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quarta-feira, 25 de julho de 2012

Sobre ser velha...

Nao gosto de sapatão. Sei que é um assunto bem desnecessario para se comentar aqui. Mas nao gosto. Nao gosto dessas modinhas que denigrem homossexuais. Sapatoes e viados, denigrem a imagem das lesbicas e gays. Nao suporto os palavroes, nem as roupas, nem os cabelos curtos, nem a forma como elas querem se parecer com homens. Pode até parecer bastante preconceituoso da minha parte. Mas francamente, eu dispenso vulgaridades. Talves eu seja velha demais, ou antiquada demais, embora tenha recentemente completado 22. Estou na idade em que pessoas saem, e bebem, e se drogam, e pegam todos. Nao sou assim. Gosto de ficar quieta, gosto de brinquedos, de livros, de historias em quadrinhos, desenhos, filmes, series... Talves eu esteja fazendo o caminho inverso. Que bom pra mim. Nao preciso de nenhuma daquelas coisas para me sentir bem. Que bom pra mim. Tudo bem pra mim. A minha epoca de 'festas e bebeiras' passou, tem muito tempo. Sou muito mais feliz deitada na minha toalha xadrez num parque com a minha namorada, do que bebendo com pessoas que eu desconheço apenas para parecer legal. Eu realmente nao sou legal, e nao vai ser alcool que vai me fazer ser legal. Valorizo coisas hoje que nao tinham a menor importancia para mim anos atras. Envelhecer é bom, amadurecer, é otimo, e se sentir com 70 anos enquanto se tem 22 e a vida toda pela frente é melhor ainda.

domingo, 22 de julho de 2012

sobre a morte

Eu ando chateada. E é injusto da minha parte dizer uma coisa assim, quando a vida tem sido tão boa pra mim. Mas estou. Chateada comigo, com a situação e com a vida. Estou triste, terrivelmente triste. aquela vontade de chorar. A morte faz isso comigo. Me deixa chateada, a morte rondando esta casa. Eu sinto, é horrivel. Eu gostaria de poder fazer alguma coisa, mas nao posso. Eu gostaria de pelo menos descer as escadas, e conversar com ela, mas nao consigo. Apenas não consigo. Ninguem pode imaginar como é dificil para mim. Dificil ver uma pessoa que sempre esteve presente na minha vida, assim. Sem nem ao menos conseguir falar direito. É triste. Sinto muito pela sua dor. Se ao menos ela morresse logo, se pouparia de tanto sofrimento, e pouparia aos outros, de nos sertimos assim. É dificil para mim. Gostaria que eu pudesse fazer qualquer coisa. Eu vivo achando que posso mudar o mundo, mas nao consigo mudar nem mesmo as coisas dentro da minha propria casa. Sei la. Só quero que esse sentimento horrivel passe. Que as coisas melhorem, e todos possamos ser felizes. Mas por enquanto eu me sinto triste.

sábado, 21 de julho de 2012

Bipolaridades

É complicado pra mim. Nao sei o que eu fiz de errado. Ou o que eu faço. É assim, num momento ela me é gentil, agradavel, me faz sentir como se eu fosse a melhor pessoa do mundo, e 5 minutos depois, me odeia, me ignora, diz que eu a deixo intediada, sai e mal se despede. Eu ODEIO isso. Odeio demais. É um sentimento negativo que se dá apenas no momento e logo eu venho para cá e escrevo sobre o ocorrido e pronto. Mas eu realmente odeio. Eu entendo que meninas tenham disso, essa mudança de humor e pah. E eu juro que nao me importaria desde que a mudança de humor fosse gradual. E nao de um instante para o outro. Isso me deixa com raiva. Como se eu fosse, sei la, um saco de pancadas. É chato. Acontece pelo menos 1 vez por dia, e as vezes varias vezes por dia. É como se eu sempre tivesse que estar me desculpando por alguma coisa. Mas eu nao sei o que é. Sou uma boa pessoa. Uma pessoa otima para falar a verdade. Compreensiva e calma e paciente. Acho que por isso mesmo merecia um tratamento melhor. Agora nao estou com raiva, nem nada, estou apenas chateada. Como sempre fico, como sempre estou quando venho aqui escrever sobre minha vida chata. Eu me canso tambem... Mesmo com tanto amor no peito, canso de ser feita de idiota. Eu a amo, e vou amar sempre, isso da o direito dela fazer o que quer. E ela sabe que pode fazer, mas um pouco de valor seria muito bom, só para, variar um pouquinho talvez. Sei la, amanha tudo volta ao normal, tudo recomeça como um ciclo vicioso, o que me resta é assistir uma boa serie e dormir feliz. Ate o proximo post chato.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

