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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

As vezes eu chorava. Sem motivo, no meio de um riso, eu chorava. As vezes era vazio, as vezes, saudade. A vida estava a cada dia passando a ter um valor maior pra mim. Essas pessoas não estariam aqui para sempre, e a cada dia eu perdia alguem que eu amava. Quase sempre pensava nela, e me perguntava se ela estava em algum lugar bom. No meio de uma conversa, andando sozinha, dentro de um onibus ao oferecer lugar a uma velhinha. Não era facil para mim. Eu me importava cada vez menos com coisas que antes eram mais importantes. Dinheiro. Aparencia. TER não é mais tão importante para mim, e sim SER. A gente vai ficando velho, e vai ficando assim, vagando pelas idéias. E quase tudo vira motivo de reflexão.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Dia ruim.

A alegria não compartilhada, é a forma mais pura da solidão.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

eu chorei a noite toda por causa de um vídeo

Naquela noite passei mais de uma hora entre choro e soluço. Doía no fundo da minha alma. Eu não era capaz de suportar ver tanta crueldade. Eu nao aguentava, doía em mim como um inferno. Eu me colocaria de prontidão no lugar daquele animal incendiado. Eu sei, parece bobo, mas eu chorei a noite toda sem conseguir dormir. Pra voce poderia ser apenas um video de crueldade animal, pra mim foi a coisa mais terrivel e dolorosa que eu poderia ter visto. Eu preferia morrer a ver qualquer coisa do tipo novamente. Eu estou falando sério.

sábado, 14 de junho de 2014

batidas

Dos dias que passei em meio à tempestade nao lembro de quase nada. Porque estou falando isso? Porque estive tentando me recordar. Daqueles 2 anos, o que restou na minha mente foi tão pouco, que mais parecem flashs. Um quarto escuro, sempre escuro, uma parede roxa, com pisca-pisca que imitavam uma constelação, mas que nunca estavam acesos. Lembro de pandas da cabeceira da minha cama, sempre observadores. E mais nada. Uns flashs de uma mesa em madeira, bem grande, abarrotada de coisas, e eu debruçada sobre ela, metade do dia, desenhando. tentando preencher o vazio que eu sentia, tentando pintar as paredes do meu coração com desenhos tristes. E depois, nada mais. Um dia, eu acordei, não sei dizer exatamente quando, era verão, provavelmente um dia qualquer, em novembro, ou dezembro. Acho que era sexta. Ou sabado? Não lembro. Eu acordei. O coração bateu uma vez, e eu acordei sorrindo. Bateu só uma vez. E foi bom. Então, de vez em quando ele batia. Só as vezes. Só quando ele queria. Batia. E as vezes passava um tempão sem dar sinal de vida. E de repente, batia. A vida virou uma festa sem fim, noites que nunca terminavam. As vezes eu me sentia sozinha, meio esquisita. Mas eu conseguia ignorar essa sensação, quase sempre. Em um dia de março, alguma coisa mudou. Alguma coisa mudou, e todas as outras coisas ficaram bem, outra vez.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

anestesia

Estou pouco ciente das coisas que acontecem a minha volta, e isso sempre ajudou com que eu evitasse de me decepcionar. Nao prestar atenção ao me que me dizem, me mantem longe de preocupação desnecessárias. Nao sei quando foi que eu parei de me importar, mas tenho a impressão de que foi em uma outra vida, muito muito muito distante desta. Estou fazendo tudo certo, tudo que posso, mas ainda assim nao posso carregar o mundo com as minhas duas mãos. Do alto de algum lugar eu me assisto cometendo erros, sem que eu possa me parar, e então eu faço aquilo que eu sempre faço, me desligo de tudo e finjo nao me importar. Com o tempo isso vai ficando mais fácil. Daqui 40 anos, todos que eu amo estarão mortos, e isso me causa um desespero interno, e mais uma vez eu finjo nao me importar. Finjo que nada me machuca, meus pensamentos doloridos, para mim, está tudo bem. As vezes eu choro. Tipo ontem, no consultório do médico, quando minha dor de cabeça se tornou insuportável, ou na maca da minha dentista enquanto ela revirava minha boca procurando pelo meu ciso. Eu chorei, eu precisava tanto chorar, e ai bem ali eu encontrei um motivo. Ninguém iria perguntar porque eu estava chorando, ninguém iria me questionar e eu nao precisaria dar explicações. Estava tudo bem explicado, eu estava com dor, e chorei. As vezes, a gente precisa, sabe? Não era apenas a dor de cabeça, e eu nem sei muito o motivo. As vezes me sinto triste, e sobrecarregada. Quase sempre tenho um abraço protetor, quase sempre estou confortável debaixo das asas dela. Eu nao poderia ter mais sorte. Ela me salvou, antes que eu estivesse vazia demais para voltar a superfície. Antes que nao restasse nada para recomeçar. Mas as vezes eu queria saber como tudo vai terminar, se vai dar tudo certo, se eu vou ficar perdida de novo. Era bom me sentir em casa, era sempre aquela sensação boa, de lareira acesa, um gato preguiçoso na poltrona, um beijo de boas vindas. Era tudo que eu precisava pra ser feliz, era assim que eu via a gente. E eu só queria que essa sensação durasse.

domingo, 13 de abril de 2014

30 dias de noite, 30 dias de sol

Chicletes de menta, cigarros e por do sol. Nao dava para negar que a vida estava boa, que a vida finanalmente depois de tanto tempo havia me dado uma trégua e entrado nos eixos. A noite me inspirava tranquilidade e sentimentos bons, não havia nenhum sinal de medo ou angustia, era até dificil de acreditar, eu acho que eu poderia viver assim para sempre.

resgate.

A semana passada foi complicada e eu admito quase ter enlouquecido. Muitos compromissos os quais não estava sendo capaz de cumprir. Pessoas me cobrando, me culpando, e me julgando. Então bem de vagar, e tão gentilmente voce foi colocando toda a bagunça no lugar. Primeiro eu fiz uma lista de tudo que eu tinha pra fazer, e depois uma lista de coisas que eu gostaria de fazer. Sua delicadeza comigo era notória. E pela primeira vez eu sentia que nao estava me afogando num mar de agua salgada, e sim, nadando em direção a margem. É, voce era um bote salva-vidas bem no meio do meu oceano violento. Voce era a terra firme, um lugar onde meu coração sempre poderia descansar. Sim, eu preciso repetir, pela primeira vez eu não estava me afogando.