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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

ressaca sentimental, moletas, e livros idiotas.

Talvez eu só esteja com uma ressaca sentimental muito forte. Mas me sinto como na vez que eu entrei em coma. Quando acordei no dia seguinte, e meu peito doía por causa do aparelho, e como e nao sentia minhas maos, como nao conseguia manter uma conversa extensa sem me perder naquilo que eu dizia, sem me lembrar daquilo que eu estava dizendo, da forma como eu nem mesmo podia sentir o cheiro de desinfetantes, ou ate mesmo perfumes e abacaxi, porque o cheiro que me lembrava alcool me fazia correr pro banheiro e vomitar. E como eu nunca mais fui a mesma depois daquele dia. Me sinto assim, sem conseguir ver filmes de comédias romanticas, sem conseguir ver nada onde tenham duas pessoas felizes se beijando e rindo e toda aquela baboseira. Sempre desvio os olhos, sempre, mesmo que inconscientemente. É uma coisa que eu nao posso suportar. Acho que nunca mais vou conseguir de fato me envolver com ninguem, sou um carro quebrado, que nao da partida, que nao sai do lugar. A palavra casamento me da nojo. Nao é por mal... E entao, nao penso mais sobre o futuro, assim, em mim com familia e bla bla bla. Se penso em mim, penso daqui 5 anos, me formando no meu doutorado, sendo PhD, dando aula talvez, ou fazendo trabalhos voluntarios, fazendo alguma coisa de util. Tentando ser boa para qualquer um que precise. Eu nao posso me envolver com ninguem, pois nao tenho o que oferecer. Nao tenho nada a oferecer. Nao tenho carinho, nao tenho tesao, nao tenho amor. Nao para o fim que as pessoas esperam de mim. Nada de romance, nao me espere ligando para dar bom dia, ou escrevendo bilhetinhos de 'eu te amo' tudo o que eu tinha dei a quem nao o queria, agora, acabou. Que pena... Nao estou me lamentando, de forma alguma, tao pouco me sinto triste, quer dizer, é um fato nao é? Quem perde uma perna nao chora o resto da vida, apenas aprende a conviver com isso, tipo nunca mais será completo. Anda de moletas pro resto da vida. E eu, tambem vou ter que me acostumar a andar com um par de moletas, pro resto da vida, embora nao tivesse perdido uma perna. Perna cicatriza. Coração nao. A gente aprende a ignorar o que ajuda. Parece que faz TANTO tempo que nem me lembro mais o que é ser completo. Bem ridiculo. Bem cliche. Volto a ressaltar, nao estou reclamando, minha vida ate que esta bem legal, bem boa, animada até, eu diria. Só da uma vontade de conversar as vezes, de ser sincero. Comigo mesma. Isso se deve ao fato de eu estar lendo lua nova, ai ai, romance adolescente idiota, que diz tanto sobre mim, que se mudasse os nomes dos personagens poderia ser o livro sobre uma lesbica que se apaixona por uma hetero, ao inves de ser uma humana que se apaixona por um vampiro. A humana e a lesbica tem suas semelhanças, ambas idiotas esquisitas e retardadas. O vampiro e a hetero tambem, sabe como é, mulheres, maquiagem, pó na cara, personalidade bipolar, bla bla bla... Poderia ate ser engraçado, se nao fosse comigo. Humn. A diferença, é que o vampiro morria de amores pela humana, e nao conseguia imaginar a vida dele sem ela... bom... nao é o que acontece no meu caso. Grande bosta, ja estou eu comparando minha vida idiota com um livro idiota. É consolador saber que ninguem nunca vai ler isso tudo até o fim, me poupa de parecer uma adolescente idiota de 15 anos. De qualquer forma, vou voltar a ler o livro, pelo menos na historia da tudo certo. Na vida tambem dá, mas nem sempre do jeito que a gente quer. E depois de tudo, ainda fico esperando que um dia ela vá dizer, as palavras magicas que eu gostaria de ouvir. Quem sabe, dia 21, fim do mundo, as pessoas ficam mais propensas a dizer coisas que nao tem coragem quando estao sob a ameaça do exterminio da raça humana. Como se eu fosse grande coisa mesmo, como se eu valesse apena. Enfim! la vamos nós, pagina 94, penúltimo paragrafo: Perguntei-me quanto tempo aquilo ia durar. Talvez um dia, anos, mais tarde - se a do...

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