ser Surrado (o desgaste, estar velho e gasto) Não Importa "Meu Deus! (Puxa vida! - Oh, querido!) Porque eles correram (fugiram - foram embora) assim? Porque eles não puderam ficar e (para) conversar comigo?" Por muito tempo ele ficou sentado (sentou) muito quieto, olhando para as samambaias, e esperando que eles voltassem (voltariam). Mas eles nunca voltaram, e logo o sol foi se recolhendo (baixando - afundando) e as pequenas mariposas brancas bateram as asas, e o Menino veio e o levou para casa. Passaram-se semanas, e o Coelhinho se tornou muito velho e surrado, mas o Menino o amava tanto quanto (do mesmo jeito - o mesmo tanto). Ele o amava tanto, que amava a falta de todos os bigodes, e o forro cor-de- rosa de suas orelhas ficou cinza. Ele até começou a perder o seu formato, e ele quase não parecia mais um coelho, exceto para o Menino. Para ele, ele era sempre bonito, e isso era tudo com que o Coelhinho se preocupava. Ele não se importava com sua aparência (como ele se parecia) para outras pessoas, porque a mágica do quarto das crianças o tinha tornado Real, e quando você é Real, o desgaste (ser surrado) não importa. Momentos de Ansiedade (agitados) E então, um dia, o Menino ficou (estava) doente. Seu rosto ficou muito corado (vermelho), e ele conversava enquanto dormia, e o seu corpinho estava tão quente que queimava o Coelhinho quando ele o abraçava. Pessoas estranhas vinham e entravam no quarto de crianças, e uma luz ficou acesa a noite toda e durante todo o período (com tudo isso) o Coelhinho vigiava e nunca se movia. Foi um longo período cansativo, pois o Menino estava doente demais (muito doente) para brincar, mas ele sabia que o Menino precisava dele. E quando (enquanto) o Menino estava sonolento (meio adormecido) o Coelhinho chegava bem pertinho do travesseiro e susurrava todo tipo de planos encantadores (deliciosos) para quando o Menino estivesse recuperado de novo (bom outra vez). Eles iriam (sairiam) para o jardim entre as flores e borboletas e se divertiriam muito entre as (moitas de) framboesas, assim como costumavam fazer (como sempre). Finalmente, a febre baixou, e o Menino melhorou. Ele podia se sentar na cama e olhar os livros de desenhos (ilustrações - gravuras), enquanto o Coelhino se aninhava (abraçava) bem perto (junto) ao lado dele. E um dia o deixaram se levantar e se vestir. Eles tinham levado (levaram) o Menino para fora na varanda (terraço), agasalhado (enrolado - envolvido) num xale, e o Coelhinho sentou enroscado na roupa de cama, ouvindo. O Menino estava indo para a praia amanhã. Tudo estava certo (arranjado), e agora somente restava obedecer às ordens do médico. O quarto ia ser desinfetado, e todos os livros e brinquedos com quais o Menino tinha brincado na cama deviam ser quiemados. "Hurrah!" pensou o Coelhinho, "Amanha nós vamos (iremos) à praia!" Naquele momento Nana o viu (se deu conta dele). "E o seu velho Coelhinho?" "Aquele?" disse o médico. "Por que? (Ora!) É uma bolha de germes de escarlatina! - Queime-o imediatamente. O que? Absurdo! Dê-lhe um novo. Ele não deve ter mais aquele!" A Fada E assim, o Coelhinho foi colocado num saco com os velhos livros de gravuras e muito lixo, e levado até o final do jardim, atrás da casa de aves. Aquele era um ótimo lugar para fazer uma fogueira, mas (apenas) o jardineiro estava ocupado demais naquele momento para fazer isso. Ele tinha que cavar as batatas e colher as ervilhas, mas na manhã seguinte ele prometeu chegar bem cedo e queimar tudo. Naquela noite o Menino dormiu num quarto diferente, e ele tinha um coelho novo para dormir com ele. Era um coelho esplêndido, todo de pelúcia branca com olhos de vidro genuínos, mas o Menino estava excitado demais para prestar muita atenção (para se preocupar com isso). Porque amanhã ele ia à praia, e isso em si era uma coisa tão maravilhosa que ele não podia pensar em mais nada. E enquanto o Menino dormia, o Coelhinho deitava (estava deitado) entre os livros de ilustrações no canto atrás da casa de aves, e ele se sentiu muito solitário. Ele estava tremendo um pouco, pois sempre esteve acostumado a dormir numa cama quente e agradável, e agora sua pele tinha ficado tão fina e gasta dos abraços que não o protegia mais. Por perto ele podia ver as moitas de