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Estou feliz. Nao me pergunte porque, nao existe um motivo específico, apenas estou. Deve ser saudade. Embora ela tenha saido sem se despedir direito, me odiando por qualquer motivo que existe apenas na cabeça dela, estou feliz. Quando existe amor, o coração esta sempre aquecido. Ela adora me tirar do sério, adora me tratar mal, brigar comigo. Mas sei que nao faz por mal. É sei la, todos somos um pouco assim, quando pensamos que estamos perdendo destilamos acido. O que eu sei é que ela sabe que eu a amo, e ela sempre volta. Sempre voltamos para onde pertencemos.

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Ela era doce, de uma forma unica. Era tímida, e quando me via, olhava para baixo e sorria. Ela nunca correria para me abraçar. Minha vontade era de cuidar dela. O que era perigoso. Rosas sempre tem espinhos, e vez por outra voce acaba se machucando. Eu a amava. E isso era algo unico.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

22 hoje

Eu nao conseguia guardar rancor, nem sentir raiva de ninguem por muito tempo. Nao tinha espaço para esse tipo de sentimento aqui dentro. Com a mesma facilidade que os graos de areia caiam em minhas engrenagens, eu os assoprava. Grãos de areia travavam minhas engrenagens, assim como mágoas antigas travavam minha vida. E eu mandava tudo embora. Porque no fundo, eu tinha um bom coração, e era uma boa menina, mas relutava contra isso vez por outra. Era dificil admitir que nao sentia raiva. Porque as pessoas achavam que isso era uma fraqueza. Tanto faz. Eu era legal, o que é um problema, porque eu acabo sendo legal com gente que nao merece, tanto assim. Tanto faz. Tamto faz. Quem faz, pra sí faz. Hoje eu faço 22. Estou velha. E pensar que eu comecei a escrever aqui com 18. E muita coisa aconteceu desde então. E tudo mudou. Mudou muitas vezes. Mudou quando eu achava impossivel. Mas o impossivel sempre foi meu forte. Quebrar o impossivel sempre foi um dom. Por isso acredito em milagres. Sou meu próprio milagre. Acho que pra mim não existe essa coisa de plano A e plano B, porque eu só tenho plano A. Mas hoje é meu aniversario. 22. Eu pensei estaria bem diferente. Mas estou aqui. Nao muito diferente aparentemente. Mas por dentro... Nao poderia estar mais feliz hoje.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Sobre a minha maquina do tempo...

