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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

pulso.

Bateu. Eu estava desapercebida, pensando em mil coisas e entao ele bateu. Pulsou 1 vez e parou. Foi a sensação mais estranha que eu havia sentido. Eu achava que estava morto, mas ele bateu. E um sopro de ar preencheu meus pulmões. Isso já tem algum tempo, e desde entao tudo voltou ao que era, nada pulsava, mas eu sabia que poderia a qualquer hora. Que mais cedo ou mais tarde bateria novamente, e eu poderia respirar. E era isso que alimentava meus dias. Saber que nao estava morto, saber que era apenas questão de tempo até ele querer pulsar outra vez. Nao pulsava agora, mas doía com frequência, quando eu pensava que nao iria mais machucar, que a ferida seca agora estava cicatrizada, o buraco vazio, repuxava um pouco, pelas bordas, era uma fisgada que tirava o ar, e passava. Acho que sempre iria doer, mesmo depois de curada. Mas o que importava é que ele havia pulsado uma vez, e logo - ou nao tão logo - ele estaria pulsando novamente, e quem sabe com alguma sorte, voltaria a bater em seus ritmos e tons coloridos, quase todos os dias. - coração.

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