caules de framboesa, em cujas sombras ele tinha brincado com o Menino em manhãs passadas. Ele pensou naquelas horas ensolaradas no jardim - como eles eram felizes - e ele ficou muito triste. Ele parecia vê-las todas passando na sua frente, cada uma mais bonita do que a outra, o canteiro de flores, as tardes quietas no bosque quando ele deitava entre as samambaias e as formiguinhas corriam por cima de suas patas; o dia maravilhoso no qual (em que) pela primeira vez ele soube (descobriu) que era Real. Ele pensou no Cavalo de Pele, tão sábio e gentil, e tudo que ele tinha lhe contado. E uma lágrima, uma lágrima real escorreu pelo seu nariz surrado de veludo e caiu no chão. E então uma coisa maravilhosa aconteceu. Pois onde a lágrima tinha caído cresceu uma flor misteriosa, que não parecia nada com qualquer outra que crescia no jardim. Ela era tão bonita que o Coelhinho se esqueceu de chorar, e apenas sentou lá olhando-a. Então de repente, o botão (a flor) abriu, e para fora saiu a fada mais bonita de todo o mundo. Ela chegou perto do Coelhinho e o pegou em seus braços e o beijou em seu nariz de pelúcia que estava todo úmido de chorar. "Coelhinho, você não sabe quem sou eu?" O Coelho olhou para ela, e parecia que ele a tinha visto antes, mas não podia pensar (lembrar) onde. "Eu sou a Fada Mágica do quarto das crianças. Eu cuido (tomo conta) de todos os brinquedos que as crianças amaram. Quando eles estão velhos e gastos, e as crianças não precisam mais deles, então eu venho e os levo embora e os torno Reais." "Eu não era Real antes?" "Você era Real para o Menino, porque ele o amava. Agora você será Real para todo mundo." Voando E ela segurou o Coelhinho apertado em seus braços e voou com ele para dentro do bosque. Estava claro agora, porque a lua tinha nascido. Toda a floresta (vegetação) estava lindo, e as folhas das samambaias brilharam como prata coberta de gelo (gelada). Na clareira aberta entre os troncos das árvores os coelhos selvagens dançavam com suas sombras na grama aveludada, mas quando viram a Fada todos eles pararam de dançar e ficaram num (formaram um) círculo para fita-la (observa-la). "Eu trouxe (para vocês) um novo amigo para brincar. Vocês devem ser muito gentis com ele e lhe ensinar tudo que ele precisa (necessita) saber na Terra dos Coelhos, porque ele vai viver com vocês para sempre." E ela beijou o Coelhinho de novo. "Corra e brinque, Coelhinho!" Mas o Coelhinho sentou totalmente imóvel por um instante e não se moveu. Pois quando ele viu todos os coelhos selvagens dançando em volta dele ele se lembrou das suas patas traseiras, e ele não queria que eles vissem que ele era feito (fabricado) todo em uma única peça. Ele não sabia que quando a Fada o beijou aquela última vez ela o tinha mudado completamente (todo). E talvez ele ficasse sentado lá por muito tempo, tímido demais para se mover, se naquele momento alguma coisa não tivesse feito coçegas em seu nariz, e antes dele pensar o que estava fazendo ele levantou o dedo da pata traseira para coçá-lo. Ele realmente tinha patas traseiras! Em vez de pelúcia desbotada ele tinha pêlo marrom, macio e brilhante, suas orelhas se contraiam sozinhas, e seus bigodes eram tão longos que eles roçavam a grama. Ele deu um pulo (salto) e a alegria de usar aquelas patas traseiras era tão grande que ele foi pulando na grama com eles, pulando de lado (a lado) e rodopiando como os outros faziam, e ele ficou (foi ficando) tão excitado que quando finalmente ele parou para agradeçer à Fada, ela tinha partido. Ele era um Coelho Real enfim, em casa com os outros coelhos. Retornando (O retorno) O outono passou. E o inverno. E na primavera, enquanto o Menino estava fora brincando no bosque, dois coelhos saíram lentamente (insinuaram-se - rastejaram) e espiaram (surgiram - se deixaram ver) para ele. Um deles era todo marrom, mas o outro tinha marcas embaixo do seu pelo. E em volta do seu pequeno nariz macio e seus olhos pretos redondos havia algo familiar, e assim o Menino pensou: "Ora, ele parece exatamente como meu velho Coelho que se perdeu quando eu tive escarlatina!" Mas ele nunca soube que era realmente seu próprio Coelho, que voltou (voltara) para olhar a criança que, pela primeira vez, tinha lhe ajudado a ser (se tornar) Real.

