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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Friends by chance, sisters by choice.

Dois dias sem postar nada. Nao que tenha virado rotina, mas quando se é tão sozinha como eu sou as opções para desabafar sao limitadas. Ultimamente praticamente nulas. Quando achei que nao poderia suportar mais, fugi de casa. Coloquei algumas roupas dentro da minha mochila, e decidi que iria pra qualquer lugar. Nao sabia pra onde, pois realmente nao tinha onde ir. Entao minha amiga me chama para ir na casa dela, diz que ta com saudades. Eu fui. Depois de alguns anos voltei para o lugar em que passei a maior parte da minha adolescencia. A mae dela me recebeu com um abraço, eu sentia saudades e nem sabia. Estava morrendo de saudade. Cheguei com os ombros caidos, e com o coração da mão. Triste. E sem rumo. Eu e a Liane embora muito amigas, nunca fomos do tipo de que abraça e fica de mimos e frescura. Sempre foi cada uma no seu canto, mas de alguma forma partilhavamos muitas coisas. Ela me abraçou. Um abraço demorado, como se dissesse: eu senti sua falta, vai ficar tudo bem, tudo bem. Me segurei para nao começar a chorar ali. Estavam sendo dificeis aqueles dias frios. Dias solitarios. Nunca falei nada para ela sobre minha vida depois dos 18 anos. Mas naquela noite, falamos tudo o que nao haviamos falado durante 7 anos. Ela me contava animada sobre o primeiro namorado de verdade. Meu coração ficava apertado, de alegria, e de tristeza ao mesmo tempo. Gostaria que ela nunca passasse pelo que eu estou passando, que nunca sentisse como me sinto. Gostaria que ninguem no mundo passasse por isso. Ninguem. Ela falou, falou e falou. E eu comecei a falar, como se contasse um conto de fadas com as ultimas paginas arrancadas. Eu nao conseguia, nao conseguia encarar toda a felicidade que eu havia vivido de uma forma tao distante quanto agora, como se tudo nao tivesse passado de um sonho. E eu me segurei, até o ponto que minha voz tremia e falhava, e as lagrimas minavam dos olhos, da garganta, e do coração. Eu nao conseguia mais dizer mais nada, eu nao aguentava olhar para tras e ver como eu havia sido feliz, e como eu havia jogado tudo no lixo. Nao joguei, pois ngm no mundo deu tanto valor na propria alegria como eu. Mas, enfim. Fim. Eu chorava, como uma criança, chorava para a unica pessoa que eu nunca achei que pudesse confiar algo assim. E ela. Ela chorava junto comigo, em silencio, sem dizer uma só palavra. Se sentou do meu lado, me abraçou, e eu chorei ainda mais. E ela chorou mais. E nos choramos. E depois de um tempo, as lagrimas haviam secado, e nós riamos de coisas bobas. Como sempre foi. Sempre voltamos para onde devemos. Assim, voltamos para nossas conversas, e risos, depois de tantos anos. Eu estava la exatamente como 7 anos atras, ela me consolava sem dizer nada, e nos riamos de coisas que nao faziam o menor sentido. Ela sempre seria minha melhor amiga, nao importa quanto tempo passasse. Ela sempre seria a unica irma que eu conheci.

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