As coisas vão mudar. Eu vou ser alguém. Gostaria de ter feito isso por ela. Gostaria de ter feito isso por nós. Gostaria de termos conseguido isso juntas. Ela não quis. Ela falava sobre como eu deveria fazer tudo por mim mesma, e como eu deveria crescer e como eu deveria amadurecer, enquanto minha expressão ia se tornando dura feito pedra, e a saliva, grossa e amarga, como fél. Se é que é assim que se escreve. E se eu nao fui o suficiente, se nao fomos. Farei isso, por ninguem. Farei isso pela dor, farei isso, para que o tempo feche mais rapido minhas cicatrizes que as palavras dela me causaram. É dificil escrever isso, me dói. Nao vou olhar para os lados, nao vou me importar com mais nada. Nao vou ser nunca mais o que fui. E de longe vou espiar pelas frestas da sua vida, sua felicidade, seus sorrisos que nao sao mais meus, seu coração batendo forte por alguem que nao sou eu. E cada vez, vai sangrar, e cada vez, vai machucar mais. E mais. Mas eu vou ser alguem. A minha arte há de mudar esse mundo. E eu vou ser alguem. Alguem com quem voce gostaria de estar. Mas talvez se passe muito tempo, talvez voce nem mesmo veja isso. De qualquer forma, eu vou ser alguem. E como diria meu velho amigo Caio. E as coisas vao mudar, nem que eu lute contra mim todos os dias.
sexta-feira, 15 de junho de 2012
junho
Eu vivia esperando, mesmo quando eu sabia que ela nao viria eu esperava. Contava os segundos, os minutos, e calculava quanto tempo levaria de lá até aqui. E acreditava, que de repente ela bateria na porta e abriria de vagarinho como sempre fazia. Mas ela nao viria. Nao hoje. Nao nesse frio, nao com essa chuva, nao aqui. Mesmo assim, esperava, que nem a chuva, nem o frio, a impediria. Nao hoje. Nao aqui. Nao que ela nao quisesse, claro que queria, mas com esse tempo. E se fosse o contrario, claro que eu iria. Mas ela nao. Nao hoje. Nao com esse tempo. Meu coração martelava. Era chato, o coração mais chato do mundo. Mas acreditava. Acreditava em tudo, em cada palavra, e acreditava até mesmo quando ela nao dizia nada, acreditava, no possível, no impossível, no provável, no improvável. Achava que todo mundo amava igual, que todo mundo deveria amar igual. Só porque amava demais. Mas nem todo mundo amava demais, e nem todo mundo amava igual, e nem todo mundo acreditava, e nem todo mundo… todo mundo. todo. mundo. mundo. Engraçado como algumas palavras que tem um sentido cheio por assim dizer, possa te fazer sentir ainda mais sozinho, como todo, e como mundo. De repente estava sozinha, no seu quarto, na sua casa, no seu bairro, na sua cidade, no seu estado, no seu país, no seu continente, e no seu mundo. Ninguém apareceria hoje. Não hoje. Nao aqui. Nao com esse tempo. Ainda poderia esperar mais 30 minutos. E olhar o relógio, fazia o coração martelar, ainda mais, ainda com mais força. Boba. Parecia coração de criança. Coração bobo. Exagerado como só ele haveria de ser. Coração bobo. Bobo, bobo, bobo. Mas que doía. Doía demais. Doía tanto por tão pouco. Coração pirracento. Será que nao entendia que nem tudo poderia ser como quer? Na hora que quer? Mas contudo, porque nao? Pois pedia tão pouco. Nao pedia nada além do que merecia, na verdade, pedia bem menos do que merecia. Pedia apenas o suficiente para bater feliz. E ainda assim, nem tanto, o suficiente para nao martelar. Mas, nao com esse tempo. Nao aqui. Nao hoje.