domingo, 8 de dezembro de 2013

Da ultima vez que ela me matou.

Nao eram 23hrs ainda, e eu achei que estava indo bem, quando as palavras dela me atingiram como punhais nas costas. Quero dizer ja fazia um pouco mais de 2 semanas, e eu estava tentando, e eu me sentia um pouco melhor, tudo bem que eu tentava muito nao pensar sobre ela, ou me perguntar como ela estava, eu estava tentando ser normal, disfarçar minha dor com risadas e alcool. Eu estava quieta, na minha, falando com pessoas as quais eu nao tinha o menor interesse, quando ela apareceu. Eu nunca pensei que ela pudesse me machucar tanto. Dizendo coisas que nao faziam sentido pra mim, me acusando de algo que eu nao fazia a menor idéia, ainda nao faço. Fico pensando o que poderia ter sido. O ask? Alguma coisa que eu postei aqui? Algo que inventaram ao meu respeito? Eu nao sei, eu nunca vou saber... Doeu, e doi agora, logo agora que eu pensei estar fechando a ferida. Me sinto fragil e vulneravel. Eu então perdi o controle, o celular indo contra o chão. Me sinto horrivel, me sinto um bosta. Me sinto um nada. Eu nao pensei que essa dor pudesse vir a tona novamente. Ela despertou em mim um monstro horrivel. Eu teria dado um tiro na minha cabeça naquela hora. Eu simplesmente nao suporto mais essa dor, as ironias dela, as acusações sem sentido. Dizendo que eu minto, que eu sou falsa, que nao acredita em mim. Voce imagina isso? Voce imagina dar a sua vida por alguem e depois ouvir ela dizer que 'nao sabe quem voce era'? A dor me pegou desprevinida, de guarda baixa, eu gostaria de morrer para nunca mais passar por isso. Ela me matou. Ela esta sempre tripudiando, chutando um cachorro morto. Acho que isso que ela faz comigo, nunca fez com ninguem antes. Eu nao podia me machucar de novo, eu nao podia... Agora tudo está uma confusao outra vez. E eu me odeio. Eu nao podia sangrar outra vez. Agora ela me disse que 'entrou na vida de alguem que tambem precisa de luz' e eu disse: cuide bem do seu amor, seja quem for''. Ela esta cuidando de alguem, enquando eu, estou morrendo sozinha. Que ironia é a vida. Devo ser alguem muito horrivel para estar acorrentada nessa solidão. E a parte mais engraçada? Estou feliz por ela estar feliz.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Um dia eu acordei...

E nem pude acreditar. Tudo que eu quis, tudo pelo qual eu chorei, tudo pelo qual eu sangrei havia perdido o sentido. E eu finalmente me senti feliz. Feliz, motivos, sem porque, apenas contente comigo mesma. Com o sol que atravessava a janela me aquecendo. Nada mais tinha importância. Eu me sentia completa de novo, nenhum pedaço de mim estava faltando, e eu nao precisava mais de ninguem para preencher o vazio, porque nao existia mais vazio. Nao existia dor, nao existia raiva, nao existia mágoa. O peito nao doía, nem que fosse minimamente. Era como se nada tivesse acontecido. Existia uma cicatriz grossa, mas nao passava disso, de uma cicatriz que há muito tempo estava fechada. Agora eu estava quase o tempo todo feliz, quando nao estava feliz, estava num profundo estado de satisfação. Tudo no lugar, tudo certo. Nao havia motivo para reclamar, para chorar, para resmungar, para ficar mal humorada. Eu estava bem. E eu me sentia feliz por isso. Apenas por isso. Eu nem acreditava! Todos estavam espantados. Minha mae de olhos regalados com o milagre. Meus amigos me parabenizando e comemorando. Se me contassem, eu nao acreditaria. De todas as vezes que tentei me matar, ou que pensei em tirar a vida, agradeço por nao ter conseguido. Seria um disperdicio acabar com a minha vida, ninguem vale tanto assim. E se existe algo que eu aprendi para levar pelo resto da vida foi isso. Ninguem vale tanto assim. E foi assim que aconteceu ...um dia eu acordei.