BLOGGER TEMPLATES AND TWITTER BACKGROUNDS

sábado, 26 de fevereiro de 2011

rascunho 26.02.11

Hey whatever Lifee (: Boa madrugada pra mim, a unica pessoa que vem aqui rs... enfim.
As coisas estao bem cansativas, nunca pensei que a faculdade ocuparia tanto da minha vida. Vida? Que vida? OKPOKSPOSA ah, que isso, só uma piadinha depressiva pra descontrair o momento ^^
As coisas andam muito dificies, e eu sinto medo... aguardo anciosa o resgate chegar, mas sei que ninguem virá.
Pessoas que se foram regularmente voltam, me assombram, estou cansada disso, sabe aquelas pessoas que voce amou e um dia foram parte daquilo que te sustentavam, e um dia elas simplesmente morrem? Entao anos depois ressussitam, como zumbis... gostaria que continuassem mortas, ate porque o que passou nunca vai acontecer novamente, nao existe aquela droga de maquina do tempo, e nada nuncaa vai ser como antes. To cansada.
A Dani me odeia... Eu me odeio... Quero consertar as coisas, só nao vejo como poderia fazer isso.

Prin, eu te amo com tudo que eu sou capaz, sei que nao é o bastante, mas é tudo que eu tenho...

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Nome:Gabriela,mais conhecida como Broken. Especialidade: abandonar/deixar para tras.

Quem sou eu? uma especialista em deixar pra tras. Nós sempre temos uma escolha, independente de qual seja sempre podemos decidir qual caminho tomar, e eu sempre tomei o caminho que todos julgavam mais facil, porem, no entando sempre foi o que mais me feriu. Qual caminho era esse? Abandonar.
Todos que me conhecem com raras exceçoes me julgam insensivel, há quem diga até que sou manipuladora, que eu brinco com as pessoas, que eu jogo com elas. De alguma forma forma isso nao deixa de ser verdade. A regra é simples, ou voce brinca com as pessoas ou elas vao brincar com voce, quem chegar primeiro, machucar mais e sair ileso ganha. E particularmente eu nunca perdi pra ninguem. É o que eles pensam nao é? É o que voce pensa nao é? Mas essa é só a faxada da historia. É só que eu nunca soube sentir direito, talvez meu coração tenha vindo com defeito, ou talvez ele tenha ganhado esse defeito ao longo do tempo.
Quantos eu deixei pra tras? Eu nao sei, muitos.
E quanto de mim ficou pra tras junto com cada um deles? Muito mais do que eu consigo caucular.Pois cada um que se foi levou de mim um pedaço, como uma lembrança, mesmo que dolorosa.
E agora quem mais saiu perdendo nessa hisoria? Aqueles que foram deixados, e de certa forma livrados de mim que nao sou lá uma boa companhia. Ou eu, que fui perdendo meus pedaços que ficaram com cada um deles?
Voce quer saber os prós e os contras?
Os contras é que é voce, e somente voce quem vai acabar sozinho e vazio, cada dia mais vazio desejando poder voltar, e nunca ter conhecido nenhum deles, para nao ser obrigado à abandona-los e agora esta tão triste e despedaçado, tao incompleto como um quebra-cabeça que com o tempo foi perdendo uma a uma todas as suas peças.
E os prós? Bom... nao existem prós, nao existe vantagem nenhuma nisso. Nunca houve, e por favor nao me pergunte porque eu continuo a fazer isso.

domingo, 30 de janeiro de 2011

rascunho: 30.01.11

Eu nao tinha nada, até eu ter voce... Eu nao era ninguem, até eu te encontrar e me tornar 'nós'... E entao, de repente, num piscar de olhos eu tive o mundo inteiro nas minhas maos. As pessoas constantemente costumam dizer que eu nao mudei, que eu nao sei amar alguem, e que provavelmente eu nunca vou saber, mas as pessoas nunca tiveram um milésimo do amor que eu dedico a voce, as pessoas me conhecem como voce me conhece, na verdade, ninguem nunca me conheceu tao intensamente como voce. Todas as vezes que eu olho pra voce, eu simplesmente nao consigo deixar de me perguntar: por que?