Nao consigo dormir. Gostaria muito, mas não consigo. E como todos sabem, é de madrugada, e eu estou aqui. Eu volto. Eu sempre volto. Voce sabe disso. Quanto tempo se passou desde que voce escreveu isso, até o presente momento em que esta lendo? Uma semana? Duas? Um mês? Seis meses? Um ano? Dois anos? Dez anos? Gostaria de saber como está sua vida hoje, eu me surpreenderia se voce me contasse? Ainda te chamam de Broken? Vou virou tatuadora mesmo? Ou tomou outros rumos? Voce e a Dani se casaram? Eu espero que sim, sei como voce a amava. Talves hoje enquanto lê isso, seja daqui 1 semana ou daqui 10 anos, voce ainda a ame da mesma forma como eu a amo esta noite, ou talves a ame muito mais. Talves ela esteja do seu lado fazendo qualquer coisa enquanto voce lê esse velho post. Talves voce esteja sozinha no seu quarto como costumava ser. Talves voce não tenha mais noticias dela. Espero que não. Espero que ela esteja por perto. Voce pensa que me engana com esse seu jeito, com esse dar de ombros, e com essa expressao de que voce nao se importa. Mas eu sei que voce se importa. Sei que sempre vai se importar. Gostaria que eu pudesse conversar com voce esta noite, em que ano voce esta? Aqui é 12 de julho de 2012 - 3:18 a.m, e faz frio. Chove la fora tambem. Espero que nao esteja de coração partido, voce só lê os posts antigos quando está triste. Sei que vai ler este post e sentir falta de como as coisas eram nesse tempo, nessa noite. E de como embora julgasse as coisas tão complicadas, tudo era na verdade muito simples. Nao importa, vai dar tudo certo. Pra mim, pra voce. Pra todo mundo. Cause every little things gonna be alright. Lembra como essa frase estava sempre na sua cabeça? Lembra como voce sempre quis construir uma maquina do tempo? E não sabia que sua maquina do tempo poderia ser uma pagina num blog da internet. Nao precisou nem de fisica quantica para fazer isso. Eu sempre volto para cá, e voce sempre volta para ler estas coisas que escrevia. E pensa em como era boba, e como seus sofrimentos eram banais, e seus motivos ridiculos. E como hoje tudo parece mais dificil. E como voce gostaria de poder voltar para esses dias. Fazer um backup da vida. Ter um Time Machine. Tudo certo. Mas, apenas nao deixe de voltar. Nunca deixe de voltar. Uma maquina do tempo existe para ser usada. Boa sorte gabi.

Sobre voce

E enquanto nos falamos, os sorrisos escapam atoa, preenchendo tudo, meus labios, meu quarto, meu coração. E eu nem percebo, que ja me sinto completa novamente. Então me pergunto, sera que voce tambem se sente assim? Sera que os sorrisos escapam de voce sem voce perceber? Sera que seu coração fica meio esquisito, meio acelerado, meio euforico? Eu gostaria de saber, eu gostaria de ver. Será que quando voce vai dormir, fecha o olhos e se aconchega em suas cobertas desejando que eu estivesse ai, assim como eu faço? Será que voce se sente tão feliz agora como eu me sinto? Nao sei. Eu gostaria de saber. Eu gostaria de ver.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Sobre mudar o mundo

Pode parecer presunção demais da minha parte, achar que eu posso mudar o mundo. E realmente é. Porque eu não posso. Mas acredito, de todo o coração que o amor e a arte podem. Apenas amor e arte podem transformar o mundo e as pessoas em algo legitimamente bom. Acredito tanto nisso que meu peito estremece com a possibilidade de um mundo melhor. E se todos se importassem? E se todos cuidassem? Se nao houvesse medo. Medo de tentar, medo de abraçar, medo de dizer que se importam, medo de ser ousado, medo de ser feliz, medo de ser julgado. Um mundo onde palavras como essa não existissem. Medo, dor, rancor, ódio. Viver a arte é libertar sua alma de todo o conservadorismo, de todo o pudor, de todo o receio. Seria como uma sala branca. E o amor seria algo como um pincel, macio traçando linhas e contornos delicados. Pintando. Colorindo. Amando. Por muito tempo achei que meu coração tivesse defeito, porque, nao se encaixava, é como se estivesse desregulado, como um motor consumindo combustivel demais. E entao percebi que meu coração nao tem defeito nenhum. Ele só nao foi feito para esse mundo. É demasiadamente gentil, e delicado como as pequeninas engrenagens de um relogio. E se entre essas engrenagens cai um pequeno grao de areia, isso pode fundir todo o sistema. A sujeira desse mundo, e a falta de amor de todas as pessoas sao como areia em minhas engrenagens. Eu nao posso mudar o mundo, nao sozinha, mas o amor, e a arte podem. E isso eu posso fazer. Nao encontrei exatamente a forma como realizar isso, mas acredito que na hora certa eu vou saber. Todos temos uma missão. Todos estão aqui por um motivo. E tudo que eu sei, é que a minha missão é transformar esse mundo num lugar bonito. E para fazer isso, nao preciso ganhar nenhuma eleição presidencial, ou ter bilhoes de dólares. Para mudar o mundo basta fazer aqueles que estão perto de voce felizes. E se a sua arte puder tocar o coração mesmo que seja de apenas UMA pessoa, voce ja vai ter mudado o mundo. Vai ter mudado o mundo de alguem. Todos temos missoes distintas aqui na terra. Mas independente de qual for a sua, todos temos uma missao em comum: Levar amor ao maior numero de corações possivel. Entao me responda, voce ja fez alguem sorrir hoje?

