Eu tenho 23 no rg, 18 no espelho, e 83 na alma. Eu sou tao nova e me sinto tao velha as vezes, tao cansada. Eu nao posso parar, nao posso nem pensar em parar, nao é algo que passe pela minha cabeça, mas minhas olheiras dizem q talvez eu devesse descansar um pouco, mas eu nao posso, nem por um segundo. As vezes, nao olho nem para os lados, mas no fundo estou sempre procurando um lugar para recomeçar, um rosto conhecido, um abraço, um abrigo. Eu tenho 23 e meus cabelos estao tão compridos, meus olhos cansados, e meu coração meio desapontado demais. Procuro um lugar para descansar, para respirar, para amar, como se eu pudesse amar mesmo, como se eu fosse capaz de confiar outra vez. A gente fica assim com o tempo, mas eu ainda sou tão jovem, jovem demais para ter perdido todas minhas ilusoes, ou praticamente. Eu estou sempre tao feliz, e quem me dera eu pudesse recomeçar, quem me dera eu nao estivesse cansada demais para isso.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
sobre remar para o norte, naufragos e bussolas...
Eu tinha uma coisa que poucas pessoas tinham na minha idade - uma bussola. Por muito tempo tudo que eu tinha era uma ancora, meu coração era minha ancora, e eu era realmente feliz ancorada onde eu estava, perfeitamente parada, imovel, estabilizada, mas sem nunca sair do lugar, ou talvez me mexendo tao lentamente que era quase imperceptivel a olho nu a mudança. Um dia, as correntes que me ligavam a minha ancora enferrujaram e se dissolveram, assim, do nada, se tornando pó. Nesse instante uma tempestade terrivel se deu, e eu estava completamente perdida em alto mar, a merce dos ventos e da correnteza, momentos tao criticos que por vezes meu barco quase naufragou. A tempestade durou incontaveis meses, acredito que anos, ou séculos, nao sei dizer quanto tempo fiquei sendo atirada de um lado para o outro contra as paredes daquele barco, mas um dia eu acordei, e havia sol, um sol tímido é verdade, entre as nuvens quase nao querendo aparecer, eu estava no meio do mar, nenhum sinal de terra para qualquer lado que se olhasse, eu poderia remar, mas para onde? Eu nao fazia a menor ideia de onde estava, ou de onde eu gostaria de chegar. O sol logo se tornou escaldante e queimava minha pele ate que bolhas saltassem e estourassem, deixando minha carne no vivo. Sentada no canto daquele barco que cheirava a mofo e lodo, encontrei uma bussola, que estava quardada o tempo todo comigo, e eu nao havia me dado conta, agarrei-me a ela como quem se agarra num ultimo fio de esperança, peguei o unico remo que havia me sobrado e fui, braçadas fortes, sem parar, as vezes o céu fechava, e o tempo parecia querer me devorar novamente, me dava vontade de chorar nessas horas eu admito, mas eu nao parava de remar, a todo momento eu olhava para a bussola, só para garantir de estar no caminho certo, parecia estar, ainda que eu estivesse perdida, pelo menos eu sabia onde eu estava indo, meus olhos quase cegos pelo sol escaldante ao longe avistaram um pequenino pontinho preto, que poderia muito bem ser uma ilha ou um pedaço de terra firme, embora meus braços estivessem demasiadamente doloridos forcei um pouco mais, eu estava perdida, mas nao estava perdendo, saber a direção de para onde ir, as vezes pode ser mais importante que saber o caminho, e eu estava remando para o norte.
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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
bomba_atomica
Alguem disse alguma coisa, e ela olhou para mim de subto, olhos arregalados e um grito preso na garganta, como se uma bomba estivesse prestes a explodir, como se um estrondo estivesse por destruir todas as paredes que nos rodeavam. Ela me olhou por uma pequena fração de segundos esperando que eu dissesse alguma coisa coisa, e eu apenas dei de ombros. Pude ver seus olhos voltando ao normal, e seu corpo relaxando na cadeira, entendi entao, que a bomba, na verdade era eu.
