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quarta-feira, 20 de junho de 2012

As coisas mudaram...

Naquela noite, depois de te-la despejado todas aquelas palavras, levantei da cama, cambaleando, sem saber bem o que estava fazendo. Minha intençao era tomar banho, mas, mal abrira a porta do quarto, me faltou chão, e eu cai, de joelhos, chorando como uma criança de 5 anos. Doía tudo, tudo. Cada osso, cada pedaço de mim, cada arteria do meu coração pulsando tao forte, como se meu sangue fosse tao grosso, que puderia arrebentar tudo. E eu sentia tudo. Nao conseguia levantar. Nao tinha forças. Nao tinha nada. Eu definitivamente, nao tinha mais nada. Minha mae me apanhou, me colocou na cama, e ficou lá em silencio, sem dizer uma só palavra. Me ouvindo chorar e soluçar, sem dizer nada, sem fazer nada alem de acariciar meus cabelos. Chorei ate que um grande vazio restasse aqui dentro. Fui para o banheiro, que era o plano inicial, tirei a roupa, liguei o chuveiro, me encostei contra as frias paredes de azuleijo, sem me importar com a temperatura, e deixei que me corpo deslizasse, ate que atingiu o chao, frio. E la fiquei, por um tempo que nao sei determinar quanto. La fiquei, encolhida, abraçando-me o mais forte que podia para tentar manter meus pedaços inteiros. La fiquei, imovel, sentindo a agua cair sobre mim, como se fosse chuva. Morna, quase fria. La fiquei. Quando sai do banheiro, as luzes estavam apagadas, da casa toda. Tomei uma dose extra de calmante, um pouco mais do que seria necessario, deitei e dormi. Assim, rapido. Sem sonhos. Um grande escuro na minha mente. E acordei agora, 4 a.m. Minha cabeça latejava do tamanho do mundo, e todas as coisas que eu nao aguentava pensar voltaram-se para mim como uma grande onde, me escaldando, e me afogando: As coisas mudaram - disse ela. As coisas mudaram, as coisas mudaram, as coisas mudaram, as coisas mudaram, as coisas mudaram. As palavras se repetiam na minha cabeça sem parar. E doía de um jeito, que parecia que ia explodir. Lembrei do filme 'scanners' quando a cabeça do cara explodiu. Parecia que ia acontecer comigo. Queria dormir, precisava, muito, mais que tudo nessa vida, mais que ninguem, precisava dormir. Mas nao conseguia. Por mais que tentasse. Entao decidi escrever um pouco para me aliviar. Se fosse em outro momento qualquer da minha vida, eu teria saido, enxido a cara, cheirado, fumado, me cortado. Sei la. Qualquer coisa. Mas desta vez. Eu só queria dormir.

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