7 dias

Já é bem tarde, ou talves muito cedo, e o sono, foge de mim. Correndo. Faço entao o que quase virou um habito. Venho para cá e escrevo. Hoje nao tenho nada de especial para dizer, nao diferente dos outros dias. Hoje é 10... estou a 7 dias do meu aniversario. Nao sei porque estou falando sobre isso, porque realmente nao me importa. Mas tenho pensado em como a vida mudou de um ano pra cá. Muita coisa mudou, é assustador. A vida tem me sido generosa. E os presentes que tem me dado, têm ficado melhores a cada ano que passa. Ano passado ganhei um par de asas, e voei cortando o céu azul sentindo a liberdade preenxer meus pulmões. Este ano, ganhei consciencia, e maturidade. O que será que tem pro ano que vem? Nao sei, mas de qualquer forma, sei que daqui um ano eu estarei aqui escrevendo novamente, e daqui 10 anos tambem, muito provavelmente. A vida tem sido generosa comigo, e eu espero ser boa o suficiente para retribuir isso tudo. Cuide bem, o resto vem.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Sobre a primeira vez que eu morri

Era uma noite fria, muito fria. No entanto, meu coração ronronava dentro do peito, pulsando quente e confortavel. Nada de tão especial havia acontecido. Nada além do esperado eu quero dizer. Eu perdi o controle como todos sabiamos que eu perderia, e disse tudo que eu prometi que nao diria, e ela disse que sentia o mesmo. Essa foi a parte que me surpreendeu. Eu esperava que ela fizesse o que sempre fazia, e dissesse o que sempre dizia. Nada. E entao aquele silencio estarrecedor ecoaria pelo ambiente, e eu me recolheria, apagaria todas as luzes, e me acomodaria entre minhas cobertas, com o coração aos solavancos, esperando o momento que o sono viesse, e me colocaria no esquecimento, sem dor, sem medo, sem vazio, sem nada. No entanto nao foi desta forma que tudo ocorreu. Ela foi gentil, receptiva, e eu nao esperava isso. Era estranho, era como levar um tapa e logo em seguida a mesma mão que te machucou te afagasse carinhosamente. A gente sempre tem medo, mas, entre o medo e o vazio, eu escolhi ela. Eu nao sabia como as coisas seriam, ela odiava meu cabelo, entao eu teria que me dedicar o dobro para fazer com que ela gostasse de mim. Teria que compensar o atributo da beleza com outras coisas como, gentileza, educação, compreensão, bom humor... dizem que quando uma pessoa não é bonita se ela for engraçada já ta bom. Humn, nunca acreditei muito nisso, mas iria por a prova. E era muito facil para mim. Quero dizer, ser gentil, educada, compreensiva, bem humorada. Era como se eu tivesse nascido outra vez, quando eu morri a primeira vez, algumas semanas atras. O dificil ia ser engraçada, eu nao era muito boa, só um pouco, mas esse pouco era sem querer. De qualquer maneira, eu faria tudo da forma mais bonita que conseguisse. Algumas pessoas nao se importam. Nao se importam com aqueles que importam, se é que me entende. Algumas pessoas em sua juventude, querem festas, baladas, querem transar com o maximo de pessoas possiveis, querem se ver livres dos pais. E eu só quero que eles vivam muito tempo para que eu possa cuidar deles. Só quero passar o resto dos meus dias ao lado de uma mesma pessoa. Quero