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

rascunho: 24.01.11

Inconstante, nenhuma outra palavra poderia melhor me definir hoje. Nao necessariamente hoje, mas ao longo de todos esses ultimos dias. Tudo estranho dentro de mim, está tudo bem e eu estou sorrindo até o momento em que eu me vejo gritando com voce, dizendo coisas que eu nao quero dizer, te machucando quando eu nao quero te machucar, eu me assisto paralizada com tamanha bestialidade, eu me assisto e nao posso me parar. Nada pessoal, nenhum motivo em especial, é só que de repente me sinto ferida, e a dor faz com que eu reaja assim, aos chutes e ponta pés... Eu em toda minha estupidez, talvez te faça crer que nao te amo, que nao me importo, que tanto faz se voce vai ou fica, no final voce nao entende nada, ninguem entende. Quando estou em fúria é quando mais te amo, e meu corpo arde em fogo, me aterroriza o pensamento de te perder, pois se eu te perder estarei entao perdida. Quando eu digo que nao importo é quando eu secretamente imploro que voce volte e me abrace, e quando eu digo até logo é quando tudo o que eu preciso sao mais 5 minutos ao seu lado, eu apenas nunca vou admitir.
Estava pensando sobre este blog

sábado, 8 de janeiro de 2011

first fuck post 2o11'

Ei, primeiro post de 2o11, e nao diferente dos demais posts nao tenho absolutamente nada para dizer, acho que escrever, sei lá, é coisa pra quando a pessoa se sente deprimido sabe, e eu nao me sinto deprimida, eu me sinto bem. Será que eu finalmente me curei? ._.' nããããão hahaha nao sou tao ridiculamente otimista, ainda nao acredito em milagres.
Estava pensando, e, é engraçado quando as coisas perdem o sentido né? Um dia elas sao impossiveis, e inesquecíveis, e insubstituíveis e todas essas outras coisas 'íveis' e entao, numa manha qualquer vc se levanta, meio anestesiado pelo sono, e se pergunta: Porque? é, porque? porque nada daquilo hoje faz o menor sentido? Porque todo aquele desespero e todas aquelas lagrimas? Apenas... porque?
Acho que estou ficando velha, nao disperdício meu tempo pensando sobre coisas que nao me servem para nada, sabe como quando vc vai se desfazendo de coisas inuteis para aliviar o peso? Entao, nas minhas costas nao me sobrou quase nada. Guardei as boas lembranças, porque essas nao ocupam espaço e nem acumulam peso, essas coisas boas que a gente guarda no coração são leves como gás hélio, as vezes podem te fazer flutuar. Passei por tanta coisa ruim, fiz tanta coisa ruim, que um dia perdeu tempo lendo os arquivos mais antigos vai entender sobre o que estou falando, naquela epoca quando até mesmo respirar era uma tarefa que exigia de mim muito esforço, por isso mesmo tinha alguns fieis escudeiros que me ajudavam e me protegiam, era quando eu me sentia mais fragil, nao sei se algum dia cheguei a confessar isso, de qualquer forma nao vem mais ao caso. Felicidade, é uma palavra clichê, mas, acho que depende de voce, voce tem que decidir como vai viver sua vida. Aos 18 eu achava que era mais facil se eu estivesse bebada, aos 19 a bebida pouco efeito fazia, eu queria mais, eu queria tudo, uma bala, um pó, marie jane be my wife, hahaha logo eu né? Que criticava tanto isso tudo. Eu passei por coisas, que, ninguem pode imaginar, coisas que eu nunca contei à ninguem, e nao pretendo contar, e eu achava que felicidade era aquilo, 15 segundos de euforia, eu tinha apenas 19... Hoje aos 21, nao muito tempo depois eu penso que, apesar dos erros, eu nao mudaria nada, porque, eles me trouxeram até aqui, eles fizeram de mim alguem muito pior, fria e amargurada, mas a minha armadura brilhante a carne revestiu e quem me vê nem imagina o quao maquina eu sou, mas eu já consigo ter todas as reaçoes humanas normais, só falta um coração que funcione. Acho que os remedios tao fazendo efeito porque eu sinto muito sono agora, e deve estar escrevendo uma monte de merda. MEO! fiquei 7 dias sem o note qndo entrei no forms tinha sei la, 546352678 milhoes de perguntas, sem brinks, to com o dedo doloridos de tanto responder aquilo, tava ate agora, nem teminei, sou pop demais né --' pkspoaska -n mas amanha se pah eu finalmente consigo esvaziar o inbox para voltar a fazer pergunta pros followers. espero ne (:
enfim, acho que eu preciso dormir pq nao to dizendo mais nada com nada. boa noite para mim.

