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sábado, 7 de julho de 2012

Um sussurro

As vezes doi. Hoje dói. Porque ninguém consegue ser tão indiferente e compassivo com a própria dor. Estou apaixonada por Camille e Rodin. Apaixonada pela historia, pelas obras, pela arte, por tudo. Meu coração abafado martela, mudo, num silencio ensurdecedor. Nao sei se a palavra esta correta. Pouco me importa. Isso é meu, esse espaço é meu. O unico lugar no mundo onde posso ser sincera. E com sinceridade, admito: dói. O vazio. A saudade. O amor. A ausencia. Dói. Devemos sempre escolher a felicidade, e a paz interior. Mas quando a felicidade desejada nao nos escolhe, dói. Existem muitas outras felicidades, uma infinita variedade, que voce pode escolher, para ocupar o espaço, para se sentir bem. Mas existe apenas uma felicidade, absoluta e completa e verdadeira. E ela deve escolher voce. E quando nao escolhe, dói. Um dia tudo vai estar absolutamente bem. Mas conviver com esse vazio, sempre vai machucar. Dizem que vácuo é um espaço onde nao existe nada. Eu digo que nada, é algo, um sentimento tão grande que até machuca. O que dá as pessoas o poder de te ferir? O que da a elas esse direito? Voce mesmo da esse direito. E com os olhos calmos, com um sorriso leve de contentamento, admito que hoje, meu coração dói. Admito a falta que me faz. Admito que intimamente, e secretamente meu coração sussurra baixinho: eu nao aguento mais.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Sobre dominós...

Meu coração estava tranquilo e sereno. Nao estava completo, nunca estaria sem ela. Mas se mantinha sóbrio. Uma serenidade, e uma sobriedade que seria impossivel em outros tempos. Eu sentia falta, uma falta imensa, daqueles olhos castanhos e calorosos, me observando com curiosidade, sentia falta do calor da sua pele, do perfume que me embriagava, dos beijos interminaveis, da firmeza e delicadeza das suas mãos traçando meu corpo, do dourado reluzente dos seus cabelos quando os raios de sol se misturavam a eles. Tudo perfeito. Sinto falta de absolutamente tudo, tudo e um pouco mais. Muito mais. E sempre sentiria. Mas nao chorava mais, nao me martirizava, nao sentia que minha vida nao valia mais apena. Sentia que minha vida havia ficado devastada e vazia sem ela, como uma sala, cheia de dominós enfileirados, milhares deles, e de repente, alguem derrubava a primeira peça, por acidente. E logo a outra peça caia, e a outra, e a outra, e todas iam derrubando umas as outras, até que nao restou nenhuma unica peça de pé. Em outros tempos, eu teria gritado, difamado, chutado todas as peças. Mas hoje, em silêncio eu ia levantando uma a uma. Hoje era eu, em minha sala vazia, sentada no chão recompondo milhares e milhares de peças de dominó. Eu sabia que elas nunca ficariam como antes, e que talves eu levasse muito tempo para por todas de pé novamente. Mas o que mais eu poderia fazer? E eu estava fazendo. Era triste, fazer tudo aquilo sozinha, cada peça me era uma lembrança. E eu pegava uma a uma nas mãos, com o maior cuidado polia a pequenina pecinha, e a colocava de pé novamente. Uma a uma, uma a uma, sem nunca me cansar. Embora mudasse de posição pois meus joelhos doiam de tanto ficar sentada no chão. Nao havia nada mais que eu quisesse fazer, não havia nada mais que eu pudesse. Se fosse em outros tempos, eu me jogaria ao chão e espernearia até que minha pele rasgasse. Mas agora, tudo era diferente. Gritar e chorar e implorar nao a traria de volta. Nada, a traria de volta. Nem mesmo por todos os milhares de dominós de pé exatamente como estavam antes de cair. Mas, eu queria fazer isso, pois as lembranças eram boas, e sorrisos vinham atoa. Hora ou outra escapava uma lagrima e o coração martelava. Mas eu queria deixar a sala bonita, e arrumada. Quem sabe ela nao me aparecesse de surpresa? Quem sabe ao menos uma visita? Quem sabe ela nao me ajudasse, a coloca-los de pé outra vez? Quem sabe? Deus sabe.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

