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sábado, 14 de junho de 2014

batidas

Dos dias que passei em meio à tempestade nao lembro de quase nada. Porque estou falando isso? Porque estive tentando me recordar. Daqueles 2 anos, o que restou na minha mente foi tão pouco, que mais parecem flashs. Um quarto escuro, sempre escuro, uma parede roxa, com pisca-pisca que imitavam uma constelação, mas que nunca estavam acesos. Lembro de pandas da cabeceira da minha cama, sempre observadores. E mais nada. Uns flashs de uma mesa em madeira, bem grande, abarrotada de coisas, e eu debruçada sobre ela, metade do dia, desenhando. tentando preencher o vazio que eu sentia, tentando pintar as paredes do meu coração com desenhos tristes. E depois, nada mais. Um dia, eu acordei, não sei dizer exatamente quando, era verão, provavelmente um dia qualquer, em novembro, ou dezembro. Acho que era sexta. Ou sabado? Não lembro. Eu acordei. O coração bateu uma vez, e eu acordei sorrindo. Bateu só uma vez. E foi bom. Então, de vez em quando ele batia. Só as vezes. Só quando ele queria. Batia. E as vezes passava um tempão sem dar sinal de vida. E de repente, batia. A vida virou uma festa sem fim, noites que nunca terminavam. As vezes eu me sentia sozinha, meio esquisita. Mas eu conseguia ignorar essa sensação, quase sempre. Em um dia de março, alguma coisa mudou. Alguma coisa mudou, e todas as outras coisas ficaram bem, outra vez.

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