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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Hoje eu me senti forte

Hoje eu acordei e me senti feliz. Ligeiramente feliz, estranhamente feliz. Incomumente feliz. A dor, continuava aqui, exatamente como o primeiro dia. E a ferida, estava aberta. Mas alguma coisa em mim, havia mudado. Havia se transformado, para ser mais exata. Eu sabia, que esse buraco em meu peito seria algo, com o qual eu teria que conviver para sempre, e que toda vez que eu me lembrasse, eu sangraria novamente. No entanto, eu me sentia forte o suficiente para simplesmente nao lembrar. Agora, eu fazia coisas que me deixavam animada, que ocupavam meu tempo e me mantinham o mais longe possivel das vozes que diziam coisas que eu nao queria ouvir. Nada nunca sustituiria a falta que ela me fazia, nada ocuparia seu lugar, mas eu precisava seguir em frente. Eu era forte o suficiente para bloquear qualquer lembrança que pudesse me ferir, qualquer lembrança por mais linda que fosse, e geralmente eram as mais belas que me feriam. Eu conseguia ser forte para imaginar meu futuro sem ela. Embora, só de escrever essa frase, meu coração tenha se contraído de dor. Eu conseguia, aceitar que nossas vidas seguiriam independetes uma da outra. Mas admito que tinha a esperança de um dia no futuro, ela voltasse para mim. E me amasse como da primeira vez. Mas tudo bem. Por agora, esta tudo bem. Hoje, foi um dia diferente. Hoje, eu acordei e vi o sol. Hoje, quando eu abri os olhos eu me senti forte. Hoje eu soube que um dia eu seria feliz

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Sobre o medo.

Era dificil para mim, muito dificil. Embora eu tivesse me tornado uma pessoa a qual nunca imaginei ser, ainda nao estava pronta sabe? Nao para falar com ela casualmente. Eu nao esperava mais nada dela, nada, nem o menor pingo de afeto, eu nao achava que ela pudesse sentir qualquer coisa por mim. Nao ela, esta que eu nao mais sabia quem era. E ao mesmo tempo, vivia esperando. Por qualquer coisa. Olhando pro meu celular sabendo que ele nao iria tocar, olhando meus emails sabendo que nao haveria nada la, ficando on mesmo sabendo que ela nao me chamaria pra conversar. Eu nao esperava nada, nao sentia que merecia a menor atenção. Mas desejava. E era dificil, nao poder dizer as coisas que eu dizia sempre, e nao poder fazer coisas que eu fazia. E pensar que aqueles momentos provavelmente nunca se repetiriam. Me sangrava, mas nao o tempo todo como antes, só quando eu pensava sobre isso. E eu evitava MUITO qualquer pensamento. Apenas por instinto de sobrevivencia, apenas para me manter inteira. Me manter viva. Eu vacilava, e mandava qualquer coisa no email dela, mesmo sabendo que aquilo era idiotisse, mesmo sabendo que ela nao se daria ao trabalho de ler, mesmo sabendo que nao daria importancia. Mas eu ficava meio desesperada de madrugada, é sempre a hora mais perigosa, a hora mais solitaria. E um dia ela me respondeu. Fiquei com medo de ler. Pensei um milhao de vezes se abriria ou nao. Abri, e fechei os olhos como fazia qndo era criança e estava passando uma cena forte num filme de terror. Fechei os olhos, e abri um de cada vez, de vagar. Ela dizia que gostava de conversar comigo, e que eu poderia chama-la quando quisesse. Que poderia ligar pra ela. Tudo muito formal. Tudo muito distante. Como se eu fosse um estranho. Como se fossemos estranhas. Eu queria, poder chama-la para conversar, mas nao conseguia, nao sentia que ela ficava contente por falar comigo, era normal. Como quem fala com um colega de trabalho ou um vizinho. Eu tinha vergonha. E tinha medo. Eu queria poder ligar para ela. Queria muito, ouvir sua voz. Mas nao tinha coragem. Eu tremia de medo só de pensar. Porque eu saberia que no instante que ouvisse sua voz, todas as feridas q tentavam secar e cicatrizar se abririam. E sangraria tudo de novo. Eu cairia. E sozinha seria dificil me levantar outra vez. Eu tinha tanto medo dela, tanto medo do que ela poderia fazer eu sentir. Acho normal, um animal sente medo de alguem quando essa pessoa o maltrata, ele se encolhe e olha pro chao, pros lados procurando uma saida pra nao apanhar novamente. Eu me sentia como um cachorro espancado. Tinha medo ate de olhar nossas fotos, nossos videos, nao olhei nada, desde que tudo começou a ficar assim. Tinha medo. Tinha medo quando ela me chamava pra conversar por chat ou onde quem q fosse. Porque a esperança infeccionava minhas feridas. Ela nunca diria o que eu precisava ouvir, e esperar que ela dissesse era pior ainda. Toda aquela expectativa. Tenho medo de tudo hoje em dia. Nao sei como seria se a encontrasse na rua. Se ela nao me visse eu provavelmente sairia correndo. Eu nao iria aguentar. Eu ainda nao aguento. Sinto medo, muito medo. E se um dia tudo acabar de vez, vou fechar meu coração com uma armadura. E nunca mais alguem podera cavar tao fundo. Tudo me doi. Tudo me da medo, todos me dao medo. Eu estou bem, equilibrada. Ela disse para eu me cuidar. E me cuidar quer dizer me manter inteira. E tudo que me da medo pode me despedaçar. Sabe o que me conforta? É esse blog, pois sei que ninguem nunca vai ler nenhum destes textos até o fim. Nem mesmo chegariam na metade. E ser sincera, e aceitar minha dor, sem mentir para mim mesma, é tudo que eu preciso fazer. Ter medo me manter a salvo.