ser feliz de um jeito diferente. É como se eu estivesse fazendo o caminho inverso da vida. Quando morri a primeira vez, foi como ter visto toda minha vida passar por mim, e enquanto eu morria, assistia todos que eu amava morrer, eu ia perdendo todos, um a um. E no final restava apenas eu. O desespero da solidão, a culpa por nao ter feito tudo que eu deveria me corroeu. E eu acordei, me sentindo 80 anos mais velha, e ainda assim tão criança. E tão feliz por todos estarem aqui ainda. Que tudo que eu quero, é preservar tudo que eu amo. Aqui, perto e vivo. Porque a vida leva de nós as pessoas que mais amamos, quando a gente menos espera. E ela estava aqui de novo, tentando por os dominós de pé comigo. Ela nao sabia se iriamos conseguir colocar todos de pé, mas nós tentariamos. Era bonito. Era um dia azul. Eu faria um desenho lindo. E a vida me sorria. Eu estava há algumas semanas de fazer 22 anos a primeira vez que eu morri, e foi a melhor coisa que me aconteceu. Algumas vezes, precisamos morrer, para nascer de novo. E eu, nasci. - Nao consigo deixar de me sentir grata, pelas coisas boas, mas principalmente pelas ruins, pois foram elas que fizeram de mim, o que eu sou. Nao que seja grande coisa, mas com certeza, uma pessoa melhor do que costumava ser. Obrigada.

sábado, 7 de julho de 2012

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Eu nao posso falar sobre isso, eu nao posso fazer nada além de parecer o melhor possivel e sorrir. Eu nao posso por um dia dizer que eu nao estou bem, nao posso apoiar minha cabeça entre as minhas mãos e chorar. Eu nao posso fazer nada além do que tenho feito. Esta tudo bem, mas não o tempo todo. Me sinto sozinha, com frio. Uma hora tudo vai ficar bem, mas hoje, esta pesado pra mim.

Um sussurro

As vezes doi. Hoje dói. Porque ninguém consegue ser tão indiferente e compassivo com a própria dor. Estou apaixonada por Camille e Rodin. Apaixonada pela historia, pelas obras, pela arte, por tudo. Meu coração abafado martela, mudo, num silencio ensurdecedor. Nao sei se a palavra esta correta. Pouco me importa. Isso é meu, esse espaço é meu. O unico lugar no mundo onde posso ser sincera. E com sinceridade, admito: dói. O vazio. A saudade. O amor. A ausencia. Dói. Devemos sempre escolher a felicidade, e a paz interior. Mas quando a felicidade desejada nao nos escolhe, dói. Existem muitas outras felicidades, uma infinita variedade, que voce pode escolher, para ocupar o espaço, para se sentir bem. Mas existe apenas uma felicidade, absoluta e completa e verdadeira. E ela deve escolher voce. E quando nao escolhe, dói. Um dia tudo vai estar absolutamente bem. Mas conviver com esse vazio, sempre vai machucar. Dizem que vácuo é um espaço onde nao existe nada. Eu digo que nada, é algo, um sentimento tão grande que até machuca. O que dá as pessoas o poder de te ferir? O que da a elas esse direito? Voce mesmo da esse direito. E com os olhos calmos, com um sorriso leve de contentamento, admito que hoje, meu coração dói. Admito a falta que me faz. Admito que intimamente, e secretamente meu coração sussurra baixinho: eu nao aguento mais.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Sobre dominós...