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tanto faz
Eu passo tanto tempo sem dizer uma só palavra, sem emitir som, sem forçar meu maxilar mais do que o necessário para ingerir alimento ou substancia, ou escovar os dentes, que quando tento abrir a boca um pouco mais, parece que vou rasgar os cantos da boca ou que meu queixo vai cair, no sentir literal. Tanto faz. Nessa casa nova, nada tenho eu a fazer alem de… bom, nada. Sinto falta de escrever no meu blog de madrugada, então me contento com o editor de textos. Ja que nao tenho internet. Anyway. Passo tanto tempo atoa que deu até para escrever 2 livros! haha Nada muito bom, eu admito, o primeiro é uma auto-biografia. Embora já tenha terminado de escrever, ela nao está completa. Falta muito. Humn, na verdade nem tanto. É que fiquei com preguiça de escrever mesmo. E também no caso dos meus pais lerem, gostaria de poupa-los, dos meus dias de bebedeira, e afins. Mas fui sincera como nunca havia sido até então, pelo menos publicamente. Passo bastante tempo lendo, ou escrevendo, ou dormindo, ou lendo artigos. Meu único contato com o mundo exterior, é meu iphone, aquela caixinha de metal pesadinha, que nao me deixa perder completamente a noção do mundo ai fora, já que tenho saído tão pouco nos últimos tempos. Mas sabe como é internet móvel né?! Coisa do capeta mesmo. Mas consigo abrir as paginas que eu desejo e vez por outra ainda tenho que aturar minha namorada dizendo que eu fico adicionando fulana ou sicrana. Sim, no feminino. Realmente, toda hora aparece ''BROKEN começou uma nova amizade com @$##@%@'' E são sempre pessoas que eu não faço a menor idéia de onde surgiram. Enfim, isso só começou a acontecer depois que passei a usar o face do iphone. Apenas uma falha na usabilidade de um aparelho que nao me deixa nada a desejar. Esses dias eu estava assim de madrugada sem nada para fazer lendo alguns artigos, e encontrei um no qual um caipira idiota reclamava do seu macbook. Curiosa, para saber o que tanto de defeito o aparelho continha, li todo o artigo dele - que era longo - o único argumento que ele tinha era que as bordas do macbook White, eram desconfortáveis machucando os 'frágeis' pulsos da donzela, e que o aparelho era horrível por ter somente duas entradas usb e o teclado ser americano. Era cômico. Isso que dá por um equipamento de alta qualidade e desempenho na mão de qualquer um. Uma maquina que só merece elogios pelo seu sistema operacional e pela rapidez com a qual processa os dados. E o cara vem reclamar que as bordas machucam o pulso e 2 entradas usb são poucas? Ah, por favor, pra atualizar status de rede social e entrar no msn um Positivo estava de bom tamanho. Realmente, os acentos são um problema, mas rapidamente você descobre os atalhos, e pronto, é automático. Sem contar que te faz escrever corretamente, evitando vícios e erros ortográficos. Então fui atras de mais artigos como esse que criticavam os macs. E era sempre a mesma baboseira, gente preguiçosa, que nao sabia por acento e ficava puto por nao saber usar o Finder. Tão acostumados com o Iniciar, tinha nego querendo dar tiro no meio da testa. Devia ter dado mesmo. A pessoa perde tempo escrevendo um post sobre uma maquina que nao deixa nada a desejar, mas nao perde 2 minutos para descobrir onde estão os acentos. Mas também, nao dá pra esperar muita evolução intelectual de uma pessoa que ainda deve usar o Internet Explorer como navegador padrão nao é? haha Eu também podia estar fazendo qualquer coisa mais interessante ao invés de falar mal de quem fala mal do OS X (operacional system x) E também como sei que ninguém lê isso, me sinto a vontade para esculachar quem eu quiser. Esculachar é uma palavra estranha… humn enfim. Once you go mac, you never go back. Ja é de madrugada, e faz tempo, meu sono, cadê? Escrevo no escuro, evitando olhar para qualquer outra coisa que nao seja a tela brilhante. Morro de medo do escuro. Estou com fome, ultimamente estou sempre com fome. Mas quase nao como, por pura preguiça mesmo. Eu almoço as 15hrs, janto as 22hrs e no resto do tempo estou dormindo, lendo, ou vendo qualquer coisa sobre zombies, nao dá vontade de comer. Preguiça mesmo. A Dani ficaria louca de ler isso.