04:41 a.m

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

é (:

Nunca mais postei nada aqui, sabe aquelas coisas, aqueles poemas horriveis, tristes e depressivos, parece que isso foi há anos, e quando eu os leio, parece que estou contando para mim mesma a historia de uma menina muito diferente de mim, uma garota triste e desesperada, que escrevia seus pedidos de socorro com seu próprio sangue. 2oo8... Quando lembro desse ano, é como se eu me lembrasse de uma outra vida, quando me lembro desse ano, lembro de todos os dias acordar e olhar pro céu, e fingir que eu estava exatamente onde eu gostaria de estar, lembro do cheiro dos cigarros, e da bebida barata, lembro das lagrimas, das longas conversas, lembro das maos dadas, do abraço reconfortante e do cheiro da amizade. As vezes sinto inveja daquela garota, ela era tão vazia... e tao imune de esperanças, ela estava sempre esperando que a qualquer momento um milagre acontecesse, e a salvasse de todo aquele inferno, ela tinha um amigo, um diario, um amor mal resolvido e muitos problemas que ela carregava em sua mochila. Aqueles, por mais vazios que possam parecer, foram seus dias felizes, de uma forma deprimente eu admito, mas felizes. Quando voce tem uma vida de merda muito pouco basta para te fazer sorrir. Daquela garota, em mim quase nada restou, na verdade, a unica coisa que compartilhamos é esse blog. Imagino que num universo paralelo a esse, numa linha do tempo que nos transporte para aqueles dias, agora ela estaria escrevendo nas paginas manchadas do seu diario, se eu pudesse dizer exatamente o que ela precisaria fazer para ser feliz, se houvesse um meio de eu te apresentar o futuro, ela com certeza cuspiria na minha cara HAHAHA se eu dissesse que dois anos a frente ela encontraria uma pessoa que mudaria para sempre a sua vida, encontraria alguem que lhe faria rir com desgosto de todos seus antigos amores, alguem que faria suas mais ardentes paixoes sucumbirem à poeira insignificante do tempo, AH! estou certa que ela fecharia seus punhos e arrancaria sangue da minha boca com um golpe certeiro, eu me lembro, ela odiava ser contrariada. E sei tambem que ela anos depois se arrependeria muitíssimo por nao ter me escutado. Aquele foi o pior ano da minha vida, mas eu vou agradecer todos os dias por tê-lo vivido.
Agora, outro ano se vai, e eu sei que daqui alguns anos voltarei aqui para dizer como gostaria de viver 2o1o novamente, afinal nunca estive satisfeita com os meus dias presentes rsrs
Esse ano foi incrivel nao foi?! NOSSA! queria poder me sentar com alguem que compartilhasse do mesmo sentimento que o meu para poder fazer uma retrospectiva, haha' Foi um ano feliz eu diria, apesar de ter tido muitos momentos conturbados, foi tudo muito intenso, e quando eu penso sobre tudo isso, sinto como se tivesse vivido 10 anos em um. As vezes me dá até vontade de repetir a dose HAHA' mas nao, preciso acabar com isso logo, preciso avançar 3 anos.