Meu coração estava tranquilo e sereno. Nao estava completo, nunca estaria sem ela. Mas se mantinha sóbrio. Uma serenidade, e uma sobriedade que seria impossivel em outros tempos. Eu sentia falta, uma falta imensa, daqueles olhos castanhos e calorosos, me observando com curiosidade, sentia falta do calor da sua pele, do perfume que me embriagava, dos beijos interminaveis, da firmeza e delicadeza das suas mãos traçando meu corpo, do dourado reluzente dos seus cabelos quando os raios de sol se misturavam a eles. Tudo perfeito. Sinto falta de absolutamente tudo, tudo e um pouco mais. Muito mais. E sempre sentiria. Mas nao chorava mais, nao me martirizava, nao sentia que minha vida nao valia mais apena. Sentia que minha vida havia ficado devastada e vazia sem ela, como uma sala, cheia de dominós enfileirados, milhares deles, e de repente, alguem derrubava a primeira peça, por acidente. E logo a outra peça caia, e a outra, e a outra, e todas iam derrubando umas as outras, até que nao restou nenhuma unica peça de pé. Em outros tempos, eu teria gritado, difamado, chutado todas as peças. Mas hoje, em silêncio eu ia levantando uma a uma. Hoje era eu, em minha sala vazia, sentada no chão recompondo milhares e milhares de peças de dominó. Eu sabia que elas nunca ficariam como antes, e que talves eu levasse muito tempo para por todas de pé novamente. Mas o que mais eu poderia fazer? E eu estava fazendo. Era triste, fazer tudo aquilo sozinha, cada peça me era uma lembrança. E eu pegava uma a uma nas mãos, com o maior cuidado polia a pequenina pecinha, e a colocava de pé novamente. Uma a uma, uma a uma, sem nunca me cansar. Embora mudasse de posição pois meus joelhos doiam de tanto ficar sentada no chão. Nao havia nada mais que eu quisesse fazer, não havia nada mais que eu pudesse. Se fosse em outros tempos, eu me jogaria ao chão e espernearia até que minha pele rasgasse. Mas agora, tudo era diferente. Gritar e chorar e implorar nao a traria de volta. Nada, a traria de volta. Nem mesmo por todos os milhares de dominós de pé exatamente como estavam antes de cair. Mas, eu queria fazer isso, pois as lembranças eram boas, e sorrisos vinham atoa. Hora ou outra escapava uma lagrima e o coração martelava. Mas eu queria deixar a sala bonita, e arrumada. Quem sabe ela nao me aparecesse de surpresa? Quem sabe ao menos uma visita? Quem sabe ela nao me ajudasse, a coloca-los de pé outra vez? Quem sabe? Deus sabe.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

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Meu peito estava doendo. Eu sabia que seria assim quando a visse. Que toda saudade, e sentimento de solidão que eu havia aplacado nos ultimos dias viriam sobre mim como um trem desgovernado. Tenho muitos objetivos para me focar, mas... a ausencia dela, machucava. A esperança machucava. Eu era tão forte agora, mas qualquer coisa poderia me ferir. Eu nao conseguia mais fingir que nao sentia falta dela, e manter um relacionamento distante e amigavel, falando sobre coisas cotidianas. Eu me sentia sozinha sem ela. Com um sem teto, que nao tem para onde voltar. Eu nao tinha para onde voltar.

