Digo-lhe com total sinceridade o quão abismada fiquei.
Tu estavas lá, e falava-me exatamente como um ano atrás.
Fiquei confusa, não! Fiquei mais que isso! Estava completamente perplexa.
Teria Deus ouvido a qualquer um dos meus milhares de pedidos inúteis?!
Não me era possível acreditar!
Uns milhões de pensamentos inundaram-me a cabeça, tive medo que fora logo outra crise de saudades, e fui logo lhe dizendo que se fosse tratasse logo de me avisar.
Certamente me passei por indelicada, mas o fiz sem pensar, talvez devesse pedir desculpas, mas agora deixo por estar.
E tu continuavas ali sem nem ao menos pausar. Falava, falava, falava... eu permanecia sem poder atinar aquilo.
‘te amo’ me dissestes, e prosseguiu, ‘acreditas em mim?’
Como aguardei esse dia chegar, minha vontade fora de correr para teus braços e tomar-lhe todo calor do corpo, tinha sede! Muita sede de ti! Queria beijar-lhe a boca quantas vezes me fossem possível.
Com certa timidez, e até vergonha devo-lhes dizer, uma parte de mim dizia insistentemente: ‘Rejeite! Rejeite-a!’, acho que não é preciso contar-lhes que nem ao menos dei ouvidos a esta voz.
Tive ganas de chorar, e me rendi, pois era tão inevitável.
É claro que duvidei, e me mantive a certa distancia segura, uma vez que agora tudo parecia estranhamente normal, mas isso importava?
Pois nem que fosse por essa noite, e somente por essa noite, eu dormiria tranquilamente como que deitada em braços teus, com a sensação de que tudo ficaria bem.
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