Ano que vem FACULDADE! Meus deus, eu nem acredito que vou sair do ensino médio POKAPSOKOASKOKAS estou de fato ansiosa *--* Nao pela faculdade nem nada, ansiosa para ler as proximas paginas, para rabiscar e desenhar sobre elas. Acho que me sinto feliz, nao sei dizer ao certo porque, eu nem me lembro mais a ultima vez que senti isso sabe, tipo, assim sem motivo, hoje eu estou deitada na minha cama, Ferdinand - meu gato - aos meus pés, se estica e se contorce todo para achar uma posição confortavel para dormir, meu quarto tá aquela zona de sempre, livros, cds, fones, esmaltes, roupas, mais livros, tudo espalhado, dispostos de forma cuidadosa para que nao sobre nenhum espaço do chão livre para pisar, as paredes do meu quarto, desenhadas do começo ao fim, tudo normal, nenhum motivo em especial para me alegrar, e nenhum motivo que me faça pensar que isso tudo é uma droga, acho que isso é felicidade né? Tipo, pode ser considerado um tipo de felicidade, quando voce nao encontra motivos para NAO dizer que está tudo bem... Pela primeira vez está tudo bem (:
Quero só ver quanto tempo isso vai durar até a proxima crise de depressao HAHA semana passada foi foda mermão! Tive uma briga TÃO feia com a minha guria que pensei até que acabaria em divorcio HAHA essas brigas são engraçadas, porque quando a raiva passa as coisas acabam ficando muito melhores que antes. Ela é incrivel, e tem feito com que eu me apaixone por ela todos os dias a cada 3o segundos nos ultimos 13 meses (: Porque eu comecei a falar do meu namoro? Nao sei meo, acho que só pra causar inveja aos demais com o meu relacionamento SUPER bem sucedido POKAPSOKOPKSOKSA *---* enfim, to cansada, queria conversar, mas nao há ngm que eu queira perder meu tempo no msn, já que a prin esta dormindo, e os outros contatos pouco me importam. Continuo odiando o msn, é. ODEIO. Mas é um mal necessario como diz minha vó. -q
Engraçado, nao acredito que isso está acontecendo comigo HAHAHAHA acho que é pq eu nao tomei os remedios hoje, ai fico mega hiperativa D: É sempre assim, durmo as 6 da madruga, e me acordam as 11 e eu passo o DIA morrendo de sono, e de noite fico mega acordada.
Enfim, vou pro forms agora, pq eu sei que lá deve ter 453674653782982654 milhoes de perguntas pra responder, e isso vai me manter ocupada até que o sono venha me buscar (:
Entao boa noite, bom dia, boa madrugada ou seja lá que horas eu mesma volte a ler isso aqui :D~

AH! (5oo) Days of Summer, é um filme legal com uma trilha legal (:

http://www.formspring.me/BR0KEN







quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Sobre lembranças e diferenças...