stdryuhiuytrewsr

Meu peito estava doendo. Eu sabia que seria assim quando a visse. Que toda saudade, e sentimento de solidão que eu havia aplacado nos ultimos dias viriam sobre mim como um trem desgovernado. Tenho muitos objetivos para me focar, mas... a ausencia dela, machucava. A esperança machucava. Eu era tão forte agora, mas qualquer coisa poderia me ferir. Eu nao conseguia mais fingir que nao sentia falta dela, e manter um relacionamento distante e amigavel, falando sobre coisas cotidianas. Eu me sentia sozinha sem ela. Com um sem teto, que nao tem para onde voltar. Eu nao tinha para onde voltar.

carta 2

Esta é a segunda carta que eu escrevo. Me pergunto quantas mais ainda farei até voce voltar. Ja faz quase um mês. 1 mês tem 30 dias, as vezes, 31, ou 28... mas para mim parece que faz 31 mil anos. O tempo que tenho passado sem noticias suas, a principio quase me matou. Mas ai comecei a fazer coisas para ocupar minha cabeça. E evitar de pensar sobre voce o maximo que eu pudesse. Mas hora ou outra, eu acabo me entregando. E acabo voltando pra cá. Eu penso que minha vida é muito boa, e que esta tudo bem, e tenho muita sorte por ter a vida que tenho, e a familia que tenho. Mas, sem voce, alguma coisa fica incompleta. Sinto tanta falta de falar com voce. Principalmente de manha, e te ouvir dizer 'zinhoooooo' Parece que isso foi a tanto tempo. Ocupo meu dia o maximo que posso. Tudo para preencher o vazio da sua ausencia. Mas vacilo, a espera de noticias. Onde voce tem andado? Voce me faz falta amor. Hoje é um daqueles dias em que meu peito dói. Eu precisava de um abraço seu para me manter inteira. Penso que amanha eu acordaria, e iria te encontrar pra almoçar. E depois ficariamos sentadas pelo tempo restante. Conversando e rindo. E tudo estaria no lugar como sempre foi. Eu sinto sua falta, será que voce nao sente a minha, que não me ligou nenhuma vez nos ultimos 31 mil anos? Iria atras de voce, se soubesse onde voce esta. Onde quer que fosse, iria a pé. Mas iria te encontrar. Me avise se voce quiser ser encontrada. Eu sinto sua falta amor. te amo.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Don't worry, be happy

Dizem que de tempos em tempos (tempos pois nao sei com exatidão de quantos em quantos anos) a vida da um salto. E tudo muda. Acho que este é o meu momento. Minha hora. Minha vida corre acelerada, como um trem desgovernado. Mas nao desgovernado. Pois me sinto no comando. É a primeira vez na minha vida, que me sinto no comando da situação. Sempre senti como se tivesse 17 anos. Sempre vivi como se tivesse 17 anos. Ou quase sempre. Embora meus 17 tivessem ficado la em 2007. Hoje tenho 22. E me sinto com 22. A dor amadurece as pessoas, e embora tudo pelo que passei tenha sido extremamente pesado e dificil. Hoje, tudo que posso fazer é me sentir grata por tudo. E tudo, e tanto, e todos. Minha vida recomeçou, recomeçou brilhante, e forte, e bela. Como nunca fora antes. Recomeçou para mim. Me sinto tao agradecida. Por ter uma segunda chance. Poucas pessoas no mundo tem uma segunda chance. E eu sou uma delas. Vida é assim mesmo, tem que se arriscar, tem que dar tudo de sí, dizem que, quem nao dá tudo que tem, acaba virando um joão ninguem. É uma expressao feia nas palavras, mas maravilhosa no sentido. Pessoas passam a vida com medo, e duvidas, e mágoas. Medo de ser quem é, medo de ser feliz, medo de assumir o risco. Duvidas sobre quem é, duvidas sobre o que é a felicidade para sí, duvidas se vale apena assumir o risco. E mágoas. Sobre pessoas, sobre situações, sobre o passado, sobre o futuro, sobre tudo. Nao tenha medo, tudo vai dar certo. Voce apenas precisa ter fé em si mesmo. As coisas na minha vida andam muito desgovernadas como disse. Coisas que nunca imaginei estao acontecendo. Como fazer um curso de tatugem. É tão estranho! haha Embora sempre quisesse, nunca pensei que um dia fosse possível, e mais ainda, nunca pensei que minha mae fosse me dar apoio nisso. Minha mae, que agora fala em mudar de cidade e me deixar sozinha aqui. Ela diz: Ela ja tem 22 anos, precisa ter a vida dela! - Minha mae? Ta certo isso? Isso esta mesmo acontecendo. Ela é tudo que eu tenho, e se existe uma coisa que deveria ser eterna são nossos pais. Eu amo aquela mulher mais do que posso me expressar. Mas, nostalgias a parte. Esta tudo muito bem obrigada.