carta 2

Esta é a segunda carta que eu escrevo. Me pergunto quantas mais ainda farei até voce voltar. Ja faz quase um mês. 1 mês tem 30 dias, as vezes, 31, ou 28... mas para mim parece que faz 31 mil anos. O tempo que tenho passado sem noticias suas, a principio quase me matou. Mas ai comecei a fazer coisas para ocupar minha cabeça. E evitar de pensar sobre voce o maximo que eu pudesse. Mas hora ou outra, eu acabo me entregando. E acabo voltando pra cá. Eu penso que minha vida é muito boa, e que esta tudo bem, e tenho muita sorte por ter a vida que tenho, e a familia que tenho. Mas, sem voce, alguma coisa fica incompleta. Sinto tanta falta de falar com voce. Principalmente de manha, e te ouvir dizer 'zinhoooooo' Parece que isso foi a tanto tempo. Ocupo meu dia o maximo que posso. Tudo para preencher o vazio da sua ausencia. Mas vacilo, a espera de noticias. Onde voce tem andado? Voce me faz falta amor. Hoje é um daqueles dias em que meu peito dói. Eu precisava de um abraço seu para me manter inteira. Penso que amanha eu acordaria, e iria te encontrar pra almoçar. E depois ficariamos sentadas pelo tempo restante. Conversando e rindo. E tudo estaria no lugar como sempre foi. Eu sinto sua falta, será que voce nao sente a minha, que não me ligou nenhuma vez nos ultimos 31 mil anos? Iria atras de voce, se soubesse onde voce esta. Onde quer que fosse, iria a pé. Mas iria te encontrar. Me avise se voce quiser ser encontrada. Eu sinto sua falta amor. te amo.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Don't worry, be happy

Dizem que de tempos em tempos (tempos pois nao sei com exatidão de quantos em quantos anos) a vida da um salto. E tudo muda. Acho que este é o meu momento. Minha hora. Minha vida corre acelerada, como um trem desgovernado. Mas nao desgovernado. Pois me sinto no comando. É a primeira vez na minha vida, que me sinto no comando da situação. Sempre senti como se tivesse 17 anos. Sempre vivi como se tivesse 17 anos. Ou quase sempre. Embora meus 17 tivessem ficado la em 2007. Hoje tenho 22. E me sinto com 22. A dor amadurece as pessoas, e embora tudo pelo que passei tenha sido extremamente pesado e dificil. Hoje, tudo que posso fazer é me sentir grata por tudo. E tudo, e tanto, e todos. Minha vida recomeçou, recomeçou brilhante, e forte, e bela. Como nunca fora antes. Recomeçou para mim. Me sinto tao agradecida. Por ter uma segunda chance. Poucas pessoas no mundo tem uma segunda chance. E eu sou uma delas. Vida é assim mesmo, tem que se arriscar, tem que dar tudo de sí, dizem que, quem nao dá tudo que tem, acaba virando um joão ninguem. É uma expressao feia nas palavras, mas maravilhosa no sentido. Pessoas passam a vida com medo, e duvidas, e mágoas. Medo de ser quem é, medo de ser feliz, medo de assumir o risco. Duvidas sobre quem é, duvidas sobre o que é a felicidade para sí, duvidas se vale apena assumir o risco. E mágoas. Sobre pessoas, sobre situações, sobre o passado, sobre o futuro, sobre tudo. Nao tenha medo, tudo vai dar certo. Voce apenas precisa ter fé em si mesmo. As coisas na minha vida andam muito desgovernadas como disse. Coisas que nunca imaginei estao acontecendo. Como fazer um curso de tatugem. É tão estranho! haha Embora sempre quisesse, nunca pensei que um dia fosse possível, e mais ainda, nunca pensei que minha mae fosse me dar apoio nisso. Minha mae, que agora fala em mudar de cidade e me deixar sozinha aqui. Ela diz: Ela ja tem 22 anos, precisa ter a vida dela! - Minha mae? Ta certo isso? Isso esta mesmo acontecendo. Ela é tudo que eu tenho, e se existe uma coisa que deveria ser eterna são nossos pais. Eu amo aquela mulher mais do que posso me expressar. Mas, nostalgias a parte. Esta tudo muito bem obrigada.