- Elas nunca tiveram nada em comum, nada alem de uma ou duas musicas, um ou dois filmes, um ou dois sabores de sorvete, talvez, nem isso. Nunca entravam num acordo, brigavam atoa a troco de nada. Uma era linda, delicada, com sua beleza impecavel, seus cabelos sempre tao arrumados, seus olhos constantemente desenhados. A outra até se esforçava para ser gentil e adoravel, mas era em geral estupida e desajeitada, com os cabelos bagunçados, os cadarços desamarrados, e as olheiras que eram o toque final para uma pessoa que era a desordem em pessoa. Uma gostava do sol, do calor, da batida marcante das musicas animadas, de torcer pelo seu time da arquibancada, de usar roupas curtas ou pelo menos apertadas. A outra só vestia uma camiseta se fosse tamanho GG, tinha verdadeiro horror das torcidas organizadas, suas bandas preferidas eram consideradas chatas, e nao havia nada no mundo que ela desteste mais que as quentes estaçoes.
Uma era geração saúde, só gostava de comer o que era verde, saudavel, e nem pensar em gordura saturada. A outra é escrava do fastfood, e nao comia nada que nao venha embalado, industrializado e quimicamente conservado, gostava de ler a informação nutricional enquanto comia, como se ela realmente se importarte com as calorias, como se aquilo fosse fazer qualquer diferença na sua vida. Uma amava cachorros. A outra era louca por gatos. Uma adorava filmes de zumbis com muitos cerebros devorados. A outra DEUS ME LIVRE assistir uma coisa dessas.
Olhando assim, por cima, eu te perguntaria 'qual a chance de duas pessoas assim, tão completamente diferentes uma da outra, tem de dar certo?' Se existisse um livro de regras para esse tipo de coisa eu poderia responder facilmente 'nenhuma' No entanto nao existem regras para isso, entao, podemos dizer que elas tiveram sorte não é? Ou nao. rs' Se existisse algum livro de regras sobre isso, o mundo daquela garota desajeitada e com olheiras nao teria parado no instante que viu aquela menina linda com olhos cheios de segredos e muito bem delineados na sua frente. Sempre via aquela menina rodeada muitos amigos, sorrindo alegremente - e internamente, muito secretamente nao confessava nem para sí mesma, mas morreria para ser dona de apenas um dos seus sorrisos - ela estava sempre tao bem acompanhada, sempre tao segura de si, seu queixo levantado, nunca olhava pro lado, nunca encarava o chao, enquanto a outra tinha os olhos curiosos, sempre atentos a qualquer movimento, AH! o que ela nao daria para voltar no tempo, e fazer exatamente tudo o que teve vontade desde o primeiro dia, as coisas teriam sido diferentes? Para melhor? Para pior? É, ela sempre perguntava isso para sí mesma, mas a resposta nunca vinha. Voltando ao raciocínio anterior, de quando tudo que ela podia fazer por algum tempo era observar, e apenas observar aquela menina que parecia ter o mundo inteiro bem na palma da sua mao, até que um dia elas foram postas frente a frente, era a primeira vez, foram as primeiras palavras. Na epoca a franja lhe cobria os olhos, mas ela podia por tras daquilo enxergar perfeitamente. Haviam ali duas? tres? quantas outras pessoas? Ela nao sabe dizer, ela nao se lembra, porque no exato momento quando a viu ali, na sua frente, foi como se todo seu sistema nervoso tivesse entrado em choque, entao ela nao enxergava mais ninguem, ninguem além daquela que nao tinha nada haver com ela, mas de alguma forma já possuía seu coração.