Friends by chance, sisters by choice.

Dois dias sem postar nada. Nao que tenha virado rotina, mas quando se é tão sozinha como eu sou as opções para desabafar sao limitadas. Ultimamente praticamente nulas. Quando achei que nao poderia suportar mais, fugi de casa. Coloquei algumas roupas dentro da minha mochila, e decidi que iria pra qualquer lugar. Nao sabia pra onde, pois realmente nao tinha onde ir. Entao minha amiga me chama para ir na casa dela, diz que ta com saudades. Eu fui. Depois de alguns anos voltei para o lugar em que passei a maior parte da minha adolescencia. A mae dela me recebeu com um abraço, eu sentia saudades e nem sabia. Estava morrendo de saudade. Cheguei com os ombros caidos, e com o coração da mão. Triste. E sem rumo. Eu e a Liane embora muito amigas, nunca fomos do tipo de que abraça e fica de mimos e frescura. Sempre foi cada uma no seu canto, mas de alguma forma partilhavamos muitas coisas. Ela me abraçou. Um abraço demorado, como se dissesse: eu senti sua falta, vai ficar tudo bem, tudo bem. Me segurei para nao começar a chorar ali. Estavam sendo dificeis aqueles dias frios. Dias solitarios. Nunca falei nada para ela sobre minha vida depois dos 18 anos. Mas naquela noite, falamos tudo o que nao haviamos falado durante 7 anos. Ela me contava animada sobre o primeiro namorado de verdade. Meu coração ficava apertado, de alegria, e de tristeza ao mesmo tempo. Gostaria que ela nunca passasse pelo que eu estou passando, que nunca sentisse como me sinto. Gostaria que ninguem no mundo passasse por isso. Ninguem. Ela falou, falou e falou. E eu comecei a falar, como se contasse um conto de fadas com as ultimas paginas arrancadas. Eu nao conseguia, nao conseguia encarar toda a felicidade que eu havia vivido de uma forma tao distante quanto agora, como se tudo nao tivesse passado de um sonho. E eu me segurei, até o ponto que minha voz tremia e falhava, e as lagrimas minavam dos olhos, da garganta, e do coração. Eu nao conseguia mais dizer mais nada, eu nao aguentava olhar para tras e ver como eu havia sido feliz, e como eu havia jogado tudo no lixo. Nao joguei, pois ngm no mundo deu tanto valor na propria alegria como eu. Mas, enfim. Fim. Eu chorava, como uma criança, chorava para a unica pessoa que eu nunca achei que pudesse confiar algo assim. E ela. Ela chorava junto comigo, em silencio, sem dizer uma só palavra. Se sentou do meu lado, me abraçou, e eu chorei ainda mais. E ela chorou mais. E nos choramos. E depois de um tempo, as lagrimas haviam secado, e nós riamos de coisas bobas. Como sempre foi. Sempre voltamos para onde devemos. Assim, voltamos para nossas conversas, e risos, depois de tantos anos. Eu estava la exatamente como 7 anos atras, ela me consolava sem dizer nada, e nos riamos de coisas que nao faziam o menor sentido. Ela sempre seria minha melhor amiga, nao importa quanto tempo passasse. Ela sempre seria a unica irma que eu conheci.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Eu sabia que ia dar merda.