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- domingo 3 de junho de 2012 - 2:35 a.m
Minhas mãos doíam de tal forma que nao me deixavam dormir. As mãos, os punhos, os pulsos, os braços. Eu deitava, e ainda assim, sentia meus braços cansados. Como se nao pudessem descansar. Era 4:30 da madrugada. Eu havia passado as ultimas 4 horas debruçada sobre uma pilha de folhas sufite, rabiscando, e rabiscando, e rabiscando, com um pequeno pedaço de giz de cera preto, que ia se tornando cada vez menor. E quanto menor ele se tornava, mais força eu tinha que fazer para conseguir firma-lo em meus dedos para continuar escrevendo. Desenhando. Rabiscando. Doía infernalmente. Eram 4:30 da madrugada, quando eu me deitei, ainda elétrica, sem sono. Fitando as sombras nas paredes, rezando para que eu caísse logo no sono, para que amanhecesse logo e eu pudesse te ver. Eram 5 horas e eu me sentia tão feliz por ser sábado, que nao conseguia pregar os olhos, dali há poucas horas você estaria aqui. Eu mal podia esperar, eu queria te mostrar o que eu estava fazendo para você. Você ia gostar muito, eu acho. Era meio dia e pouco quando sinto meu celular vibrar, nao sabia distinguir o sonho do real, e nao sabia se o vibrar estava mesmo acontecendo ou era fruto da minha imaginação. Vibrou de novo, era você, duas mensagens. Eu mal conseguia abrir meus olhos, tentei digitar o melhor que pude. Mas depois quando rê-lí as mensagens novamente, era difícil entender o dialeto que eu mesma havia escrito. Era mais de uma hora quando você me liga, irritada, estúpida, dizendo que eu era folgada, que eu nao dava importância ao que você queria, e um monte de outras coisas que você cuspia feito fogo, mas em outras palavras. E então você disse que eu era igual á nao sei quem que você namorou. Eu poderia aguentar suas grosserias, suas patadas e o que mais viesse, mas ser comparada aqueles idiotas, nao, isso nao dava pra engolir. Fui te buscar no ponto, fiz barraco mesmo, Estava prestes a explodir. Podia matar alguém aquela hora. E você, calada, como se eu tivesse surtado a troco de nada. Depois de tudo que eu fiz e passei para ficar com você, você vem me jogar na cara que eu sou igual aqueles retardados que voce beijou? Ah! Por favor! Eu preferia ser comparada á merda do cachorro. E ai chegamos em casa, eu irritada demais para conversar civilizadamente, e voce com aquela cara de 'voce me decepcionou' Aquela dor maldita no peito martelava novamente, aquela dor desgraçada. Dando socos no meu peito. Aos longo da tarde nosso humor foi melhorando. Mas se eu dizia 'te amo' ouvia o silêncio como resposta, se tencionava te dar um beijo, voce virava o rosto para o outro lado. Nao conversamos. Dormimos. Dormi. Eu acho. Quando voce foi embora, comecei a assistir um desses programas de humor que nao tem graça nenhuma. Ri até chorar. Mas na verdade estava rindo para nao chorar. Rindo de desespero. Grata pelas lágrimas de riso se misturarem com as de desespero e assim minha mãe nao acharia estranho me ver com os olhos escorrendo quando entrasse no quarto de surpresa. Eu ria até nao poder mais. Mas as lágrimas que caiam nao eram dos risos. Nos sabemos muito bem. Eu sei muito bem. O riso era alto, e até me faltava ar, mas no fundo, eram gritos. E pancadas. Como eu podia amar tanto uma pessoa que me machucava tanto? Uma pessoa que mesmo apenas com o silêncio era capaz de me ferir assim, tão profundamente. E doía, e martelava, e me arrebentava o peito. Me arrebenta agora. Me arrebentava anos atras. Me arrebentará muitos anos a mais. Um buraco gigantesco no meio do peito. Dolorido. Quanto mais eu ainda teria que passar até que a tormenta tivesse fim. Nao tenho dúvidas que é voce, quem vai me fazer feliz até o fim. Mas quanto mais suportaremos até ter um final feliz? Eu merecia mais do que voce