Seus olhos eram famintos, rapidos, analíticos, e decoravam com rapidez, e perfeição cada pequeno pedaço do seu corpo. Naquela hora, embora sentisse suas pernas vacilarem e sua voz emudecer, ela nao sentiu medo, aquele medo que voce sente quando os olhos se encontram e voce desvia rapidamente sabe? Entao, ela nao sentiu. Talvez fosse porque nao podia acreditar naquela situação, ou talvez fosse porque os olhos do seu pequeno anjo estivessem presos procurando por alguma coisa no chao, na grama, fitandos seus tenis, ou as formigas que faziam fila em alguma parte daquele jardim, tentando abastecer sua casa antes do proximo temporal. Nao importa o que ela havia perdido no chao, na grama, ou o que faziam as pequenas formigas naquela hora, a questao é que ela tinha os olhos fugitivos, eles vagavam por toda parte mas nao importa para onde vagassem, eles nunca entrariam em atrito com os olhos famintos que se escondiam atras daquela franja. Quando seu objeto de fixação foi embora, com passos rapidos sem nunca parar, sem nunca olhar para tras, foi a vez daquela garota observar o chao com seus olhos cansados, que agora já nao pareciam tao famintos assim, eu diria que eles estavam mais para perdidos e uma pontinha de um sentimento que ela nao sabia o nome havia invadido seu peito, ela nao sabia o nome, mas nós sabemos, o sentimento se chamava decepção. Porque? Porque nunca levantava os olhos? O que tanto ela encontrava no chao? Chegou a conclusao de que sua presença era absolutamente insignificante para aquela que tinha toda sua atenção.
Se existisse um livro de regras para esse tipo de coisa, a historia teria terminado ali mesmo, com a decepção, mas a nossa historia não é obvia, nao é simples, e não é de forma alguma compreensivel. Entao, se voce estava tentando encaixar as peças desse quebra cabeça desista, estamos falando sobre um universo paralelo, o universo do improvavel, do impossivel, do inacreditavel, e aqui é onde nada nunca fez sentido.
Mas se essa historia se passasse no mundo real, onde existem regras para um final feliz como o dos contos de fadas, aquela menina cuja beleza ultrapassava a de qualquer pessoa no mundo, aquela menina dos olhos fugitivos, dos milhares de amigos, a qual jamais se encontrava desacompanhada, nunca teria tido toda a sua atenção voltada para uma garota que tinha os olhos escondidos, e uma expressao nada amigavel no rosto, a verdade era que ela nao tinha expressao nenhuma. Se essa historia fosse seguir o mesmo caminho de tantas outras, ela nunca teria gastado seus dias observando de longe uma pessoa que até entao nunca havia dado sinais de que tinha conhecimento de sua existencia. Se as coisas fossem como deveriam ser naquele dia em que as duas foram obrigadas a se encarar, ela nao teria disperdiçado seu tempo olhando para o chao, teria encarado sem medo aquela que estava a sua frente lhe devorando com os olhos. Mas céus! Ela se sentia tão constrangida, que tinha certeza que era mais seguro fita seus próprios pés do que se arriscar a encarar aqueles olhos escuros e inquietos e correr o risco de cair do alto de um precipício. Era mais seguro fugir com os passos ligeiros do que suportar mais um unico minuto aquela sensação de desconforto e aquelas malditas borboletas te devorando o estomago.
Se existisse um livro de regras elas teriam seguido seus caminhos de forma distinta, ao invez de ocupar seus pensamentos com os fatos daquele dia. Teriam ignorado a existencia uma da outra ao inves de todos os dias correr seus olhos insistentemente pelo pátio até seus olhares se colidirem e ambas desviarem constragidas.
Era uma sentimento confuso, um sentimento estranho, que atraía e ao mesmo tempo repelia, 'eu poderia ama-la' pensava aquela que mantinha seus olhos sempre escondidos, 'eu poderia ama-la, mas e ela? Será que uma garota tão linda e adoravel perderia seu tempo com alguem como eu?' A resposta era bem obvia pra ela 'não' nós sabemos que ela estava enganada, porque como já foi citado acima nossa historia nao tem nada de obvia, no entanto ela nao sabia, nao sabia que na verdade aquela que ela julgava inalcansavel todos os dias fazia um pedido à uma estrela pedindo que aquela garota dos cadarços desamarrados um dia se desse conta da sua existencia. Quantos desencontros nao é mesmo? 