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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

vírus

Quando as coisas vão mal, eu sinto medo, nao saberia dizer exatamente o que me amedronta. Crises frequentes, e tantos pensamentos que poderiam dar origem ao melhor filme de ficção cientifica de todos os tempos rondam minha mente. Tenho medo de ficar tao doente a ponto de nao poder mais cuidar dela. Tenho medo de qualquer coisa que a possa ferir, tenho medo de quase tudo. Tenho medo de morrer. É a primeira vez que sinto isso, é a primeira vez que me vê dizendo isso, não é medo do depois, nem de ir pro céu o pro inferno se é que existe isso, é medo de deixa-la sozinha, as vezes sinto que por mais que eu tente nao consigo melhorar, como se vivesse constantemente doente. Na verdade, desde criança nao sou capaz de me lembrar de nenhum dia da minha vida em que estivesse perfeitamente saudavel, mas isso... isso é muito diferente de tudo. Acho que um dia, vai haver um apocalipse, alguma coisa monstruosa, que eu tremo por dentro só de pensar, um dia tudo isso que vivemos sera completamente destruido, nao vai restar nada, nem luz, nem nada, essas palavras seram completamente esquecidas, essas minhas memorias, mas quando isso acontecer, eu estarei com ela, mesmo que o mundo acabe, mesmo que tudo esteja no fim, mesmo quando nada mais sobrar, eu estarei com ela, para sempre, pelo resto dos meus dias, eu nunca vou desistir. E se isso nao é amor, eu nao sei o que poderia ser.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

just not today

Minha saliva, de tão amarga e espessa mal sou capaz de engoli-la. Meu coração que de tao cansado e dolorido pensa duas vezes antes de pulsar, porque dói. Simplesmente porque dói. O peito até estremece quando o ar entra nos pulmões, se eu pudesse fechar os olhos e acordar em outro lugar, talvez eu fosse para uma daquelas montanhas na Africa, quentes, deitar em algum lugar pelas savanas, e chorar. Engraçado como a gente precisa ir tao longe só pra chorar. Incompreensao que preenche todos os cantos desse cômodo. Viver tem se tornado insuportavel, coisas simples colocariam tudo no lugar, mas eu nao posso nem pensar em pronunciar as palavras novamente. Sempre sendo levada na brincadeira, sempre fodendo com tudo, sempre desgraçando tudo mesmo quando eu só estou tentando arrumar. Queria desintegrar no espaço, desaparecer, a unica forma que encontro de aliviar as pessoas que eu amo desse sofrimento. Eu sou um tipo de praga que invade a vida dos outros e destroe tudo, eu sou um virus nojento, o unico verme que eu encontro por aqui sou eu. Eu nao posso explicar, eu nao posso consertar, eu nao posso por tudo no lugar, eu nao posso fazer ninguem feliz, eu nao posso mais viver, nao desse jeito, nao aqui. Eu desde entao fiz tudo que pude, nao fiz muito, nao fiz nada de significativo, mas sempre fiz o que esteve ao meu alcance. No entanto, nada nunca foi bom o suficiente, e amar nunca foi justificativa para coisa alguma. Estou aprendendo da forma mais dificil que amar nao é o bastante.

domingo, 4 de setembro de 2011

Sobre abstinencia...

É apenas como se eu tivesse doente, com esse descontrole, com essa vontade constante de matar, tudo que eu vejo. Nao falo no sentido literal, no sentido revoltado ou engraçado, falo com todo o odio que sinto, com todas as forças, falo com toda a tristeza q sinto quando me dou conta de que nao consigo mudar. Tão triste e chateada, como quando todas as coisas dão errado. A questao nao é que tudo da errado sempre, mas que NADA nunca dá certo. Estou viciada numa droga que o meu dinheiro nao compra, viciada num perfume, viciada num tom de voz, viciada num beijo, viciada numa pessoa que é só minha. É tudo tão patetico, tao adolescente e boba a forma como me desespero, mas preciso dela, até mais do que preciso de ar. É como se eu estivesse morrendo. Morrendo de tristeza, de solidao, de abstinencia, de saudade.