me dá. Eu merecia um pouco de amor, só amor, sem pancadas. Sem hematomas. Sem marteladas. Voce sempre diz que me ama de um jeito que eu nao posso imaginar. Mas nao parece. Esse amor com o pé atras, amor desconfiado, pra mim, nao funciona. Dizem que nao é porque alguém nao te ama como voce quer, que essa pessoa nao te ame com tudo que pode. Mas pra mim, isso nao é suficiente. Eu nao trabalho? Eu nao estudo? Eu nao faço nada? Isso te irrita? Mas e quando eu trabalhava e estudava e fazia tudo junto? Voce nao dava a mínima também. Estou cansada, magoada, machucada, arrebentada com as porradas que a vida me dá. Nao sobrou nada de quem eu era. Nao sobrou orgulho, nao sobrou alegria, nao sobrou amor próprio. Nada. Eu mudei tanto, achando que tinha mudado para melhor, achando que havia me tornado alguém digno de voce amar. E no final, me tornei alguém que voce nao suporta, que faz tudo errado o tempo todo. O que adianto virar gente, se voce gostava mesmo, era quando eu nao prestava? Mas eu nem sei mais como é nao prestar. Nao sei mais ser marrenta. Nao sei ser como eu era. A minha alegria era te fazer feliz, mas nem isso eu sou mais capaz. No fundo, talvez voce tenha razão, eu sou um nada. Sou igual seus ex idiotas. Sou uma idiota, igual a eles, que pensava que alguém como voce realmente poderia amar alguém como eu. Quem nao aguenta o tranco é voce. Quem tem medo é voce. Quem foge quando o circo pega fogo é voce. Eu sempre estive aqui. No mesmo lugar, o tempo todo. Fazendo o possível, e o impossível para te fazer feliz, para te merecer. E o que eu ganhei em troca? Um pouco de amor e meia dúzia de pedras. Parece mesmo é que eu estou morrendo. De dentro para fora. Como se voce estivesse matando tudo de bom que voce cultivou em mim. Sinto falta de voce me amar. Sinto falta de ser aquela pessoa que fazia seu dia mais feliz. Mas essa pessoa voce também matou.
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08 de junho
Nao era raro se sentir triste. E se sentia. Quase sempre. Quase todos os dias. Dias frios, diga-se de passagem. Frios, chuvosos, tristes, silenciosos, e solitários. Complicado. Precisava de mais amor do que recebia. Estava morta de fome, correndo atras de migalhas de afeto. E se sentia triste. Ocasionalmente triste. A pessoa mais triste do mundo. As vezes. Sentia medo, frio, e solidão. Havia se tornado uma pessoa medrosa e solitária. Acontece quando voce se isola do mundo. Sua cabeça doía infernalmente. Nao era raro doer. E doía. Quase sempre. Quase todos os dias. Nao conseguia dormir, por mais que tentasse. Seus horários eram muito diferentes dos convencionais. Ia quase sempre dormir as 7 a.m enquanto muitos levantavam para trabalhar. Acordava as 15 p.m 16 p.m e ia almoçar quando muitos se preparavam para tomar café ou voltar para casa. Tentava muito, mas nao conseguia. Comia pouco, nao sentia fome, e quando sentia nao tinha comida. Nao exatamente aquilo que ela gostaria de comer. E nem ela sabia o que queria comer. Tentava pensar em alguma coisa que lhe abrisse o apetite, mas tudo que lhe vinha a cabeça te causava náuseas. Coisa chata. Sentia falta de sentir fome. Fome de verdade. Sentia falta de dormir. Dormir de verdade. Sentia falta do calor. Calor de verdade. O mais próximo do calor que chegava ultimamente, era quando ligava o aquecedor para inutilmente tentar se aquecer. Inutilmente. Ou no chuveiro. Mas era pior quando desligava e tinha que pegar a toalha fria. Tinha tanta coisa que queria falar, tantas. Mas nao podia. Nao podia falar para sua mãe que se abalava facilmente, nao podia falar para sua namorada que se irritava facilmente, nao podia falar para o psiquiatra, pois nunca o via, nao podia falar nem para Deus que lhe julgaria ingrata. Então, escrevia. Aqui. As vezes. E desenhava. Nas paredes. As vezes. Pintava as