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lalala la lala la
é tanta coisa para eu fazer e me preocupar que quase nao me sobra tempo para pensar, mas ainda assim, vez por outra minha mente foge, bem rapidinho, e me pergunto como vc esta. ando muito ocupada, e gosto disso, gosto dessa falta de tempo, dessa agitaçao, desse tumulto, que me impede de parar e te ligar, mas as vezes paro só para te mandar uma mensagem e perguntar como esta indo seu dia. Eu nao tomo jeito mesmo, mas to me adestrando, e cuidando mais daquilo que é melhor para mim, e me preocupando mais, e fazer coisas que vao me fazer feliz, ou o mais proximo que de pra chegar da felicidade. As coisas estao dando certo. Que bom pra mim.
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domingo, 17 de fevereiro de 2013
tetris, tetris, tetris
É tanta preocupação ridicula, com tempo, com dinheiro, com tudo que vamos deixando as pessoas pra tras, e esquecendo que aquele que senta do seu lado, tambem tem medos, sonhos, dores, esperanças e traumas. E quando sorri, ninguem sabe o quanto custa aquele riso, as vezes, até mesmo o quanto doi. Agora, que tudo passou, que a ferida secou, que a vida me mudou, eu estou mais preocupada e saber o que as pessoas que eu amo precisam para ser felizes. Minha propria felicidade é um caso aparte, um caso sem solução, um labirinto sem saida, sendo assim, acho mais facil fazer os outros felizes. Fico feliz assim. Pessoas que eu convivo desde tao pequena, e nunca parei para perguntar: o que te faz feliz? Talvez, voce pense que eu sou idiota por isso, e se voce pensa assim, o idiota aqui é voce. Nao gosto de pessoas egoistas, embora tenha sido por muito tempo e muitas vezes ainda sou. Mas eu nao me importo com voce, nem com a droga da sua opniao e seu pensamento mediucre. Eu estou bem, e sou bem egoista em me importar mais comigo do que com qualquer outra coisa. É tudo contraditorio, é tudo sobre ser melhor, é tudo sobre voce.
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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
casca.
nem entro mais, minha fonte quebrou, eu poderia comprar outra, mas nao sinto mais vontade, de ficar aqui, e essa coisa toda, entao, nem entro mais. nas ultimas semanas, MUITAS coisas aconteceram, acho que eh a vida me testando e me dando liçoes, o que foi muito bom. desisti definitivamente, de todas as pessoas, e eu sei que ja devo ter dito isso aqui outras vezes, mas, eu desisti mesmo. ate quando nao sei. mas desisti. agora, nao é mais como se eu estivesse despedaçando, os pedaços agora ficam no lugar, formando uma camada espessa, nao caem mais. nao é mais como se eu tivesse uma ferida em carne viva latejando. agora, a carne começou a secar, e criar uma casca, bem grossa. as vezes da uma latejada, e logo passa. nao doi mais antes de dormir, nem quando penso qualquer coisa. Apenas fechou. Fechando. Nao espero mais nada, e nao esperar me poupa de muita coisa. Ninguem mais me surpreende, nem me encanta, e nao importa mais mesmo. Estou diferente, e cada dia mais. e amanha, mais que hoje. Sabe-la ate quando essa casca que me protege vai engrossar, ou vai pesar nas costas e me sufocar, ou vai me proteger. Mas eu nao tenho como saber, e tbm nao me preocupo, só vivo, cada dia melhor que o outro. Nao que eu esteja feliz, mas ninguem é feliz, e tambem, nao que eu esteja triste, porque nao estou mesmo, estou bem, confortavel dentro da minha propria pele, dentro da minha propria casca.
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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
sobre um monte de coisas
Solidão é um sentimento estranho, as vezes mesmo quando se esta feliz e cheio de pessoas que vc gosta, vc se sente sozinho, quase que um pouco triste. Todos temos coisas que nao dizemos a ninguem, vontades inconfessaveis, medos idiotas, saudades doloridas, lembranças, desejos, cansaços, abraços, um monte de coisas. Quem te liga nunca é quem voce gostaria de conversar, quem te pede pra te ver nunca é quem voce gostaria de encontrar, quem te abraça nunca é familiar. Ai, ai, ai. Mas cada dia que passa é menor, é mais facil. Mais simples de ignorar, tudo isso.
Postado por §Princess Broken§ às 16:21 0 comentários