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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

o que eu bebi?

e aquele velho cliche de que o tempo cura tudo, quase é verdade. nao é? hoje, nao doi menos que ontem, e o vazio de amanha nao vai ser menor que o de hoje, ou de semana passada. mas... tem ficado cada vez mais facil nao me importar com sua falta. e tratar voce como se nao fosse ninguem. e falar com voce como se nao fosse ninguem. e nao correr pra te guardar no meu coração quando vc precisa. e nao agir como se te amasse, quando na verdade amo. um amor que talvez vc nao mereça. que provavelmente EU nao mereço... nunca funcionou pra mim, pensar com a cabeça, nao sei fazer isso. minhas maos sao quentes, as letras sao tudo pra mim, nos numeros quase sempre fui um desastre total. to levando isso na sobriedade, e eu que pensei que se um dia acontecesse eu me afundaria em drogas e bebidas baratas. ah, eu era tao jovem... tive que me acostumar com esse vazio, um dia nem vou ficar me lembrando de nao lembrar, ficar me lembrando de esquecer. da onde saiu isso tudo? esse riso despreocupado, essa tranquilidade, essa aceitação silenciosa? o que eu bebi pra ficar assim? quando nao vou precisar escrever aqui? ser adulto... talvez esteja começando a fazer isso certo. queria nao precisar fazer. e se perguntam, quase engano todo mundo quando digo que nao te amo. mas ate hoje ninguem perguntou, e eu nao precisei dizer. um alivio pra mim que tao mal eu minto. - Garçom, por favor mais uma dose de desapego, com dois cubos de indiferença e 1 gota de boa sorte. obrigada.

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