'Deus escreve certo por linhas tortas' ou 'Polos opostos se atraem' Elas mais do que ninguem eram a prova viva disso, e todos os ditados mais cliches fizeram sentido no dia em que a vida daquelas duas se cruzaram. Quando se viam, a vontade de ambas era de sair correndo, quando na verdade tudo o que queriam era parar e conversar um pouco, sobre nada em especial, só, sentar e conversar sabe? No entando nunca trocaram mais de duas ou tres palavras, nunca chegaram a se conhecer verdadeiramente. E ao inves de parar e conversar, quando se cruzavam uma fingia nao ter visto a outra, e isso dava a impressao que nenhuma das duas se importava, que nao davam a minima quando na verdade estavam morrendo por qualquer noticia, por qualquer migalha de atenção. HAHAHA Não tem como nao rir quando pensamos o quão desastradas as duas foram, o amor estava alí a espreita, vigiando ambas, as vezes ele sorria e até mesmo acenava, mas elas simplesmente nao se davam conta. Apenas o ignoravam, apenas 'se' ignoravam. E assim se passaram os dias, os meses, os anos...
Uma ficou muito doente, e parou de estudar, a outra concluiu o ensino médio, saiu do colégio, até arrumou um namorado. Foi dessa forma que a distancia inundou o espaço que havia entre ambas, caindo levemente no esquecimento, achando que tudo nao passou de impressao, de um mal entendido talvez, afinal 'Onde eu estava com a cabeça de gostar de alguem como ela?' Pensavam inutilmente, tentando se esquecer com o tempo, no entanto jamais se esquecendo.
Nunca conseguiram de fato deixar de pensar 'E se? E se eu tivesse falado pra ela? E se eu tivesse ido atras? E se eu fosse um pouco menos covarde? E se? E se? E se?'
Se existisse um livro de regras para isso o tempo e a distancia teriam dissolvido o que havia restado, tantos dias haviam se passado, nao foi o bastante todos aqueles dias que uma fingia nao notar a existencia da outra? Nao foi o bastante para provar que nao valia apena mais tentar? Isso seria o bastante se nós estivessemos falando sobre qualquer outra pessoa, sobre qualquer outro relacionamento, qualquer outro ano, isso seria mais que o suficiente para desencantar. Mas nao, nós nao estamos falando de qualquer pessoa, estamos falando de duas garotas que nao tem nada em comum com a outra, nenhum ponto de ligação, nada que as una, nao estamos falando de qualquer relacionamento, nem de qualquer ano, estamos falando de um relacionamento absolutamente improvavel, de uma historia que começou numa manha qualquer e fria de 2oo8.
E se o tal livro de regras existisse elas duas nunca teriam descoberto o amor de uma forma tao impossivel, tão fora do comum, naquela epoca, elas ainda nao faziam idéia do que estava por vir, mas nós sabemos, e se contassemos a elas, tenho certeza que nao acreditariam, ficariam pensativas e logo descartariam a hipótese. Mas afinal quem poderia imaginar que nao muito tempo depois, uma iria atras da outra, contaria seu segredo, diria o tão secreto e guardado 'eu te amo' enquanto a outra ficaria parada, absolutamente estática sem poder acreditar no que seus olhos viam. E nao demoraria muito, elas continuariam de onde pararam, e diriam tudo o que estava para ser dito, e fariam tudo o que deveriam ter feito desde 2oo8. Quem diria que elas ficariam juntas para sempre? Que mesmo sem o livro de regras ou o manual de instrução elas teriam um final feliz, e que esse conto de fadas acabaria sendo um pouco diferente dos demais, mas seria o mais perfeito e verdadeiro de todos.
AH! E sobre as diferenças? Bom, elas continuaram existindo, algumas eram realmente gritantes, e como em qualquer relacionamento causariam brigas, desentendimentos, e lagrimas e pedidos de desculpas por consequencia, mas elas de alguma forma nunca se deixaram abalar, e toda pequena diferença se tornava no fim motivo de riso.
Pois apesar de nao terem nada em comum, de nunca terem concordado em coisa alguma, e de passarem mais tempo discutindo do que conversando civilizadamente, elas tinham uma unica coisa em comum, uma coisa que compensava todas as outras pelas quais discordavam, essa coisa se chamava 'amor', que sempre foi, e sempre será maior e mais forte que qualquer diferença.

- fim -