paredes da prisão, tentando humanizar o ambiente. Pintava as paredes da prisão, na tentativa de nao se sentir prisioneira. Uma arte inútil. Uma arte que nunca a levaria a parte alguma. Quem se importa com a arte? Tanto faz. Sentia falta do arco-íris. Sentia falta dos pássaros. Das vacas voadoras. E das zebras. Sentia falta de tanta coisa. Sentia falta do amor. Dias atras foi busca-la no trabalho. Aquele frio que te congelava os ossos. Esperou ansiosamente do lado de fora, mas quando a viu, nem mesmo sorriu. Como se a surpresa fosse indesejada. Como se não fosse exatamente quem gostaria. Hum. O coração partiu em meia dúzia de pedaços. Mas levantou os olhos e sorriu, talvez de nervosismo. Sempre sorria demais para disfarçar qualquer dor. E se começasse a gargalhar era bom nao parar, pois era certo que cairia no choro em seguida. Sentia falta daqueles seus olhos brilharem ao lhe verem á sua espera. Do sorriso mais largo se abrir enquanto caminhava em sua direção. Sentia falta de tanta coisa. Sentia falta de tanto amor. Era uma dor insuportável. No mais literal sentido da palavra. Um dor, que estava a matando. Quando estava tudo bem, estava tudo ótimo. Mas qualquer pequeno deslize fazia seu coração quase parar. E então sorria. Quando podia, quando conseguia. Sorria. Sentia falta de dormir. E de sonhar, um pouco. Noite passada, sonhou com zombies. Foi com certeza o melhor sonho que teve nos últimos meses. Sonhar com zombies era o mais perto da felicidade que ela chegava enquanto dormia. E sentia tanta falta de dormir. Se pudesse dormiria o mês inteiro. Dormir era melhor do que ficar acordada. Esperando, esperando, esperando. Esperando um bom dia, uma mensagem, esperando qualquer coisa. Estava sempre esperando. E estava cansada de esperar. Estava doente de tanto esperar.
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qualquer dia de maio
Achei uma foto que de tão velha me assustou. Uma foto de quase 10 anos atras. 2004 para ser mais exata. Uma menina, tão parecida comigo, que dei um pulo para trás. Mas nao era eu. Nao. Nao podia ser. Na foto ela sorria, um sorriso sem meias verdades, e seus olhos sorriam. Maquiagem, unhas borradas… Nao uso maquiagem, mal pinto as unhas, mas por deus, como ela se parecia comigo! Tanto que corri para um espelho e fiquei me encarando, uns bons 5 minutos, olhava a foto, olhava o espelho, olhava a foto, olhava o espelho. Tocava meu rosto com as pontas dos dedos. Descobri entao onde estava o erro. Nos olhos. Ela, tao leve, sorrindo, sabe deus qual seria o motivo, olhos claros. E eu, sobrancelhas juntas, com ar de raiva, olhos sérios, procurando alguma coisa, olhos de desconfiança, de medo. Labios serrados. Tentei sorrir. Nao ficou parecido com a foto, nem de longe. Sorriso largo, que nessa boca pequena nao cabe. Boca de ofenças, boca maldita. As vezes sinto ela em mim. Aquela menina, tentando voltar, pedindo pra voltar, sorrindo, afagando. Peço que fique, que fique e me ensine a ser como ela. Ela quer ficar, mas nao consegue, e ela se vai com seu olhos claros de amor. E eu fico aqui, com esses olhos escuros, de mágoa. Porque?
Postado por §Princess Broken§ às 18:39 0 comentários
sábado, 7 de abril de 2012
Sobre casamentos.
Nao sou bonita, e nem faço grande esforço pra ser, quero dizer, o que adianta tentar remendar uma coisa que nao tem conserto neh? Pelo menos gostaria de um pouco de educaçao, pelos bons tempos. Talvez um pouco de consideraçao. É muito provavel que eu seja muito boba por me entristecer por tao pouco, mas nao tem jeito, eu sempre fui assim, e sempre vou ser, uma tola. Talvez eu nao seja bonita o suficiente para fazer parte dos convidados, ou rica o suficiente, ou nao sorria o suficiente para sair bem nas fotos. Mas bons amigos nao se importam.
Postado por §Princess Broken§ às 17:49 0 comentários