Eu sabia que ia dar merda, eu sabia que ia dar merda, mas aproveitei cada segundo. Eu sabia que as coisas sairiam do controle, ela fez uma vez, faria de novo, mas eu me enganei pensando que seria para sempre, pensando que tudo que tinhamos era diferente, era especial. Pois pra mim sempre foi. Mas nao é essa a ironia do amor? Achar que o seu amor é o mais verdadeiro? O mais puro, o mais leal e legítimo? Eu sabia que ia dar merda mas eu nao medi esforços para fazer dar certo. Nao me diga que nao tentei, embora da forma errada, do jeito errado, com as atitudes erradas. Mas nao me diga que nao tentei. Mas acabou, eu nao esperava nada alem de respeito. Nao por mim, mas por tudo que existiu. Foi sagrado pra mim, cada segundo. Mas eu sabia, eu sabia que ia dar merda.

Sobre conversar

Eu gostaria de conversar, eu gostaria de que alguem perguntasse como eu me sinto e eu pudesse realmente falar. Falar, sem medo, sem reticências, sem receio. Eu gostaria apenas de falar como eu me sinto, e contar sobre essa dor, sem medo de ser cliche. Eu gostaria de poder chorar até meus pulmões ficarem sem ar. E gostaria de nao lembrar de todas essas coisas que faziam feliz, e agora me fazem tão mal. Gostaria de perder a memoria, e me esquecer de quem eu sou, quem voce é, e de como eu era feliz com voce. Gostaria de colar esse pedaço em mim que esta rasgando. Gostaria de nao me sentir tao desgraçadamente sozinha, e triste.

domingo, 24 de junho de 2012

Sobre seguir em frente...

Eu nao estava curada, e nao sei quando estaria. Provavelmente demoraria muito tempo, o rombo no peito, o vazio era algo desesperador. Mas estava agindo com mais maturidade do que pensei que teria quando algo assim acontecesse. Maturidade = chorar de noite e sorrir de dia. E isso eu estava conseguindo fazer muito bem. Ainda que estivesse tão triste, ainda que estivesse tão vazia, ja conseguia conversar com as pessoas e rir. Rir, uma coisa que eu nao esperava tão cedo. Mas muita coisa mudou dentro de mim, dentro da minha cabeça, dentro da forma como eu pensava. A dor era algo meu, e nada adiantaria ficar propagando que tudo estava uma droga. Nem descontar em ninguem com meu mau humor, entao, tentava ser o mais positiva, otimista, e tranquila possivel. Era dificil, passar pelos lugares que passamos, era dificil voltar para casa sozinha. E quando descia do onibus ainda tinha o habito de olhar para tras, para ver ela me acenando de la de dentro. Eu a amava, amaria sempre, e a falta que ela me fazia, não há palavras para mensurar. Mas, a vida segue. E tudo que eu fiz foi para faze-la feliz, e se eu errei, nao foi por mal, e se magoei me arrependerei eternamente. E TUDO que eu mais desejo hoje, é que ela seja tão feliz, quanto eu imaginava que nós seriamos um dia. Depois de tudo, a felicidade dela, ainda é tudo que me importa.

sábado, 23 de junho de 2012

Quebra-cabeça

Era triste, e eu me sentia tão mal. E sabia que por mais triste que estive hoje, haveriam momentos muito piores em minha vida em que eu sentiria falta deste momento que vivo agora. Quando todos na casa dormem, quando o gato se acomoda confortavel aos pés da cama, quando embora as bordas do quebra-cabeça estejam incompletas, o centro, a parte que mais importa esta inteira, e nao falta nenhuma peça. Ainda. Eu me sentia tão triste e sozinha. Achava que tanta tristeza pudesse me matar. E me odiava por me sentir assim, me odiava por nao conseguir reagir, me odiava por tudo. No entanto eu sabia que sofreria muito mais ainda em minha vida anes que ela pudesse acabar. E tudo que eu sentia agora, além de frio. Era medo.