sábado, 30 de junho de 2012

Faz de conta

Quando eu queria falar com ela, eu fazia de conta que nao a conhecia. Que era uma pessoa que eu nao tinha vínculo algum. Desta forma era mais facil, manter uma conversa animada e interessante. Porque se eu ficasse lembrando de tudo, e tudo, e tudo, era bem provavel que nunca mais conseguisse falar com ela. Entao eu apenas fingia que ela era uma pessoa completamente diferente, uma pessoa nova, e assim, falava com ela todos os dias. Pra saber como estavam as coisas, se estava bem. Me preocupava. Mas ainda assim era perigoso, vez por outra eu escrevia 'amor' ao me referir a ela, e esquecia, e apagava correndo e cuntinuava a frase, mas era triste nao poder chama-la da unica forma que sei. De qualquer forma, ja era alguma coisa. E fazer de conta me fazia um pouco mais feliz.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Carta

Eu nao sei onde voce esta, eu não sei nada sobre voce. Pra onde voce foi amor? Eu sinto sua falta. Penso que deva ter viajado, mas nao me disse nada, apenas se foi. Entao resolvi te escrever. Nao tenho como te entregar esta carta, mas gostaria que eu pudesse. Esses dias tem sido difíceis sem voce. Será que voce esta bem? Porque será que viajou assim, tão de repente? Para onde voce foi? Para onde voce foi, que nao me manda noticias? Para onde voce foi, que nao consigo me comunicar com voce? Para onde? Nao disse se voltaria. Nao disse nada. Nunca voltou a me ligar, nem para dizer onde estava. Seu celular tem sinal ai onde voce esta? Sinto falta das mensagens de boa noite. Os dias tem sido muito frios, ao menos para mim, então onde quer que voce esteja, espero que esteja em algum lugar quente. Nao tenho com quem conversar, voce sabe. Por mais que as pessoas sejam legais, voce é mais, e eu sinto falta do seu sorriso. Se voce pudesse ver! Garanto que nao acreditaria. hahaha Linda. Será que esta tudo bem? Me pergunto sempre. Em que parte do mundo voce se meteu. Será que esta tão zangada por algo que eu fiz que nao quer falar comigo? Ou apenas esta sem credito? Pode me ligar a cobrar, esta tudo bem. Voce sabe o numero da minha casa. Sinto tanta falta da sua voz, das suas mãos, do seu perfume, do seu abraço, do seu carinho. Espero que volte logo, o quanto antes, pois os dias nao tem sido faceis sem voce. Eles tem sido tristes. Sobre tudo os dias de sol, os finais de semana. Tudo muito triste e sem brilho. Estou morrendo de saudade. Onde será que voce esta? Me pergunto isso muitas vezes. Tentei te ligar, ninguem atendeu. Talvez voce tenha perdido o celular. Desastrada como é. Nao sei :/ Só gostaria que me desse qualquer sinal de vida, pra eu saber que de fato voce nao me esqueceu. Que vai voltar. Sinto muito sua falta amor. Muita mesmo. Ninguem é como voce. Ninguem me faz sentir tão feliz nesse mundo. Voce se foi, tem algum tempo, e eu só espero que volte logo, pois essa saudade esta acabando comigo. Sinto falta de poder dizer que te amo, sinto falta de te ouvir dizer que me ama. Esta carta é um esboço que voce nunca vai ler. Eu apenas precisava escrever. Humn... Tenho tantas coisas para te contar, acho que voce vai adorar. Bom era isso. Nao esquece que eu te amo muito muito muito. Estive olhando nossas fotos, a saudade apertou mais ainda. Nao demora nao tá? Se cuida princesa. Te amo.